Interesse é algo curioso. Eu nunca fui do tipo
egoísta ou fria, mas aprendi algumas coisas sobre como ser. Aprendi a
necessidade de se tornar interessante e entender quando não somos.
Muitas coisas acontecem na minha vida e eu sinto a necessidade
de compartilhar cada uma delas em todos os lugares por onde passo.
Antes eu falava, falava, falava, e não me importava o quanto era
desinteressante para os outros, eu gostava daquilo que fazia. Mas assim
como largamos hábitos, nós largamos pessoas. Hoje eu falo somente para
quem tem interesse nessas histórias. Não é uma questão de perder o meu
tempo, pois nunca liguei para isso. A questão é que aprendi a me "tocar"
com a falta de interesse dos outros. Desde pequena eu achava que as
pessoas precisavam fazer questão umas das outras e eu busco isso a todo
momento. Mas é óbvio que quando não acontece a gente engole o choro e
continua a caminhar. Afinal, em um mundo cheio de pessoas é impossível
não encontrar quem se importe. Eu me importo. Fico feliz com as
conquistas alheias e gosto de saber dos detalhes. Quando alguém me conta
sobre sua vida me sinto bem. Ser a novidade de alguém, ser o interesse
dessa novidade é o que nos diferencia uns dos outros. Costumo fazer isso
com as pessoas, mas ultimamente sofri alguns bloqueios por quem não se
interessa pelas minhas histórias bobas. O interesse das pessoas responde
o quanto você importa para elas. Se não faz falta, não tem interesse.
Por isso eu faço questão das pessoas saberem quando elas fazem falta
para mim, mas não posso fazer muito por quem faz pouco, e essa é uma das
lições que aprendi com a troca de interesses.
- Jana Escremin
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