terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Perigo e segredos



Não chega mais com esse sorriso e as histórias para me convencer que eu preciso arriscar. Não posso mais fazer isso, minha vontade deve ser superada, porém você não me deixa em paz. É sempre assim, você chega causando estrago em quem eu sou, depois vai embora, some sem dar sinal de vida e eu fico mais perdida do que antes. Você não entende o tamanho do perigo que eu corro, mais você insiste em gostar disso, quer mais do que nunca me testar e sabendo que consegue vai embora antes mesmo do jogo terminar.

Os anos passaram e eu me vejo na situação que nunca pensei estar. É estranho como agora você me deixa fora de foco e eu preciso ter noção da realidade, ela é tão triste. Mal posso contar nossos segredos, meu pescoço vale essa história. Você nem se importa, hoje aqui, amanhã só Deus sabe. Para de brincar com o que eu chamo de possível confusão, não piora as coisas para o meu lado. Estamos bem enquanto amigos, não vem com essa de querer me provocar, pois eu adoro suas provocações.

Conheço pessoas mais bonitas que você, mas suas palavras e atitudes me deixam a mercê dos sentimentos mais profundos. Sou entregue com a cabeça em outro lugar. Se tornou perigosa essa história de enganar e ser enganada. Vamos fazer um acordo, você mexe com a minha vontade e eu me entrego à esse segredo, mas promete não me decepcionar, meu orgulho já está ferido demais. Agora faz o favor de aparecer (novamente).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Canção

Resolvi escrever uma música que falasse sobre nós, mas pensei em quem somos e se o 'nós' existe ou existiu. É complicado falar sobre duas pessoas que ficaram juntas porém não se conhecem, ou até se amem. A nossa música não pode existir quando já não somos mais um. Duas partes separadas e odiadas, o máximo que consigo compor são as minhas frustações em relação a você. Pensei  e juro que tentei escrever algo romântico sobre nós, mas corta meu coração ver que foi mais uma das minhas ilusões e hoje você pouco se importa com o rumo que nossas vidas tomaram.

Não tem ritmo ou melodia que possa expressar minhas angústias e mágoas quando o assunto é você. Você seria aquele que possui todas as qualidades para eu fazer a mais bela canção, mas o seu coração é podre e sujo, não cabe amor dentro dele e sem isso a música não se concretiza. É inútil querer te amar quando você transformou esse sentimento em dor. Esta canção não pode acontecer, e eu já não sei mais se eu quero falar sobre nós. Não tenho muito o que dizer, e só isso basta para não conseguir passar para o refrão.

É difícil cantar quando só tenho lágrimas para compor. Melodias são fáceis quando se fala sobre desilusões, poderia compor mil e uma sobre você, mas nenhuma teria graça e não falaria sobre nós. Você precisa entender que não é um telefonema depois de quase um ano que eu vou me entregar, você acha fácil ganhar seu dia me matando por dentro, e desta vez como das outras milhões de vezes eu resolvi não escrever uma linha sobre você. Músicas não existem dentro do seu coração, infelizmente. Um texto basta para expressar a inutilidade que você é, um fracasso em forma de pessoa que se quer consegue ganhar palavras de carinho da pessoa que no momento mais te amou.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Idas e vindas

Ela andava mais do que seus passos eram capazes de contar. Seus pés pediam socorro da sua vida. Eles precisam de um rumo e ela não sabe mais se quer dar isso a eles, ela encontrou um jeito mais simples de seguir seu caminho. Caminhar virou um hábito sem motivo, era a todo momento para cima e para baixo, seus pés não podiam parar, pois isso fazia sua cabeça funcionar, e ela só funciona para pensar em suas carências.

O jeito mais prático de viver era andar e esperar as coisas virem ao seu encontro, decidiu que deste momento em diante ela ia apenas pensar em coisas importantes. Meninos não fazem mais parte desse plano. Ela quer uma nova emoção, cria histórias na sua cabeça durante sua caminhada, mas nada disso sai da teoria. Antes ela sentia que poderia morrer com essa situação, hoje ela se sente viva por pensar que a única solução mesmo é imaginar e nada mais.

Ela encontrou outras formas para sorrir, ela sempre sorriu e não era agora que iria jogar a toalha para aqueles que tanto desejam sua queda. Afinal, quantas quedas é preciso ter para conseguir firmar os pés no chão frio ou quente e saber que isso é a coisa certa a se fazer. Teve que levar muitos tapas na cara vendo fotos e sabendo de recordações doloridas, mas agora isso não faz mais parte dela. Nem saudade sabia se sentia. O sentimento era estranho e ela está tentando dar nome a ele enquanto corre com os pés no chão.

Chega de voar para além do que seu coração deseja. Agora tudo é mais simples, é tudo no chão, passo por passo, e se algo der errado ela vai saber e se sentir mais confiante. Se não deu, oras não deu. E se der ela vai com a maior calma do mundo tentar abraçar o mundo, mas com tantas proteções que ela não sabe mais se isso é realmente certo. Pois é, sua caminhada mudou o curso, mas ela ainda é confusa, como aquela menina que acreditava que tinha o príncipe e descobriu a bruxa rindo das suas aventuras que foram tão importantes. A questão é fácil, vivê-la que é difícil.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Quero ser amada



Me decidi. Não quero mais amar, gostar ou me doar, esses verbos são péssimos para conjugar e portanto agora eu quero ser amada. Pode ser coisa impossível, porém quero alguém que morra de amores por mim. L-I-T-E-R-A-L-M-E-N-T-E. Chega de querer amar, procuro quem vá sofrer como eu sofri um dia, pois só assim terei certeza de que é realmente amor. Preciso de um homem que vai chorar por mim sem nenhuma vergonha, e mais do que isso quero que ele pense em mim a todo instante com o sorriso aberto. Eu quero que esse amor desmedido sente no bar com sua roda de amigos e diga como é sortudo por me ter, e que não se importe com brincadeiras pois eu sou a mulher da sua vida, mas não quero que vire um chato, apenas lembre de mim quando seus amigos começarem a falar em outras mulheres. 

Resumindo: quero alguém que me ame para os outros, afinal é fácil me amar entre quatro paredes quero ver dizer isso pro mundo e ser verdadeiro. Difícil mesmo é encarar seus amigos  e dizer lindas palavras sobre o seu amor, sem medo de se tornar o idiota apaixonado, pois é realmente isso que o cara da minha vida será. 

Procuro aquele que vai me amar constantemente e vamos nos respeitar, mudar se for preciso e pode até ler meus pensamentos só de olhar meu sorriso. Que ele me surpreenda por cada gesto que eu fizer, não deixando que eu acredite que ele exista. E eu vou amá-lo também, mas ele irá triplicar essa paixão lembrando de mim a todo momento. Quero que me ligue de madrugada para falar sobre seu sentimento.

Resumindo: Quero um homem sem vergonha do que está sentindo, e que isso seja verdadeiro.

Mais importante do que me amar é mostrar isso para outras pessoas. Desejo todo o universo olhando e invejando um amor que não tem espaço para olhares obesos e que mesmo assim comentam como o cara da minha vida é a pessoa perfeita para estar junto. Quero SIM que mude por mim e que seja verdadeiro em todos os seus defeitos e qualidades. Eu vou aceitá-las. Chega de pessoas pela metade, chega da história em que eu acho que ele me ama e quando eu viro as costas dá moral para a primeira que aparecer ou até resolve cheirar cocaína. Eu desejo o homem que vou ter medo de perder por ser tão perfeito, que ele me deixe dúvidas, afinal perigo é sempre bom, mas que tenha a segurança de que sou sua e nada mais. Desejo realmente que ele seja cobiçado, mas que importância isso tem se ele tem olhos somente para mim?

Quero ser sua mulher e ser a única em sua vida. Hoje eu vi que não é impossível, conheci casais com essas mesmas características e eu sou a platéia que implora por algo assim. Mas tudo bem se eu gosto de canalhas que me amam apenas na teoria. Um dia encontro aquele que morrerá de amor, da mesma forma que eu morri e morreria ainda se não fosse essa vontade de ser mais amada do que amar, eu cansei de amar. Agora eu quero ser amada. 

Então, da mesma forma como eu amei aquele que tanto me magou eu quero alguém que me ame assim hoje, e eu não dou segundas chances. É a minha vez de estar do outro lado, o lado que não sofre, que não morre, mas que pode amar do seu jeito mesquinho.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pensamento sem controle


Foi assim, entre uma brincadeira e outra que me peguei pensando em muitas pessoas e fiquei em dúvida se isso seria carência ou talvez seja só aquela vontade de viver mais um romance. Eu vivo para pensar em beijos, despedidas e tudo o que o amor pode manifestar. Tenho medo de estar pensando demais, o número de futuras histórias amorosas cresceu dentro da minha imaginação, porém continua zerada na prática. 

Entre tantas conversas pensei que eu posso estar me matando aos poucos com essa mania de querer encontrar o que ou quem me falta, é uma procura dolorida e sem sucesso. Estou em em frente do computador e lá vem aquele que virou o mundo para me atentar, quando conseguiu foi-se embora. No mesmo instante o celular toca e é o garoto que nunca quis desistir de nós, mas no meu coração "nós" não existe mais. Eu tenho medo de aproximações, mas eu as quero. Não sei mais me abrir para o novo, só sei criar histórias dentro da cabeça antes de dormir, e isso basta algumas vezes (só algumas).

É complicado querer tantos e não ter ninguém. São palavras, atitudes e demonstrações que não passam da linha teórica que coloquei na minha vida, a prática é perigosa. Das poucas vezes em que me arrisquei lá se foi mais um arranhão ao meu coração. Quero só apenas uma companhia para acabar com essa mania de pensar em qualquer garoto que sorri para mim de modo diferente, mas não quero que ele ultrapasse o meu desejo, afinal são apenas desejos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A luta contra seu olhar




Já ouviram aquela música: "É o brilho do seu olhar que me leva a loucura"? Pois bem, eu cansei de olhares e as lutas que travo contra eles. Eles são fortes e não consigo resistir por muito tempo. Tem uma luta em especial que me deixa apenas na defensiva. Tentei dizer que não para meus sentimentos, mas estou cansada de ver você e seus olhos claros olhando para mim, esperando a oportunidade para entrar na roda e puxar papo. Eu sei que você fica quieto no seu canto, me olhando enquanto pensa que não estou ligando para você, mas basta eu virar na sua direção e lá se vão seus olhares. Sempre me deixando na dúvida do que está pensando. São seus olhares e brincadeiras que me deixam com o corpo duro, sem saber por onde seguir. Eu cansei dessa batalha onde você quase demonstra algum sentimento, mas logo ele se vai e eu nem sei por onde. 

Estou cansada de ouvir que você está afim de mim e que isso é claro nos seus olhos, já não bastasse você, seus olhares e seu silêncio tenho que ouvir minhas amigas dizendo esse e mais quinhentos absurdos, que me levam facilmente a ilusão. Tenho medo dessa luta, eu sempre perco nas minhas disputas, e pior do que disputar com alguém é disputar você sozinha, sem saber como e por onde seguir. Cansei de ver você prestar atenção em cada passo que eu dou e sem disfarçar me mostrar esses detalhes que eu insisto em querer ignorar, mas não posso.

Não posso deixar de olhar através da minha visão periférica você notando os meus detalhes, quando na verdade quem está fazendo isso sou eu. Fiquei pensando na noite passada se você pensa tudo isso de mim, ou se para você é só aquela antiga amizade que não produz frutos. Essa luta não é minha, tenho medo das consequências. Eu já cansei da velha história de ver você entrar com vontade em uma garrafa de cerveja e tomar coragem para matar minha vontade. Não é amor, essa luta ainda não se tornou paixão. Mas ela é  importante, eu preciso saber o que você quer de mim. Seu sorriso é diferente comigo, seus olhares não são os mesmos para as pessoas à minha volta. Eu só quero essa certeza de que você realmente me acha interessante, e que pela primeira vez eu posso ganhar uma batalha.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

É assim que sei te amar

É sempre assim

A ferida nunca parou de sangrar. Tento por horas e horas pensar em algo novo e consigo. Porém lá vem você com sua beleza que me dá raiva. Cabelos despenteados, olhos bem marcados. É sempre a mesma história. Eu estou bem, sempre estive, mas são fotos e palavras que estragam o meu dia e fazem você ser o centro do meu mundo por instantes. As fotografias são como o túnel fantasma. Você sempre cercados das pessoas pelas quais você jurou nunca se envolver pois meu coração vinha em primeiro lugar na sua vida. Mas e agora? Em que posição o meu sofrido coração está quando você coloca na minha frente pessoas que tanto fizeram para que nos separássemos? Dói sentir cada ferida aqui dentro se abrindo e escancarar no espelho marcas que só eu posso olhar. 

Sempre foi assim, eu sofro calada, remoendo essa dor que abre toda vez que vejo uma palavra sua cair em contradição através de fotos e momentos. O amor acabou, isso eu até entendo (ou não), mas onde está todas as palavras que você jurou, aquelas em que você diz que nunca vai querer me machucar. O vento não pode levar o que não é verdade, e se nada disso foi verdade, como essas pessoas são mais importantes do que a nossa história? Mais uma vez me vejo pensando em você e faço aquela típica retrospectiva dos nossos momentos. O herói da minha vida proclamando o grande amor que sente e que ninguém seria capaz de acabar com isso. Mas acabou.

Você sempre deixa as pessoas entrarem na sua vida mesmo que isso custe a pessoa que tanto te amou, e que eu ainda espero que você ao menos goste, com aquele carinho que revira o estômago quando nos encontramos. Você permite que as coisas sejam sempre assim. Eu olhando sua vida através da janela, vendo pessoas que me machucaram e fizeram eu dizer adeus à você entrarem pela porta da frente. Ninguém permite a felicidade alheia. Nós fomos felizes, nós tivemos nossos costumes e manias. Choramos apenas de felicidade no sofá de casa. Ah, o sofá. Quantas histórias ele poderia contar se ao menos tivesse vida. A paixão ardeu ali, e muitas vezes escutou lamentos e promessas.

Eu implorei para que existisse uma maneira de você enxergar o quanto as pessoas podem ser maldosas, mas você ignorou meus conselhos, e hoje vive a vida com aqueles que nunca nos quiseram, ou melhor, que nunca me quiseram por perto. E eu quis tanto, nem preciso lamentar as decepções. Porém eu lamento a minha maior perda: Perder você para outras pessoas que fizeram tantas vezes a gente chorar por sentir que queriam nos separar. Essa é a minha maior perda e maior dor. No entanto você sempre vem com sua nova vida e prova o meu valor dentro dela. E são por essas e outras que não quis mais voltar atrás, eu sempre esperei uma demonstração do meu valor para poder correr de volta aos seus braços. Porém foi assim que eu aprendi a viver com cada decepção e lamento, aceitando sua opção e suas fotografias contraditórias ao nosso antigo amor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Um vício chamado paixão




Ela tinha o vício da paixão. Não queria parar de experimentar quando descobriu a outra manifestação de amor, era como se os seus pés saíssem do chão e só ela sabia até onde chegar. Ela sentia que ele podia ser capaz de tudo dentro do seu corpo, não existia outra pessoa que modificasse esse roteiro. Aquela menina esperou dezoito anos para encontrar alguém e deixou-se levar pela emoção. Juntos eles formaram um corpo só e nada os separava. Quando resolveu se entregar, ela não fez nada do que planejou. Queria rosas, velas e todas essas coisas que os filmes traziam na sua lembrança, ela não teve nada disso.

Mesmo assim, a menina não sabia como agir, só deixou que fizessem isso por ela, maldade nunca existiu ali. Era difícil entender esse amor que ardia dentro do seu peito, não seria capaz de dizer "não" aos seus desejos. Desejos que só foram despertados por um garoto mal intencionado. Nos olhos dele ela sentia o amor, mas queria olhar com a alma e tentou enxergar o que aquele humano era capaz de fazer com seus sonhos. Tudo se despedaçou, já estava feito, e ela foi aprendendo aos poucos como era ser mulher nas mãos de um menino fantasiado de homem.

Teve dias em que chorou sozinha, teve medo e raiva do amor. Aquela paixão não era capaz de parar com brigas, teimosias e o outro vício do tal menino. Ela fez de tudo, ficou linda para ele como nunca havia ficado, cumpriu desejos íntimos e todo dia seu vício era fazer dela o vício dele. Tudo em vão. Seus esforços precisavam ser além da paixão e do amor, porém cruzar essa linha era perigoso. Seus corpos se conectavam ainda, mas só naqueles momentos a sós. Tudo o que acontecia depois era diferente, lágrimas escorriam por seu rosto tentando encontrar respostas... Se a sua entrega não foi suficiente para ele perceber o quanto ela o amava o que mais podia fazer? Preservou todos os seus segredos e foi embora. Tem dias em que ela dorme pensando no que teria acontecido se cruzasse a linha da paixão. Teria sido feliz e ele realmente a amaria ou era mais um esforço em vão? Nunca irá saber, ou quem sabe daqui a cinco anos talvez.

Seus pensamentos são fontes inesgotáveis de perguntas sem respostas. Ela aprendeu a controlar sua paixão, afinal para que seu vício fosse sustentado era preciso que ele estivesse presente, mas isso já não era possível. Sempre que virou as costas, ela nunca sentiu a respiração, lágrimas ou até mesmo um grito dele implorando para que formassem o par que eram capaz de transformar o amor em tudo o que ela poderia imaginar.

Assim, os dias foram passando e ela só queria que ele tivesse respeito e reconhecesse o valor do presente mais caro e bonito que ela ofereceu à ele. Como toda a história da sua vida, essa história de paixão entre corpos virou mais uma em vão, e ela seguiu em frente afinal era a única alternativa que ele impôs no seu caminho, agora sua busca por outros corpos já não fazia sentido, tudo falta quando não existe amor.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sua vontade

Eu andei pensando em uma forma para descobrir o que vocês querem. Consegui! E é muito simples:
Deixe agora seu comentário (anônimo ou não!) sobre o que gostaria de ler, e pode ser sobre o que você quiser.

- Garotos bonitos, cachorros, novos, velhos... qualquer espécie;
- Amor (de família, amigos, meninos);
- Uma história (claro que terá romance);
- Liberdade;
- Mulher;
- Traição;
- Brigas/Sexo;
- Minha vida pessoal haha
ETC !

O QUE ENVOLVER O CORAÇÃO PODE CITAR!
O próximo post será o mais pedido dentro dos comentários. Espero que curtam essa idéia, e claro a intenção dela é saber o que vocês desejam e muito mais do que isso vou deixar sempre minha opinião ou experiência querendo ajudar corações que precisam ouvir (ler), assim como eu ajudo o meu cada vez que escrevo aqui.




VAMOS LÁ !

Perdida no mundo


Se sobreviver para você é difícil, seja bem vindo ao meu mundo. Eu espero das coisas e elas nunca me surpreendem, são sempre as mesmas coisas. Eu desejo uma mudança que talvez não seja possível, mas se um dia disseram que a mudança está dentro de você então seria ela realmente verdadeira? Ser, estar e permanecer não é mais como antes, hoje eu estou aqui com família, namorado, amigos, tarefas, rotina e amanhã posso já não ter metade do que acho que sou. E se eu sou tudo o que tenho seria eu uma perfeita materialista?

A sociedade precisa reconhecer defeitos (ela está cheio deles) e perceber que não existe mais tempo ou espaço, há um buraco que não conhecemos, pular é arriscado e envolve toda uma formação a partir do momento em que você nasce precisa ser adequado. Sou formada para ser alguém, ter moral e seguir minha vida pelo caminho "taxado" como certo, pensando assim seria eu um fantoche e não faço nada para não ser?

A verdade é que a liberdade não existe, ela é uma ilusão, e quem persiste em dizer que é livre se prende na própria ignorância. Aceitar o fato é aceitar que você não é o cara, não é o melhor e pode até ser um dia, mas isso não significa que outras pessoas vão achar isso. Cada um é cada um. E ser cada um está difícil nos dias de hoje. Tenho que ser o que o outro deseja, e nessa história de sobreviver, ser e estar, me pergunto onde guardo todos os meus desejos? A hipocrisia é uma amiga que anda com cada um de nós sem ao menos perceber que ela é quem comanda quase todos os nossos gestos.

Eu queria existir e ser livre, perceber a impossibilidade desse ato me deu a chance de descobrir outros mundos. Foi preciso sobreviver para garantir uma existência e ser lembrada, não quero passar nesse mundo como quem não viveu. Eu vivo e sobrevivo a todos os casos que surgem na minha estrada, a mudança está em todo lugar, não somente aqui dentro. Perdida em um mundo que só sei que nada deve ser em vão, seja você livre ou não. Parei de procurar por tantas respostas, elas que venham ao meu encontro agora.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O sonho



Foi ruim e perfeito. Matei uma saudade que até agora eu estou me perguntando se foi verdadeira. Eu estava parada, em algum lugar que não consigo reconhecer, e tem várias pessoas que assim como eu estão perdidas. No meio da multidão ele surge, em minha direção sem falar uma única palavra. Meus olhos automaticamente já começaram a chorar, era a primeira vez em oito anos que conseguia algo tão real, sinto que chorei mas do que em janeiro de 2003. Uma dor enorme tomou conta do meu coração, eu abri os braços e quis eternizar aquele momento, e as minhas lágrimas eram de uma dor boa e ruim ao mesmo tempo. Eu não esperava essa surpresa, entre todas as lágrimas e o aperto no coração criei uma força que nunca pensei existir dentro de mim. Alguém o puxava de mim, enquanto ele falava frases como "desculpa por abandonar vocês", "eu te amo" e cada palavra dele aumentava minha dor. Pedi para Deus não puxar mais ele, eu precisava daquele momento.

Reconheci porque era impossível não saber as marcas daquele rosto que tanto me faz falta. Mas o toque, a voz e o jeito tudo isso eu não conseguia lembrar, e várias noites tentei imaginar e forçar um encontro, mas sem uma única lembrança de som ou presença era impossível realizar tal encontro. Foi tão demorado esse encontro e quando aconteceu eu me sinto como uma criança, na verdade como aquela criança que teve uma presença física mas não consegue se lembrar. O abraço que sempre dei quando ele surgia na porta de casa, foi como se a cena se repetisse e eu não queria mais soltar. Havia uma terceira pessoa que não deixava ele ficar para sempre ali, a dor entre eu e ele era tão grande que começava a machucar.

Todo aquele sentimento que escondi nas brincadeiras, fingindo me acostumar com uma saudade que tanto dói, eu deixei esvaziar. E mesmo quando escrevo essas palavras me lembro do nosso primeiro encontro. A noite foi a mais estranha e perfeita que tive, estou tentando me acostumar com essa sensação. Só de pensar que estive com ele por minutos, segundos, horas, eu não sei, perdi a noção de tudo. Só quero esperar pelo próximo momento, eu preciso vê-lo de novo. Minha saudade ainda está sufocada aqui. Toda noite eu quero você no meu caminho.

Sonhar pode ser tão real quanto viver, e hoje eu sonhei com alguém que durante oito anos eu não conseguia sentir a presença, foi o abraço mais perfeito que pude receber, meu sonho teve algum significado e começo a acreditar que vivi uma experiência real durante meu sono, eu tive o encontro com o homem que mais me faz falta no mundo. Pai, vou sempre esperar você, nem que seja por mais oito anos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Universo Masculino



Incrível como homens conseguem tanto em tão pouco tempo e mesmo assim se "dizem" apaixonados. Será que as mulheres estão fáceis demais para o sexo masculino e isso ajuda na formação dos galinhas de plantão? Se for essa a resposta eu já não sei, mas quando virei uma recém-solteira descobri que homens não perdem tempo, seja lá qual for o seu sentimento. Pouco importa com quem foi a última pessoa que ele passou o ano junto. Tudo vira um grande passado chamado: FODA-SE. Não importa. Homens são homens, e para aprender a viver e saber jogar é preciso ter amigos homens. Eles traem, não sentem falta, seguram suas emoções  (ou a falta delas) até o último minuto. Nem mesmo uma caixa de cerveja faz um homem dizer o que realmente quer, eles são falsos até bebados!

Seja lá o que for minhas últimas esperanças não existem mais. Feios, bonitos, simpáticos, chatos, arrogantes e tímido. T-O-D-O-S são homens, e nós mulheres temos que aceitar esse fato. O que não quer dizer que devemos aceitar traições, mentiras ou qualquer coisa do gênero. Só que aceitar quem eles são (sem exceções) é perceber jogos que são do tipo masculino, nem tudo o que parece é. Não é necessário ser uma neurótica, só é preciso conviver e perceber. Confiar demora, não ame tão rapidamente e não acredite no mesmo tipo de amor.

Isso é radical demais para você? Jamais querida garota... Pense que todo homem ama sim, mas é do seu jeito que nada tem de justo ou igual ao modo como eu, por exemplo, amo. Se a maioria odeia provas de faculdade, imagine provas do coração. Essas coisas não existem! Quer ser feliz, arrume alguém que seja do jeito que você entenda. Se procura desafios, arrume alguém que te dê todas as dúvidas do mundo. Elas existem, e só você conversando com milhares de garotos vai conseguir entender o 1% daquilo que eles chamam de amor. O resto é sempre o comodismo de sempre. A cabeça deles está em um lugar que qualquer "toque" é sinal de alerta. Então acredite quando digo que o universo masculino é bem mais complexo que o feminino,  e eles sabem disso, porém o medo é assumir que são tão complicados quanto os dias da nossa temida TPM dói mais do que bala de canhão, e querida garota a verdade dói, isso nós sabemos como é.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O baile de máscaras

Existe um baile de máscaras dentro de mim. E não há maneira que possa explicar os acasos da minha vida. Ser uma só pessoa está totalmente fora do meu controle hoje. Sou o que me deixo ser após situações embaraçosas e esperadas. Um dia sou rainha, no outro sou sucata. A brincadeira de me fantasiar todos os dias da semana, passando de durona para boba apaixonada não cansa. É inexplicável conseguir entender o que é toda essa bagunça de máscaras. Sou eu, inteira, apaixonada, boba e com o coração mais mole do Brasil. Porém sou a mesma reconstruída, de caco a cristal em minutos e vice e versa. Sou o que há de melhor e pior em mim, e pensando por esse lado não sou tão ruim assim, afinal se me considero feliz hoje é porque coisas boas vieram e eu deixei que viessem e até que acontecessem. Fácil, prático e sem segredos.

Meu baile não permite ensaios, entra na dança quem estiver disposto a ter o que me oferecer. Seja uma bela dança ou até um pedido engraçado. Tudo é válido no salão, vista o seu dia, a sua máscara define quem você é. Fico nessa brincadeira de me procurar entre tantas fantasias e sem me perder no que eu sou, consigo entender o conceito de liberdade. Aquela que encontro dentro de mim e permite que outros vejam além de conversas, histórias e passatempos. Nada nessa dança é de caso pensado, e dança quem sabe sentir os momentos da vida.

Permito tristezas, mágoas e depois recompenso todos com gargalhadas, beijos, abraços e tudo o que tenho direito. Ser uma apaixonada pela vida, e principalmente por determinados homens em especial, não deixa meu coração se quebrar. Eu prefiro deixá-lo por vezes fora da pista de dança, fica apenas eu e minha cabeça no ritmo da música, sem envolver o pior e melhor dos meus órgãos. Sem doações, sem sentimentos que possam vir a machucá-lo danço no compasso da música acompanhada ou não. No entanto quando ele entra na pista consegue arrasar como ninguém, conquista a todos.

O melhor dançarino que conheci está dentro do meu peito, e permitir ele entrar ou não na dança faz com que minha racionalidade possua o que ele precisa, mesmo quando ele surta gritando por energia. Achei por um momento que na troca de máscaras tudo era calculado, mas nunca foi. É tudo observado, sonhado e desejado... o momento de acontecer simplesmente acontece. Basta dançar com o bendito do coração e tudo dá certo. É o meu carnaval, é a minha folia, espero que entendam toda essa festa.

Controlando os batimentos vejo que minha dança anda no ritmo perfeito, e com todos os órgãos no lugar. Controlo batimentos, movimentos sem ao menos perceber, e vou formando passos que encaminham meus sonhos. Não me encontrei atrás de máscaras, só quero dizer que a brincadeira que elas me proporcionam me deixa ser quem sou eu: viva e intensa, mas vestindo cada noite um modelo diferente para conseguir resultados diferentes. Nesse baile a única obrigação é sempre retirar a máscara ao sair, para que o seu eu entre e saia de cara limpa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Melancolia

Melancolia poderia ser meu codinome. Fico sem ocupar minhas tardes e acabo pensando em todos os acontecimentos da minha vida. E não coisas que acontecem agora, penso em tudo. Nas pessoas, no que eu estou fazendo comigo, nas situações. Tenho tanta saudade do que vivi. Pensando sobre isso percebi como pessoas se tornam importantes e acabam deixando de existir em minutos. Odeio isso. Quero existir para sempre, na memória de cada um que passou pela minha estrada, dói saber que não é assim e que as coisas funcionam para que o mundo gire. Como um castigo sempre sacrificamos lembranças. Tudo vai e isso parte meu coração. Não deveria ser para sempre (ou deveria), mas podia ao menos termos a certeza da falta que fazemos pro outro. Tanta gente faz falta na minha vida. Não quero viver aqueles dias, não quero eles novamente, só pedi uma forma para que minhas lembranças me tragam a certeza do que valeu a pena, mas isso nunca acontece.

Eu preciso parar de me importar. Ninguém se importa. Fiquei muito tempo quieta hoje analisando alguma coisa que eu não sei o que é. O meu peito apertou, senti um cansaço, não tinha vontade de falar. Foi aí que percebi que algo estava acontecendo. Meu futuro e meu passado estavam mesclando um sentimento que não entendi, me deu náuseas quando caiu a ficha de que "nada do que foi será". Ser dói, e quando você permite essas doações que fazemos querendo ou não o impacto é dolorido. Serei capaz de odiar, amar e sentir saudade em menos de um segundo. Talvez seja essa intensidade que faz com que meu coração infarte só de pensar.

Existe alguém mais sentimental que eu? Seria normal ser assim? Eu amo e odeio as mesmas pessoas. Critico e faço no outro dia a mesma ação julgada por mim. Não sou contraditória, ou melhor, eu estou vendo que eu sou, e não sei se quero me tornar. Tudo o que é importante por horas, dias, meses e anos se foi. E atrás deles estão chegando novas importâncias. Me questiono se a vida é assim mesmo ou é comigo o problema. Quero ter uma coisa que seja realmente importante mesmo que ela se vá amanhã. Não quero o mundo inteiro como prioridade na minha vida. Coloco qualquer sorriso, palavra, carinho, até algumas patadas em primeiro lugar e seria isso o correto da vida? Sinto que não é, pois o que passa dentro do meu peito é angustiante, assim se fosse realmente correto não deveria eu estar sentindo uma paz interior? Perguntas, perguntas, perguntas... Onde eu encontro essas respostas? Vivendo talvez.

domingo, 17 de outubro de 2010

Amigo-Secreto



Sofrer é parte do processo. Nunca estamos sozinhos na busca pelo o que é prioridade na nossa vida, e se o sofrimento é o caminho, que assim seja e aceita-o sem medo da dor. Isso vai passar, sempre passa. Hoje são lágrimas e dor, amanhã você pode encontrar forças onde não imaginou. Quando me perguntam o que fazer com tanta dor no coração eu só digo que não tem o que fazer. O tempo e a distância são os melhores amigos nessa fase que deixa todos na sarjeta. Dos ricos aos pobres, dos bonitos aos feios, ninguém escolhe sofrer, isso acontece e quando você não tem mais forças para ir contra esse sentimento tudo se torna mais fácil. Lutas cansam e o sofrimento sabe como bater forte. Não vá contra ele, torna-se amigo quando percebemos que ele é sinônimo de aprendizado. Quer prova melhor do que meu sorriso? Tive que sorrir pra esconder lágrimas, tive que guardar toda a minha dor quando na verdade queria só acabar com ela de uma vez. Eu tive que fazer muita coisa que o sofrimento me consumia por dentro para hoje aprender que eu sobrevivi pois usei ele como ferramenta na busca por novas experiências. Quem antes me fazia sofrer, hoje está sozinho. Eu que pensava ser sozinha me tornei a mais completa por pessoas e principalmente por força. Infelizmente é assim que funciona, nunca seremos sozinhos. O outro sempre nos fará sofrer, comer o tal pão que o diabo amassou não é preciso, você veio ao mundo para ser feliz e completo , e se para alcançar isso é preciso chorar e sentir a dor mais terrível do mundo, assim eu aceito-a como quem aceita um presente para ter algo novo no armário. Ter uma vida nova lembrando do amigo-secreto que é o tal do sofrimento.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amor não combina com madrugada

Era de madrugada quando seu celular tocou, ela olhou com os olhos ainda cerrados e não podia acreditar que era ele. Uma hora dessas era quase impossível depois da separação ele ainda ter a capacidade de telefonar. Mesmo assim a vontade de atender falou mais alto dentro do seu peito. Ela falou o típico "alô" com uma voz cansada, do outro lado da linha os barulhos eram quase insuportáveis. Tudo o que queria era não ter atendido o telefone naquela noite. Sem pensar muito foi escutando o que ele do outro lado da linha dizia. Eram absurdos misturados com declarações. Ela só queria entender porque é tão dolorido não poder estar com quem se quer. Conseguiu entender que ele estava em uma festa, fez amizades com garotos que antes ele odiava pois tinham ligação com ela. Ele tentava provar algo para ela com esse telefonema, mas ela só entendeu que sua decisão foi certa. 

Pediu pra que ele a deixasse dormir e de preferência saísse da sua vida. Ela implorou por paz, queria descanso das brigas, das mentiras e principalmente das provocações. Ele pediu uma reconciliação, ela apenas ignorou e fingiu não ouvir essas lamentações. Como ele poderia pedir algo assim estando em uma festa dias após o término. Sua prova de amor é a mais estranha que ela já conheceu. Ele só pode amar maltratando e ela ama amando, simples e correto. A madrugada começou a ficar pesada, as olheiras e os quilos perdidos estavam sendo justificados naquele telefonema, era uma depressão ter que ouvir lamentos de alguém que não se lamenta por nada. Tudo mentira.


Desligou o celular e levantou com os olhos cheios de água. Ela no meio da escuridão do quarto pensava em mil coisas de uma vez só, e todos os pensamentos giravam em torno dele. Era ele o seu inferno. Era ele que não sabia o que fazer da vida e decidiu deixá-la como ele é, insegura o suficiente para não acreditar nos seus sonhos. Assim, ela foi indo para a cozinha e tomou um copo de água que esfriou sua cabeça. Porém o sono já tinha sido roubado. Ela queria entender porque era possível sentir todos os sentimentos do mundo de uma vez só e ainda estar viva para contar no dia seguinte a situação que aconteceu. Pensou em tudo o que poderia lhe dar força e fechando os olhos foi acalmando-se e tirando aquele peso das costas. O jeito era recomeçar e para isso seu inferno deveria ficar a milhas de distância. 

Foi assim que ela decidiu fazer as malas e sem levar as mentiras para viver, foi para longe e encontrou outras oportunidades. Eram sempre pequenas aberturas que ela espiava e pensava se ali dentro estava a felicidade, sempre certificando-se que ele não estaria por perto em nenhuma das suas novas conquistas. A busca pelo amor da sua vida agora não é tão importante, pois amores fazem ligações na madrugada e ela não queria mais atender aos chamados do que ele dizia ser amor. Agora o amor da sua vida é ela. Egoísta e ainda insegura, soube que tudo ia dar certo a partir do momento em que colocou as roupas na mala e mudou o celular. Agora era tudo novo, de novo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Acabou o medo, comecei a viver


Não sou de cometer loucuras, tenho medo do "depois" mais do que qualquer pessoa nesse mundo. Mas elas acontecem, e muitas vezes essas loucuras são perdoáveis, outras vezes não. Desejo ser alguém que não sou, e por mais que me esforce minha consciência não deixa eu ser nada além do que sou, pois sou assim uma metamorfose ambulante (como já dizia Raul). Assim sendo, eu decidi ser quem eu sou procurando o caminho que me faz feliz. Os olhares, os questionamentos e os medos, todos foram deixados de lado para uma coisa nova que quero ter na minha vida. Tenho sede de viver, mas tinha medo de arriscar e por isso segurar minhas vontades não ajudou muito nas decisões que tomei até hoje. Se controlar é o segredo. Se jogar é a felicidade.


Houve dias em que me matei com vontade de viver e só não fazia porque não queria o 'depois' me matando por dentro como se uma faca entrasse no meu peito de tanta dor. Afinal eu tenho uma consciência e ela está lá para me alertar de todas as coisas que julgo como erradas. Porém o livro da minha vida antes preto e branco com algumas páginas amareladas, agora é colorido e cheio de histórias, com algumas fechadas a sete chaves apenas para leitores selecionados, e essa história de viver me provou que dá para o errado virar certo, basta ampliar seus horizontes. Aprendi que viver é isso, e não é preciso ser a maluca que todos julgam ser feliz porque não possui limites. Simplesmente é fazer o que se tem vontade, e além disso mostrar quem você é.

Os dias mais felizes desse ano foram quando eu me entreguei as minhas vontades. A sensação que eu busco e escrevo todos os dias chegava nesses momentos e ia embora sempre quando eu colocava o muro de Berlim dentro de mim. Sei quem eu sou, e quem eu quero me tornar. Com defeitos e qualidades é possível tudo. Sinto que sou a prova disso. É difícil olhar palavras como essas depois de todas as lamentações escritas e acreditar na verdade, mas ela existe. Vou errar e colocar o pé no freio muitas vezes, mas vou controlando a velocidade pelo caminho que escolhi trilhar. E ser assim não machuca nada, só me fortalece.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Orgulho e suas defesas

Se orgulho é a palavra chave que acaba com relacionamentos e fazem os apaixonados sofrerem, eu tenho outro propósito para ele além deste. O orgulho deixa o que poderia 'acontecer' não acontecer, simples assim. As pessoas que mais me importaram do sexo masculino disseram o mesmo adjetivo para quem eu sou. Orgulhosa o suficiente para querer que o outro seja entregue, que venha e me mostre o que quero também. Refletir sobre esse sentimento me faz sofrer e passar as vontades do mundo, porém o medo de me entregar causa toda essa barreira que chamo de orgulho. Não sei não ser orgulhosa, e só me interesso por pessoas orgulhosas como eu. Não conseguem assumir sentimentos, emoções e tudo o que nos consome por dentro pelo simples fato do que poderia acontecer depois. Eu sou assim, e compreendo os que são. Me encontro neles de alguma forma. Aprender com meus defeitos é algo que faço diariamente mas este detalhe não sai de mim, e talvez eu não queira que saia. Todas as entrelinhas seriam lidas do modo como eu gostaria e meu orgulho não deixa eu me entregar para o que eu ainda não tenho certeza. Eu ainda espero do mundo, mesmo que seja a mania errada. Essa mania de querer que o outro dê o primeiro passo não irá embora tão cedo, eu tenho medo de primeiros passos. O medo do que pode acontecer, prefiro deixar as coisas como estão e ver até onde consigo levar, mesmo que para isso coloque no alvo o que estou com vontade. Não dá para ser eu sem ser o orgulho. Admiro as pessoas que conseguem agir e não se arrependerem, são dignas de viver e conseguem superar medos. Eu ainda sou o meu orgulho intacto e sem pudor. O orgulho acabou com tudo o que um dia eu quis pela vida inteira, mas ao mesmo tempo me ensinou o que é o amor próprio, por isso eu tenho tanto medo de abandoná-lo. Simples assim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ela vai entender

Um dia vou aprender porque ser forte causa tanto espanto. Ela estava lá, em outro mundo, com outros sorrisos e mesmo assim quando sua cartela de remédios está acabando ela entra na fase que está tão acostumada. Ela tem medo de ser aquela pessoa dos últimos dias da cartela ao invés daquela que é tão forte quando está começando-a. Ela olha para todos os lados, ainda não conseguiu distinguir o bem do mal. Ela se considera forte, mas em momentos como esse não entende porque sua força se esconde e não encontra-a de forma alguma. 



Um dia ela vai entender porque ser normal dói tanto, e procurar não ser não te faz melhor. Ela quer ser melhor, mas onde suas qualidades estão ninguém quer saber de procurar, e é isso que ela tem de melhor, o interior. Realmente ela vê que o mundo é uma concorrência, se hoje você abre mão do que ama, isso pouco importa para qualquer pessoa além de você. Ela aprendeu que o mundo não sofre junto, o mundo só gira como um robô sem condições de sentir ou fazer alguém ser melhor, apenas existe para que ela possa se encontrar na loucura que ela não compreende.

Ela pediu mil e um desejos para Deus e seus companheiros que fingem não saber o que ela realmente quer. Se ela vai encontrar o que merece no final de tudo ela tem suas dúvidas, deixou de acreditar no mundo e seus mistérios. Ser forte é a única coisa que está sabendo fazer bem, e isso hoje basta.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A vida inteira esperei uma resposta



Eu pensei em um motivo apenas, alguma coisa que respondesse a questão fundamental na minha vida e viesse com manual do porque as coisas são como são. Eu vejo o mundo com os olhos de alguém que procura sempre. Procura nas esquinas, no toque do celular, nas inúmeras páginas que a internet pode me oferecer e nunca acho, a minha procura vai além do que o Google pode me oferecer. Se existir um ser nesse mundo que explique porque após eu dar importância a algo ou alguém tudo vai por água a baixo, por favor, se manifeste. Não estou dizendo que tudo na minha vida foi assim, mas é trágico.


Sinto que hoje é o dia nacional da depressão. Aquele dia em que você tem dó de você porque os seus desejos chegam tão perto para chamar sua atenção, e como uma estrela cadente no céu, se vão no mesmo instante. Odeio estrelas cadentes e seus pedidos. Odeio filmes e seus clichês (mentira). Sempre que os vejo me pergunto quando será a minha vez. A vez do que tem que dar certo dar e ponto final. Não pensem que estou revoltada, ao contrário, eu estou muito feliz com o rumo que minha vida tem tomado. Hoje eu vi que todas as decisões que tomei no começo do ano estão sendo respondidas agora de alguma forma bem contente. 

Porém fica a única questão que acredito que todas queremos saber: Quando será a nossa vez? Sou a protagonista fora de cena e precisa atuar. Parar de sonhar e viver esse sonho é um desejo que está ao meu alcance, mas parece que preciso de outros sacrifícios para alcançá-lo. Me sinto inútil sentada na frente do computador, sabendo que existe um mundo lá fora querendo me descobrir, enquanto eu espero que ele me descubra. Essa mania de querer que corram atrás de mim é o pior defeito que tenho, e só abaixo a cabeça para ele quando estou cegamente apaixonada. Minhas dúvidas são traiçoeiras e ao mesmo tempo possuem objetividade. Apenas sou confusa, como qualquer uma no meu lugar ficaria. 

Os dias mudam, as pessoas então é quase como trocar de roupa nos dias atuais. Penso que não sou eu em dias assim. Pois em dias assim, costumo escrever coisas como essas. Achando que nada dará certo quando na verdade a pessoa que eu sou sempre acorda sabendo que as coisas vão acontecer, e espera por elas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Garotas, futebol e quem eu sou



Ok, vou falar sobre algo que eu não tenho prática e também sobre ser você mesma. Pra começar, não sou o tipo de garota que vai saber torcer ou falar sobre futebol. Muitas garotas acham o máximo isso porque conseguem de alguma forma entrar no mundo masculino, e cara amiga se eu dependesse disso para me dar bem, pronto ferrou. Na verdade eu sou péssima com todos os joguinhos que meninas e meninos fazem. Sabe aquela olhada que dá a entender o que você quer? Eu não sei... Quando tentei isso na minha vida meu olhar foi mais confuso do que deveria ser.

Sou uma garota que não sabe paquerar, pronto... assumi. Não sei ir para cima, jogar, olhar, seduzir. Quem já prestou atenção sabe, é muito difícil para eu mostrar os meus interesses. Quer saber quando estou interessada? É só ver meu sorriso quando falo com a pessoa e se eu agir do modo contrário do que a maioria das garotas agiriam é o sinal verde. Isso tudo é quase um bicho de sete cabeças que comeu minhas atitudes. Não tenho resposta certa, posso tropeçar e quando eu tenho amizade trato a pessoa com leves cutucadas. Acredita que eu paquero dessa forma?!

Entrar no mundo masculino não é comigo, mas eu tento. Como disse no começo do texto falar de futebol é coisa de outro mundo, eu só sei falar sobre quem é bonito ou não dentro do campo, e nem por isso quero ser taxada de fútil ou qualquer outro adjetivo negativo. Não sou, só não me interesso por futebol. A pergunta que todos fazem é se eu sei o que é o bendito do "impedimento", demorei anos para descobrir, agora que entendi demoro anos para descobrir quem é o zagueiro e quem é o atacante. Muito complexo querer entrar no mundo masculino por esse lado, não posso mostrar independência ou uma suposta garota "legal" se o assunto é totalmente cego aos meus olhos.

É preciso ser dona do seu nariz, saber sobre os assuntos do mundo e ao mesmo tempo ser sexy! Concordo que ser isso é ser perfeita, mas qual o problema da imperfeição?! Ela que nos faz mudar e aprender sempre. Com o tempo eu aprendi apenas um caminho para chegar até meus objetivos amorosos, mas ele não serve em festas pois necessita de tempo. Eu quero conquistar rindo, falando bobeiras, sendo quem eu sou. Para isso eu preciso de doses diárias com o "tal" para conseguir fazer ele me enxergar como eu quero. É engraçado, mas é sério. Hoje eu vejo como eu sou uma tímida-tola em momentos repentinos, e como eu sou a garota certa quando tenho tempo para esbanjar minhas gargalhadas. 

Todas as mulheres precisam ser independentes, lindas, e sempre amar-se em primeiro lugar. Eu quero ser assim, mas não quero forçar ser alguém que não precisa do amor que um homem pode oferecer, afinal é isso é meu combustível. Sou dona de mim, e quero alguém para estar do meu lado, eu entendendo sobre futebol ou não... Que seja!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É tudo o que tenho

Eu procurei desculpas, eu encontrei respostas. Me restou agora o medo. O desconhecido me assusta mais do que o que conheço nesse mundo que me deixa louca. Insana já sou quando o assunto é o amor, porém quando ele me pega de surpresa, com os cabelos despenteados e um pijama nada apresentável sinto como se isso não fosse nada perto do medo que sinto agora. Todas as desculpas que dei ao meu coração nos últimos dias tem sido ignoradas pela presença do que é real. Não dá pra esconder, e o pior é que preciso. Transparecer é coisa que sei fazer até sem querer, não sei ser uma por dentro e outra por fora. Eu juro que eu tento, mas está ficando difícil. O caminho está apertando e eu não sei até quando vou aguentar. São muitas provocações e o problema delas está no que é concreto ou melhor, no que eu gostaria que fosse.

Procuro estradas que me levem longe desses pensamentos que tomam conta da noite, da manhã e agora deu para aparecer a tarde. Não consigo me controlar, e isso é muito perigoso. Conheço o começo dessa história, o final então nem se fala. Sei que não estou pronta para o resultado esperado, e aí vem eu com meu romantismo tolo e suas conclusões que talvez dessa vez seja diferente. Não sei, tenho minhas dúvidas. Parece até conto de "malhação". Quero resultados, soluções e principalmente começos felizes (acho que já falei sobre isso aqui). Não quero uma novelinha para adolescentes, muito menos filmes que tirem o fôlego. Eu só quero.  E quero daquele jeito normal, como tudo na vida das pessoas normais. Aquela forma que não tem forma, que acontece e você vai apreciando aos poucos. 

Minha insegurança advém de outros passados. Tudo o que não desejo se agarra a mim, e o que eu sempre quis tomou dois caminhos. Apareceu e desapareceu, no mesmo dia e na mesma hora. O segundo é que nunca apareceu. Seria muito pessimismo dizer que isso pode acontecer? Meu medo começa desses detalhes que eu insisto em achar que tudo será igual, e isso me dá borboletas no estômago. Não quero dançar a mesma música, o par até mudou, mas preciso começar a dançar. Pensando melhor, vamos tocar a mesma música, acho que seria uma bela canção. São tantas metáforas e histórias montadas que já não sei mais se devo dar enfâse nisso tudo. Termino aqui com o conselho de alguém que não precisa ser mencionado: você precisa deixar as coisas rolarem, acontecer naturalmente. Tudo bem... Mas já vou avisando: Minha cabeça está rolando, e preciso que 'ele' intervenha nisso da forma como eu imagino todas as noites. Agradeço. 

Eu quero entregar, e você, quer receber?

sábado, 25 de setembro de 2010

Tati Bernardi

Sempre achei que esse amor era coisa de quem não tinha nada melhor para fazer. Eu só o sentia porque estava infeliz naquela vida pacata. Só por isso. Resolvi então agitar a vida pacata. E comecei a sair mais de casa, enxergar as pessoas ao meu redor, mais viagens, mais baladas. Amor é coisa de gente pacata e agora que eu tinha uma vida agitada, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta.

Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, mesmo com a semana agitada entre faculdade e trabalho, eu fico em casa o fim de semana todo, alegando cansaço, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus.

Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo no apartamento do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.

Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando o visual, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Cabelo novo, roupas novas, sapatos novos, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?

Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que te faz rir um monte, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum deles foi capaz de me salvar, de substituir minhas células cansadas em sentir sempre a mesma coisa. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos. Ou outras alegrias. Qualquer outra coisa que seja.

Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava? Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... Adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.

Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma Jornalista. Ou até, nossa, se eu pudesse trabalhar na televisão sabe? Esse amor iria embora, claro. Nada feito. Estou aqui graças a minha maior qualidade: a fé. Sim, isso só não funciona pro amor, mas pra todo resto na minha vida acreditar sempre funcionou. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essa coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos. Quantos bons contatos me admiram e me elogiam. Ainda bem que alguém além de mim acredita em mim. É tanta coisa boa acontecendo, tanta gente boa se aproximando que tá na hora de acordar. Enxergar. Receber.

Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os quases

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Uma coisa esta se tornando rotineira na minha vida. Os quases finais felizes, ou melhor, os quases começos felizes. Sempre estou cheia de promessas vindas de cá, de lá e no momento de cumpri-las acontece o quase desejado que me coloca na situação mais estranha que eu consigo imaginar. Não conheço alguém que consegue montar diálogos e situações mais do que eu. E todas elas acontecem porque o quase fica no meu caminho. E sem demora já vou dizendo que meu caminho está todo colorido, mas o quase é uma praga que vem para deixar borboletas no meu estômago, uma ansiedade danada que fica e esquece de ir embora. Crio mil expectativas com todos os quases que me acontecem. Vou tecendo uma teia de histórias que não aconteceram por completo, apenas as promessas do possível. Com certeza uma coisa é fato dentro de mim, não estou cabendo de tanta euforia, vontade e principalmente desejo. E é esse mesmo desejo que faz com que o sorriso que brota no meu rosto multiplica-se fazendo assim eu mostrar os dentes e o som da minha gargalhada a cada olhar engraçado que recebo. Pensando bem, uma garota que gosta de sonhar junta-se com o desejo do novo não é óbvio o resultado? Claro que é, estou completamento flutuável, sem os pés no chão. Igualzinho meu signo diz que eu sou, uma pisciana de mão cheia, com os olhos brilhando de emoção. É uma flor que brota nas minhas costas e não quer parar de crescer, tudo em mim está em movimento, estou em constante mutação. Já disse, não sei mais ser só eu, sou todas em uma, gostaria muito de conhecer alguém que pudesse expressar esse sentimento da mesma forma que eu sinto. É possível alguém nesse mundo estar se sentindo livre e com uma semente brotando dentro do coração como eu? Creio eu que sim, porém compartilhar disso é o que preciso. Quero me entregar e parar com os quases que não são ruins pois despertam em mim toda essa aventura interna que sinto, mas agora desejo que alguns deles se concretizem. Que venham outros quases e que estes que sinto se realizem com toda a emoção que eu estou guardando no lugar mais especial do meu corpo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mundo de ideias, momento de mudança


Ando com mil ideias na cabeça, não passei nenhuma para o papel ainda, mas eu sei que algo anda acontecendo. Não sou mais eu. Até me reconheço no espelho, enxergo quem eu sempre fui, só que agora existe o "algo mais" tão esperado por mim.  Acabou a vida que antes eu achei que existia sem mudanças, existe agora o além. Além de tudo o que pensei para mim, sinto que consigo respirar o novo. Tudo me cerca e implora por respostas cada vez mais fortes.

Questionar meus sentimentos, atitudes, situações e o meu dia-a-dia virou dose diária para a telenovela que enfrento, mais essa mesma telenovela não está mais do jeito que enxergava antes, virou uma comédia. Divertida e simples para meu coração. Sou alguém que não sabe reconhecer qualidade alguma dentro de mim, mas hoje eu vi uma coisa que tenho de sobra para dar:  segundas chances.

E são terceiras, quartas, quintas. Quantas forem preciso lá estarei eu insistindo nas pessoas. Implorando para que elas acordem para vida e vejam quem estão ao seu lado. Admiro quem tem essa mesma qualidade. Nunca é tarde para nada. É sempre cedo para tudo. Pode ser uma mentira na prática, mas é cedo para você desacreditar ou até desistir dos sonhos.

Minha cabeça está a um milhão. Planos e mais planos. Pessoas e mais pessoas. É possível descobrir mundos através das idéias. Eu descobri o meu, o do outro e de o milhões de pessoas que compartilham o mesmo sentimento. Sou incompleta sempre, e sempre me senti insatisfeita por isso, mas hoje abri os olhos e vi que ser incompleta é ser completa de alguma forma.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A verdade


Eu guardei. Esperei o vento mudar de direção. Cultivei a amizade na esperança de um dia ver o retorno. Ele não chegou. Eu me decepcionei. Nunca pensei que alguém seria capaz de inventar absurdos para o bem próprio. Perder pessoas que podem se tornar companheiras, para quem sabe o resto da vida, apenas pelo prazer de mostrar a boa pessoa que é realmente vale a pena? Ninguém é boa o suficiente, e se torna pior quando usa de artifícios covardes para atingir seus objetivos. Eu sentei, respirei. Tremi cada pedaço do meu corpo. Não aguentei ler palavras ofensivas, a hipocrisia nas letras era tão grande que me fez desacreditar que as pessoas tem conserto.

Cansada de ser paciente, boa amiga e engolir sapos na vida decidi mudar a direção. Dizem que a conversa é a base de tudo na vida. Na minha pode até ser, mas sempre tenho medo delas. Porém chega um momento que é preciso desabafar, jogar aos ventos o que te sufoca. Mostrar ao outros seus defeitos e se ainda quiser ter a chance de continuar com uma convivência harmoniosa, dar conselhos para que isso flua dentro do que está certo. Novamente eu tremi de ódio. Não era fácil ver o rosto e saber das verdades. Os sentimentos se misturaram, não sei o motivo até agora do porque tal atitude era mais importante do que a verdade.

Sempre fui a favor da verdade. Não sou pura, já menti, já me arrependi. Mas nunca agi para o mal com as mentiras. Sempre foram saudáveis e não me classifico como santa. Só gostaria que as pessoas entendessem que dá para viver assim, na verdade e na mentira. O segredo é colocar o que é prioridade na sua vida. Uma vez ouvi que tolo não é quem é enganado, mas sim quem mente. Pois acha que a mentira será sustentada para sempre. Sem contar as inúmeras pessoas que se afastam e perdem toda a confiança e amor que um dia podemos ter. É tão complicado entender porque as pessoas mentem. Não acrescenta nada, ao contrário, só traz coisas ruins e o pior: SOLIDÃO. Ninguém nunca estará cem por cento ao seu lado, todos irão ter o pé atrás. Isso é triste, e a única culpada por tudo isso é a falta de verdade.

Acredito que todos temos defeitos. Outro segredo é conviver com eles da melhor forma. Utilizá-los para uma possível mudança. No meu caso eu sempre fui a pessoa mais nervosa, estourada que conhecia, até que me avisaram que assim eu não caminharia, que precisava ter paciência. Assim lá fui eu, exercitar o que para mim era um sacrifício. Eu sou hoje uma boba engolindo sapos, mais quando a boca está cheia já volto a antiga origem, mais estou aprendendo a viver com esses defeitos e mudando conforme a música. Seja você, aprenda com o mundo, o melhor professor que você terá é ele. Do contrário ficará sempre a mercê dos momentos repentinos e nunca dos inesquecíveis. Ser você e assumir isso é a melhor qualidade que se pode ter. É o que atrai e está na última moda, fique atento. A verdade ainda está em destaque, seja lá qual for seu medo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Novos sonhos



Ela abriu os olhos, o teto branco confirmava que agora estava acordada. Ultimamente ela não diferenciava muito a realidade da imaginação. Assim, ela se levantou enxugando os olhos, lavou seu rosto como todo dia. Seu ritual era esse, e logo voltou para a cama. Pensou nas possibilidades, ela pensava que se ganhasse dinheiro para cada pensamento em que se perdia seria uma bilionária sem dúvidas. Entre tantos pensamentos, pensou nele. Não confudam pois o ele não é mais o ele, agora existiam tantos eles. Eles que foram, eles que chegaram, eles que vão chegar logo. Na verdade nos seus pensamentos ela estava dando aula para o coração agir de acordo com sua cabeça. Educando a se encaixarem de acordo com suas vontades. Ela sentia vontade de tudo o que era novidade. Ela percebeu que quando estava dando ênfase no passado esqueceu completamente o futuro e todos aqueles que surgiram em seu caminho. Tá certo que ela podia estar pensando nas provas, nas intrigas, mas ela escolhia pensar em garotos e suas possibilidades. Foi movida a isso, gosta de bons filmes entre moças e moços. Quer vivê-los e ela tem esse direito. Estava deitada olhando para o teto, cerrando os olhos conseguiu montar na sua cabeça fértil um encontro. Ele irá acontecer, mas ela e sua pressa precisavam pensar em como seria. Isso tudo é uma forma para ela se encontrar com suas expectativas. Prometeu tanto não fazer planos, que não fazê-los estava angustiando sua mente. Ela tinha o brilho do sol entrando pela janela, sentiu o vento que entrou sem pedir licença em seu quarto, ele queria avisar ela da sua promessa, mais uma vez ela quebrava metas impostas. Nunca foi de respeitar qualquer objetivo na vida. Seus impulsos quando deseja algo no amor a deixam cega, esquece qualquer passado, presente e futuro. Minto, ela não esquece do futuro, afinal vive montando encontros na sua mente que nunca aconteceram. Com os olhos fechados ela vai pegando mais uma vez no sono, o teto branco desaparece entre suas imagens idealizadas. Ela esquece do real, voltando assim para o mundo favorito dela. De alguma forma a certeza é que agora ela vive. São tantos mundos para só agora abrir os olhos para o certo. Assim, é certo que de alguma forma ela sonha melhor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Meu dilema, minha terapia

Existem pessoas que precisam escrever para falar, outras necessitam gritar para extravar. Outras precisam mentir para serem donos de si mesmo. Afinal qual a sua maneira de demonstrar raiva? A raiva de algo sempre começa por alguém. Eu tenho raiva de mentiras e escrevo para tirar a dor que elas me causam. Não existem pessoas honestas, elas são ou estão chegando lá, porém no meu mundo sempre existiu os bipolares-decepcionantes. Assim que classifico as pessoas que falaram algo e agiram diferente. Me decepciono com mentiras. As pessoas que amo tem mania de mentir para mim. Isso não inclui só amores não. Todas as minhas feridas e que não são poucas, advém de alguma mentira vivida. Sou um poço de mentiras, no sentido mais dolorido da frase sou aquela onde os outros depositam suas mentiras para conseguirem viver e ter o que sempre desejam. Elas me cansam e já disse isso milhares de vezes. Sou um imã que atrai qualquer mentirosinho(a) que ande por aí. O desastre que não quero para mim.

Escrever virou um hábito quando começaram a me machucar com esses pequenos detalhes. Até que resolvi colocar na minha cabeça que quem mente/mentiu para mim não merece nem o meu singelo 'oi'. Sempre dou passos errados e caminho para trás. Mas ultimamente isso andou se tornando menos frequente. Fico aliviada. Faço terapia aqui e nem percebo como me ajuda. Vocês ficam aí lendo os meus dilemas, sem dizer nenhuma palavra, assistem de camarote minhas quedas, retrocessos e sucessos. Enquanto eu fico pensando se sou digna de dó ou de admiração. Como me falta a arrogância que algumas pessoas tem de sobra, assim eu fico com a primeira opção. Mas não quero ser vista com esses olhos.

Estou sempre me reinventando. Montada em montes de mentiras adquiridas por outros. Não consigo esquecer cada absurda mentirinha feita para me deixar em prantos. Lembro de tudo com muito detalhe, e guardo em uma caixa todas elas. Para que um dia eu possa me livrar e sempre lembrar daqueles que subiram nas minhas costas através de suas mentiras. Me conformo, tenho tanto a dizer, tanto a escrever, mas me conformo. Algumas pessoas nasceram para mentir e serem felizes. Só que eu sei que nada funciona bem quando a base da sua vida se fundamenta em holofotes mentirosos. Hoje o jogo é favorável a todos que um dia me machucaram com suas falsidades e mentiras, eu só espero estar no camarote com vocês que leem todas as minhas angústias e dizer: "Eu tentei te avisar, eu quis estar do seu lado, mas agora eu sinto muito".


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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pare e pense



Pare para pensar e perceba que você é a única causadora da sua dor. Ninguém mais. Todos os dias descubro algo que deveria me fazer afastar, existiu uma época em que era possível ainda acreditar que um dia alguém teve respeito e amor por você, mas essa época se foi. Com o tempo as pessoas vão ficando mais transparentes, na medida em que eu me afasto começo a enxergar como fui tola. Escrever não tem sentido quando eu só precisava olhar para o meu lado. Tantas pessoas querendo o meu bem, a minha paz. Do que adiantava alimentar o sentimento por alguém que não te dá a mínima? Só leva ao aumento da dor, e você não precisa sentir dor. Nós não precisamos sentir nada além do amor verdadeiro.

Chegou o tempo de perceber que não estou sozinha, que apareceu outras pessoas no meu caminho e aí você olha e pensa que estou sendo hipócrita, mas não. É a verdade, eu só não queria enxergá-la. Ouvi sussuros ao longe dizendo a verdade pra mim. Mostrando o caminho que eu não enxergava. Esses mesmos sussurros me contaram verdades doloridas, ou melhor, me contaram mentiras vividas por mim e por ele. Descobrir que você foi enganada, e como realmente são as coisas dói. Porém hoje está me fazendo mais forte. Estou forte para seguir em frente. Não dê destaque aos mentirosos e nada humildes. Dê destaque aquele que vive pegando no seu pé de uma forma boa. Ignore qualquer sentimento, afinal todas as mentiras vividas e hoje descobertas só devem te fazer entender que não é seu e não deve ser. Você merece coisa melhor, eu mereço coisa melhor. Ouvi isso diversas vezes, nunca acreditei, mas especialmente hoje acredito mais do que nunca, eu mereço! E para significar alguma coisa a partir de hoje as decisões serão diferentes.

Essa história de deixar o outro fazer festa dos meus sentimentos é coisa de gente nada interessada em viver. E eu tenho sede de viver. Comecei a pensar e reparar nos momentos dos últimos oito meses, tomei consciência e quero mais que se exploda o mundinho supérfulo que ele vive, e com certeza irá explodir. Eu tenho conteúdo, eu tenho escolha na vida. Eu vou aprender a viver e vão me amar pelo o que eu sou e o que eu vivo. Sinto dó daquele que todos desacreditam, é de dar pena ver alguém se afundar sem ao menos perceber que sua vida boa vai um dia se tornar um inferno. Esconder-se atrás de dinheiro, fama, luxos e pessoas caras não é questão de felicidade.

Quantas vezes ouvi dizer como eu era maravilhosa, corajosa e acima de tudo ouvi dizer como ele era tolo, infantil e miserável nas suas escolhas. Cheguei a escutar isso de pessoas próximas a ele, todos sentem dó e exprimem a sua opinião da mesma forma. Mas que se foda se ele não se preocupa em viver, eu que não vou fazer isso por ele. Afinal vamos contar nos dedos e perceber que quando eu viro as minhas costas quem possui mais amigos verdadeiros? Eu ou ele? Faltam-me dedos, que tal emprestar os seus que não foram completados? Parei para pensar que meu caminho fluiu longe dessa loucura. Não quis perceber, dei valor a cada mentira e cada mancada, quando deveria ao contrário deixar de lado pelo simples fato de que não é isso que quero para a minha vida. Eu não quero mais isso para mim. Eu tenho pessoas e acima de tudo eu respeito as pessoas.

Não vou dizer que foi tempo perdido o que fiquei junto, mais foi tempo perdido dar vazão a essas mentiras, esses oito meses eu tinha o mundo para descobrir e eu só queria saber de descobrir e ajudar quem não quer nada disso de mim. Agora é partida, agora é a hora. Abrir os olhos e enxergar que além de tudo você tem mais na vida do que qualquer outra pessoa é a razão para parar com as dores. Eu tenho amor e quer coisa mais bonita do que essa? Amar é para quem precisa e tem vontade de doar. Assim, pensando, escutando e olhando tudo o que me fez eu percebi que a única coisa que me deixou viva foi o amor e é a única pela qual eu vou viver, enquanto você vai morrendo aos poucos, trocando pessoas como se troca de roupa. Agora tudo isso é meu, pronta para ir de encontro com alguém como eu, pronta para viver e deixar as mentiras, mancadas e infelicidades lá atrás. Chega de dar destaque a pequenas coisas, o que é pequeno ficará. Nada de grandezas insignificantes. É ponto final.


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