segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É tudo o que tenho

Eu procurei desculpas, eu encontrei respostas. Me restou agora o medo. O desconhecido me assusta mais do que o que conheço nesse mundo que me deixa louca. Insana já sou quando o assunto é o amor, porém quando ele me pega de surpresa, com os cabelos despenteados e um pijama nada apresentável sinto como se isso não fosse nada perto do medo que sinto agora. Todas as desculpas que dei ao meu coração nos últimos dias tem sido ignoradas pela presença do que é real. Não dá pra esconder, e o pior é que preciso. Transparecer é coisa que sei fazer até sem querer, não sei ser uma por dentro e outra por fora. Eu juro que eu tento, mas está ficando difícil. O caminho está apertando e eu não sei até quando vou aguentar. São muitas provocações e o problema delas está no que é concreto ou melhor, no que eu gostaria que fosse.

Procuro estradas que me levem longe desses pensamentos que tomam conta da noite, da manhã e agora deu para aparecer a tarde. Não consigo me controlar, e isso é muito perigoso. Conheço o começo dessa história, o final então nem se fala. Sei que não estou pronta para o resultado esperado, e aí vem eu com meu romantismo tolo e suas conclusões que talvez dessa vez seja diferente. Não sei, tenho minhas dúvidas. Parece até conto de "malhação". Quero resultados, soluções e principalmente começos felizes (acho que já falei sobre isso aqui). Não quero uma novelinha para adolescentes, muito menos filmes que tirem o fôlego. Eu só quero.  E quero daquele jeito normal, como tudo na vida das pessoas normais. Aquela forma que não tem forma, que acontece e você vai apreciando aos poucos. 

Minha insegurança advém de outros passados. Tudo o que não desejo se agarra a mim, e o que eu sempre quis tomou dois caminhos. Apareceu e desapareceu, no mesmo dia e na mesma hora. O segundo é que nunca apareceu. Seria muito pessimismo dizer que isso pode acontecer? Meu medo começa desses detalhes que eu insisto em achar que tudo será igual, e isso me dá borboletas no estômago. Não quero dançar a mesma música, o par até mudou, mas preciso começar a dançar. Pensando melhor, vamos tocar a mesma música, acho que seria uma bela canção. São tantas metáforas e histórias montadas que já não sei mais se devo dar enfâse nisso tudo. Termino aqui com o conselho de alguém que não precisa ser mencionado: você precisa deixar as coisas rolarem, acontecer naturalmente. Tudo bem... Mas já vou avisando: Minha cabeça está rolando, e preciso que 'ele' intervenha nisso da forma como eu imagino todas as noites. Agradeço. 

Eu quero entregar, e você, quer receber?

sábado, 25 de setembro de 2010

Tati Bernardi

Sempre achei que esse amor era coisa de quem não tinha nada melhor para fazer. Eu só o sentia porque estava infeliz naquela vida pacata. Só por isso. Resolvi então agitar a vida pacata. E comecei a sair mais de casa, enxergar as pessoas ao meu redor, mais viagens, mais baladas. Amor é coisa de gente pacata e agora que eu tinha uma vida agitada, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta.

Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, mesmo com a semana agitada entre faculdade e trabalho, eu fico em casa o fim de semana todo, alegando cansaço, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus.

Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo no apartamento do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.

Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando o visual, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Cabelo novo, roupas novas, sapatos novos, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?

Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que te faz rir um monte, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum deles foi capaz de me salvar, de substituir minhas células cansadas em sentir sempre a mesma coisa. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos. Ou outras alegrias. Qualquer outra coisa que seja.

Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava? Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... Adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.

Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma Jornalista. Ou até, nossa, se eu pudesse trabalhar na televisão sabe? Esse amor iria embora, claro. Nada feito. Estou aqui graças a minha maior qualidade: a fé. Sim, isso só não funciona pro amor, mas pra todo resto na minha vida acreditar sempre funcionou. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essa coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos. Quantos bons contatos me admiram e me elogiam. Ainda bem que alguém além de mim acredita em mim. É tanta coisa boa acontecendo, tanta gente boa se aproximando que tá na hora de acordar. Enxergar. Receber.

Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os quases

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Uma coisa esta se tornando rotineira na minha vida. Os quases finais felizes, ou melhor, os quases começos felizes. Sempre estou cheia de promessas vindas de cá, de lá e no momento de cumpri-las acontece o quase desejado que me coloca na situação mais estranha que eu consigo imaginar. Não conheço alguém que consegue montar diálogos e situações mais do que eu. E todas elas acontecem porque o quase fica no meu caminho. E sem demora já vou dizendo que meu caminho está todo colorido, mas o quase é uma praga que vem para deixar borboletas no meu estômago, uma ansiedade danada que fica e esquece de ir embora. Crio mil expectativas com todos os quases que me acontecem. Vou tecendo uma teia de histórias que não aconteceram por completo, apenas as promessas do possível. Com certeza uma coisa é fato dentro de mim, não estou cabendo de tanta euforia, vontade e principalmente desejo. E é esse mesmo desejo que faz com que o sorriso que brota no meu rosto multiplica-se fazendo assim eu mostrar os dentes e o som da minha gargalhada a cada olhar engraçado que recebo. Pensando bem, uma garota que gosta de sonhar junta-se com o desejo do novo não é óbvio o resultado? Claro que é, estou completamento flutuável, sem os pés no chão. Igualzinho meu signo diz que eu sou, uma pisciana de mão cheia, com os olhos brilhando de emoção. É uma flor que brota nas minhas costas e não quer parar de crescer, tudo em mim está em movimento, estou em constante mutação. Já disse, não sei mais ser só eu, sou todas em uma, gostaria muito de conhecer alguém que pudesse expressar esse sentimento da mesma forma que eu sinto. É possível alguém nesse mundo estar se sentindo livre e com uma semente brotando dentro do coração como eu? Creio eu que sim, porém compartilhar disso é o que preciso. Quero me entregar e parar com os quases que não são ruins pois despertam em mim toda essa aventura interna que sinto, mas agora desejo que alguns deles se concretizem. Que venham outros quases e que estes que sinto se realizem com toda a emoção que eu estou guardando no lugar mais especial do meu corpo.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mundo de ideias, momento de mudança


Ando com mil ideias na cabeça, não passei nenhuma para o papel ainda, mas eu sei que algo anda acontecendo. Não sou mais eu. Até me reconheço no espelho, enxergo quem eu sempre fui, só que agora existe o "algo mais" tão esperado por mim.  Acabou a vida que antes eu achei que existia sem mudanças, existe agora o além. Além de tudo o que pensei para mim, sinto que consigo respirar o novo. Tudo me cerca e implora por respostas cada vez mais fortes.

Questionar meus sentimentos, atitudes, situações e o meu dia-a-dia virou dose diária para a telenovela que enfrento, mais essa mesma telenovela não está mais do jeito que enxergava antes, virou uma comédia. Divertida e simples para meu coração. Sou alguém que não sabe reconhecer qualidade alguma dentro de mim, mas hoje eu vi uma coisa que tenho de sobra para dar:  segundas chances.

E são terceiras, quartas, quintas. Quantas forem preciso lá estarei eu insistindo nas pessoas. Implorando para que elas acordem para vida e vejam quem estão ao seu lado. Admiro quem tem essa mesma qualidade. Nunca é tarde para nada. É sempre cedo para tudo. Pode ser uma mentira na prática, mas é cedo para você desacreditar ou até desistir dos sonhos.

Minha cabeça está a um milhão. Planos e mais planos. Pessoas e mais pessoas. É possível descobrir mundos através das idéias. Eu descobri o meu, o do outro e de o milhões de pessoas que compartilham o mesmo sentimento. Sou incompleta sempre, e sempre me senti insatisfeita por isso, mas hoje abri os olhos e vi que ser incompleta é ser completa de alguma forma.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A verdade


Eu guardei. Esperei o vento mudar de direção. Cultivei a amizade na esperança de um dia ver o retorno. Ele não chegou. Eu me decepcionei. Nunca pensei que alguém seria capaz de inventar absurdos para o bem próprio. Perder pessoas que podem se tornar companheiras, para quem sabe o resto da vida, apenas pelo prazer de mostrar a boa pessoa que é realmente vale a pena? Ninguém é boa o suficiente, e se torna pior quando usa de artifícios covardes para atingir seus objetivos. Eu sentei, respirei. Tremi cada pedaço do meu corpo. Não aguentei ler palavras ofensivas, a hipocrisia nas letras era tão grande que me fez desacreditar que as pessoas tem conserto.

Cansada de ser paciente, boa amiga e engolir sapos na vida decidi mudar a direção. Dizem que a conversa é a base de tudo na vida. Na minha pode até ser, mas sempre tenho medo delas. Porém chega um momento que é preciso desabafar, jogar aos ventos o que te sufoca. Mostrar ao outros seus defeitos e se ainda quiser ter a chance de continuar com uma convivência harmoniosa, dar conselhos para que isso flua dentro do que está certo. Novamente eu tremi de ódio. Não era fácil ver o rosto e saber das verdades. Os sentimentos se misturaram, não sei o motivo até agora do porque tal atitude era mais importante do que a verdade.

Sempre fui a favor da verdade. Não sou pura, já menti, já me arrependi. Mas nunca agi para o mal com as mentiras. Sempre foram saudáveis e não me classifico como santa. Só gostaria que as pessoas entendessem que dá para viver assim, na verdade e na mentira. O segredo é colocar o que é prioridade na sua vida. Uma vez ouvi que tolo não é quem é enganado, mas sim quem mente. Pois acha que a mentira será sustentada para sempre. Sem contar as inúmeras pessoas que se afastam e perdem toda a confiança e amor que um dia podemos ter. É tão complicado entender porque as pessoas mentem. Não acrescenta nada, ao contrário, só traz coisas ruins e o pior: SOLIDÃO. Ninguém nunca estará cem por cento ao seu lado, todos irão ter o pé atrás. Isso é triste, e a única culpada por tudo isso é a falta de verdade.

Acredito que todos temos defeitos. Outro segredo é conviver com eles da melhor forma. Utilizá-los para uma possível mudança. No meu caso eu sempre fui a pessoa mais nervosa, estourada que conhecia, até que me avisaram que assim eu não caminharia, que precisava ter paciência. Assim lá fui eu, exercitar o que para mim era um sacrifício. Eu sou hoje uma boba engolindo sapos, mais quando a boca está cheia já volto a antiga origem, mais estou aprendendo a viver com esses defeitos e mudando conforme a música. Seja você, aprenda com o mundo, o melhor professor que você terá é ele. Do contrário ficará sempre a mercê dos momentos repentinos e nunca dos inesquecíveis. Ser você e assumir isso é a melhor qualidade que se pode ter. É o que atrai e está na última moda, fique atento. A verdade ainda está em destaque, seja lá qual for seu medo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Novos sonhos



Ela abriu os olhos, o teto branco confirmava que agora estava acordada. Ultimamente ela não diferenciava muito a realidade da imaginação. Assim, ela se levantou enxugando os olhos, lavou seu rosto como todo dia. Seu ritual era esse, e logo voltou para a cama. Pensou nas possibilidades, ela pensava que se ganhasse dinheiro para cada pensamento em que se perdia seria uma bilionária sem dúvidas. Entre tantos pensamentos, pensou nele. Não confudam pois o ele não é mais o ele, agora existiam tantos eles. Eles que foram, eles que chegaram, eles que vão chegar logo. Na verdade nos seus pensamentos ela estava dando aula para o coração agir de acordo com sua cabeça. Educando a se encaixarem de acordo com suas vontades. Ela sentia vontade de tudo o que era novidade. Ela percebeu que quando estava dando ênfase no passado esqueceu completamente o futuro e todos aqueles que surgiram em seu caminho. Tá certo que ela podia estar pensando nas provas, nas intrigas, mas ela escolhia pensar em garotos e suas possibilidades. Foi movida a isso, gosta de bons filmes entre moças e moços. Quer vivê-los e ela tem esse direito. Estava deitada olhando para o teto, cerrando os olhos conseguiu montar na sua cabeça fértil um encontro. Ele irá acontecer, mas ela e sua pressa precisavam pensar em como seria. Isso tudo é uma forma para ela se encontrar com suas expectativas. Prometeu tanto não fazer planos, que não fazê-los estava angustiando sua mente. Ela tinha o brilho do sol entrando pela janela, sentiu o vento que entrou sem pedir licença em seu quarto, ele queria avisar ela da sua promessa, mais uma vez ela quebrava metas impostas. Nunca foi de respeitar qualquer objetivo na vida. Seus impulsos quando deseja algo no amor a deixam cega, esquece qualquer passado, presente e futuro. Minto, ela não esquece do futuro, afinal vive montando encontros na sua mente que nunca aconteceram. Com os olhos fechados ela vai pegando mais uma vez no sono, o teto branco desaparece entre suas imagens idealizadas. Ela esquece do real, voltando assim para o mundo favorito dela. De alguma forma a certeza é que agora ela vive. São tantos mundos para só agora abrir os olhos para o certo. Assim, é certo que de alguma forma ela sonha melhor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Meu dilema, minha terapia

Existem pessoas que precisam escrever para falar, outras necessitam gritar para extravar. Outras precisam mentir para serem donos de si mesmo. Afinal qual a sua maneira de demonstrar raiva? A raiva de algo sempre começa por alguém. Eu tenho raiva de mentiras e escrevo para tirar a dor que elas me causam. Não existem pessoas honestas, elas são ou estão chegando lá, porém no meu mundo sempre existiu os bipolares-decepcionantes. Assim que classifico as pessoas que falaram algo e agiram diferente. Me decepciono com mentiras. As pessoas que amo tem mania de mentir para mim. Isso não inclui só amores não. Todas as minhas feridas e que não são poucas, advém de alguma mentira vivida. Sou um poço de mentiras, no sentido mais dolorido da frase sou aquela onde os outros depositam suas mentiras para conseguirem viver e ter o que sempre desejam. Elas me cansam e já disse isso milhares de vezes. Sou um imã que atrai qualquer mentirosinho(a) que ande por aí. O desastre que não quero para mim.

Escrever virou um hábito quando começaram a me machucar com esses pequenos detalhes. Até que resolvi colocar na minha cabeça que quem mente/mentiu para mim não merece nem o meu singelo 'oi'. Sempre dou passos errados e caminho para trás. Mas ultimamente isso andou se tornando menos frequente. Fico aliviada. Faço terapia aqui e nem percebo como me ajuda. Vocês ficam aí lendo os meus dilemas, sem dizer nenhuma palavra, assistem de camarote minhas quedas, retrocessos e sucessos. Enquanto eu fico pensando se sou digna de dó ou de admiração. Como me falta a arrogância que algumas pessoas tem de sobra, assim eu fico com a primeira opção. Mas não quero ser vista com esses olhos.

Estou sempre me reinventando. Montada em montes de mentiras adquiridas por outros. Não consigo esquecer cada absurda mentirinha feita para me deixar em prantos. Lembro de tudo com muito detalhe, e guardo em uma caixa todas elas. Para que um dia eu possa me livrar e sempre lembrar daqueles que subiram nas minhas costas através de suas mentiras. Me conformo, tenho tanto a dizer, tanto a escrever, mas me conformo. Algumas pessoas nasceram para mentir e serem felizes. Só que eu sei que nada funciona bem quando a base da sua vida se fundamenta em holofotes mentirosos. Hoje o jogo é favorável a todos que um dia me machucaram com suas falsidades e mentiras, eu só espero estar no camarote com vocês que leem todas as minhas angústias e dizer: "Eu tentei te avisar, eu quis estar do seu lado, mas agora eu sinto muito".


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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pare e pense



Pare para pensar e perceba que você é a única causadora da sua dor. Ninguém mais. Todos os dias descubro algo que deveria me fazer afastar, existiu uma época em que era possível ainda acreditar que um dia alguém teve respeito e amor por você, mas essa época se foi. Com o tempo as pessoas vão ficando mais transparentes, na medida em que eu me afasto começo a enxergar como fui tola. Escrever não tem sentido quando eu só precisava olhar para o meu lado. Tantas pessoas querendo o meu bem, a minha paz. Do que adiantava alimentar o sentimento por alguém que não te dá a mínima? Só leva ao aumento da dor, e você não precisa sentir dor. Nós não precisamos sentir nada além do amor verdadeiro.

Chegou o tempo de perceber que não estou sozinha, que apareceu outras pessoas no meu caminho e aí você olha e pensa que estou sendo hipócrita, mas não. É a verdade, eu só não queria enxergá-la. Ouvi sussuros ao longe dizendo a verdade pra mim. Mostrando o caminho que eu não enxergava. Esses mesmos sussurros me contaram verdades doloridas, ou melhor, me contaram mentiras vividas por mim e por ele. Descobrir que você foi enganada, e como realmente são as coisas dói. Porém hoje está me fazendo mais forte. Estou forte para seguir em frente. Não dê destaque aos mentirosos e nada humildes. Dê destaque aquele que vive pegando no seu pé de uma forma boa. Ignore qualquer sentimento, afinal todas as mentiras vividas e hoje descobertas só devem te fazer entender que não é seu e não deve ser. Você merece coisa melhor, eu mereço coisa melhor. Ouvi isso diversas vezes, nunca acreditei, mas especialmente hoje acredito mais do que nunca, eu mereço! E para significar alguma coisa a partir de hoje as decisões serão diferentes.

Essa história de deixar o outro fazer festa dos meus sentimentos é coisa de gente nada interessada em viver. E eu tenho sede de viver. Comecei a pensar e reparar nos momentos dos últimos oito meses, tomei consciência e quero mais que se exploda o mundinho supérfulo que ele vive, e com certeza irá explodir. Eu tenho conteúdo, eu tenho escolha na vida. Eu vou aprender a viver e vão me amar pelo o que eu sou e o que eu vivo. Sinto dó daquele que todos desacreditam, é de dar pena ver alguém se afundar sem ao menos perceber que sua vida boa vai um dia se tornar um inferno. Esconder-se atrás de dinheiro, fama, luxos e pessoas caras não é questão de felicidade.

Quantas vezes ouvi dizer como eu era maravilhosa, corajosa e acima de tudo ouvi dizer como ele era tolo, infantil e miserável nas suas escolhas. Cheguei a escutar isso de pessoas próximas a ele, todos sentem dó e exprimem a sua opinião da mesma forma. Mas que se foda se ele não se preocupa em viver, eu que não vou fazer isso por ele. Afinal vamos contar nos dedos e perceber que quando eu viro as minhas costas quem possui mais amigos verdadeiros? Eu ou ele? Faltam-me dedos, que tal emprestar os seus que não foram completados? Parei para pensar que meu caminho fluiu longe dessa loucura. Não quis perceber, dei valor a cada mentira e cada mancada, quando deveria ao contrário deixar de lado pelo simples fato de que não é isso que quero para a minha vida. Eu não quero mais isso para mim. Eu tenho pessoas e acima de tudo eu respeito as pessoas.

Não vou dizer que foi tempo perdido o que fiquei junto, mais foi tempo perdido dar vazão a essas mentiras, esses oito meses eu tinha o mundo para descobrir e eu só queria saber de descobrir e ajudar quem não quer nada disso de mim. Agora é partida, agora é a hora. Abrir os olhos e enxergar que além de tudo você tem mais na vida do que qualquer outra pessoa é a razão para parar com as dores. Eu tenho amor e quer coisa mais bonita do que essa? Amar é para quem precisa e tem vontade de doar. Assim, pensando, escutando e olhando tudo o que me fez eu percebi que a única coisa que me deixou viva foi o amor e é a única pela qual eu vou viver, enquanto você vai morrendo aos poucos, trocando pessoas como se troca de roupa. Agora tudo isso é meu, pronta para ir de encontro com alguém como eu, pronta para viver e deixar as mentiras, mancadas e infelicidades lá atrás. Chega de dar destaque a pequenas coisas, o que é pequeno ficará. Nada de grandezas insignificantes. É ponto final.


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sábado, 4 de setembro de 2010

Nesse lugar, essas pessoas.



Toda vez que volto para a cidade que morei a minha vida inteira, sinto como se tudo voltasse com mais força nas minhas costas. É só colocar o pé para fora de casa que começam os olhares, as brincadeiras ensinuando como eu agora estou diferente. Antes todos que estavam acostumados a me olhar como um casal agora  estranham ao me ver única. Sendo eu sem o outro. Todas as vezes que resolvo sair de casa nessa cidade onde criei minha história é sempre a mesma sensação.

Milhares de garotas que tiveram sua experiência com o que um dia foi meu me olham como se eu fosse um ser de outro mundo. Às vezes penso que elas me olham com aquele olhar de o que eu estou fazendo sozinha, ou tentando me descobrir através de maquiagens e roupas. Eu sinto elas conversando ou até pensando sobre toda a minha história com aquele que elas se envolveram ou se envolvem. Pode ser mania de perseguição da minha parte, chame do que quiser, mas sempre sinto isso. Ontem mesmo os olhares quando eu cheguei eram de alguma coisa que eu não sei descrever. Bons ou ruins não sei, são indecifráveis, mas esses olhares me perseguem. Até garotos me olham procurando respostas para a minha história.

Será estranho achar que todo mundo nessa cidade pensa no que me atormenta sempre que me encontram? Seja sim ou seja não, a resposta me intriga. Eu só tenho essa sensação porque eu sou assim. Eu estou sempre olhando para todas e todos pensando em tudo o que elas  e eles passaram na presença 'dele,' e onde eu estava naquele momento. Talvez seja isso, eu aqui reparando e pensando sobre essas besteiras quando as pessoas mal sabem da minha existência.

Mania de perseguição é comigo mesmo, isso só se dá quando você procura sinais de alguma coisa dele nos lugares, e aqui nessa cidade é o que mais tem. Sinais dele por toda a parte, em forma de garotas, garotos, lugares, bebidas e afins. Mudei de lugar, tento sempre não fazer as coisas que minha mente estava acostumada. Assim, tentei me esconder das pessoas, não funcionou. Resolvi parar de me esconder ou até fingir sorrisos. Não sou igual essas pessoas que fingem sempre. Eu vou até onde eu consigo. E é assim que é... e é assim que eu consigo viver.



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O mal do mundo

Hoje procurei respostas para as coisas na minha vida não darem certo. Encontrei nomes e atitudes contra quem eu sou. Dizem que não devemos culpar ninguém das consequências que nossa vida toma, mas eu sou daquelas que acredita que pessoas podem fazer mal as outras apenas com um olhar. Não coloco culpa dos meus fracassos em ninguém, mas sei que algumas vezes eu senti aquela pontinha de inveja que atrapalhou meus planos. Aquela vontade do que foi meu ser do outro, ou até do que poderia ser meu e não foi. Todos já sentimos alguma vez nas nossas costas esse olhar que causa efeito. Inveja é o mal do mundo, e ultimamente sinto isso comigo. Sinto que as coisas estão como estão porque o mundo é dos espertos e eu insisto em me fazer de pata. Logo eu que sei todas as regras do jogo, sei como são as pessoas, mas não sei jogar da mesma forma. Na verdade não sei nem se eu quero entrar nesse jogo. Acho que essa é a resposta certa. Me cansa ter que me igualar a alguém que só me quer mal, mas não fico cansada pois não entro nessa história.

Existem nesse mundo pessoas que acham que o externo trará sempre tudo o que desejar, mas não entendem o valor de ser reconhecido pelo o que é e tem por dentro. Nunca trocaria a sensação dos elogios sobre quem eu sou por o que eu tenho a oferecer. Assim, que digam, pensem o que quiserem afinal a verdade está dentro de mim e mais do que isso, a máscara sempre cai como quando acaba um espetáculo. Eu sempre achei o mundo injusto e ainda acho, mas é preciso passar por certos obstáculos para nos transformarmos e alcançar a virtude que é ser você mesmo. Hoje meu caminho se cruzou com de pessoas nada saudáveis. O sentimento de superioridade do outro é tão grande que me deixou mal. A maior dor é estar perto de alguém que você descobre que quer te ver inferior a tudo. Fico quieta e guardo todas as mágoas que sinto nesse momento. Aguento o que não sou de aguentar. Mas sei que no final terá um resultado esperado, afinal mesmo sabendo como o mundo é injusto eu sei que um dia tudo se resolve. Já vi várias vezes isso acontecer na minha vida. Quantas e quantas vezes vi pessoas se voltarem contra quem eu sou, e após anos reconhecerem o que aconteceu.

Eu ajo no silêncio, me sufoco com tantas angústias. Mas não solto elas ao vento. Afinal esses sentimentos negativos me atingem de alguma forma, me estressam e fazem mal a minha saúde mental, porém eu tenho fé, e é preciso ter força, sou fraca muitas vezes mas não canso de acreditar. Me chamem do que quiserem, de santa, boba, já me acostumei com adjetivos como esses. Porém já deixo o aviso que não sou, eu sou tolerante e muito paciente, o que é diferente de 'me' fazer de ingênua. Sou uma espécie de bomba, deixando o suspense para os segundos finais. Caso eu exploda é melhor não estar por perto. São pequenos detalhes que fazem a diferença, coisas sem sentido para quem olha de fora e acha absurdo eu me importar com uma invejinha tão boba. Mas no momento para mim é o que me faz mal, me fez chorar e me irrita várias vezes ao dia. Vou jogar essa macumba pra longe de mim, mas eu ainda preciso ter forças e não vou me deixar abalar assim.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Nos sonhos dela



Lá estava ela sentada na sala de aula com a cabeça longe pensando sobre tudo e todos, como era rotineiro nos últimos meses. Na sua vida só haviam sobras. Sobras de lembranças, sobras de sentimentos, sobrava até amor. Não queria mais viver assim, ela queria algo que mudasse o curso. Ela estava chorando pois não aguentava ver alguém com quem passou o tempo necessário para confiar e amar escapar por seus dedos. Mandavam ela parar de escrever sobre ele, suplicavam que ela parasse de até pensar nele. Mas era inevitável, todo momento era ele. Começou a questionar suas loucuras. É anormal amar assim depois de tanto tempo, tantas decepções. Ela não podia e não estava fazendo nada. A saudade angustiava ela de tal forma que a pergunta ainda cutucava sua cabeça: Até quando? Até quando ela teria que ver ele se entregando a outros amores, até quando ela ia precisar deitar e ir dormir depois de uma hora pois pensava em mil possibilidades que nunca existiram. Ela vivia no piloto automático, vivia porque era preciso. Sorri porque precisa mostrar que está feliz, e ela está! Mas sabe aquele detalhe? Pois é, ele não estava mais lá. O detalhe da vida dela não era mais dela e passou a ser da multidão. Tantas perguntas sem respostas. Ela se perde em pensamentos, sente uma falta incalculável. Pensa se para ele é igual, mas logo a resposta vem e isso a desanima. Sabe que não. Ele mal nota sua presença ou até seus sinais vitais. Aprender a viver sem o algo essencial para seu coração não é do fetio dela. Dentre tantos pensamentos um se destaca. O da primeira vez. Primeira vez que se apaixonou. Primeira vez que olhou com paixão para alguém. Primeira vez que teve coragem depois de 18 anos de se entregar de corpo e alma. E agora? Agora já foi. Do lado dele ela pensava que foi uma boneca. Ele se cansou da brincadeira com ela, foi procurar algo a mais. Do lado dela ela sabia que tudo o que fez foi por amor, e por amor ela se machucou. Por amor ela se entregou como só se entrega a quem se ama e ele fez disso a piada da sua vida. Mas ela ainda está viva. Ela está passando por dificuldades em todos os setores da sua vida, sua cabeça não para. Está com medo de um dia dar o curto-circuito que costuma existir em quem sobrecarrega suas emoções. Ela já não sabe o que fazer com tanto sentimento, não sabe o que dizer. Ela quer a história dela, mas a história dela pertence a ele. Sem ele não há história, e ela cansou disso tudo. Dormir ficou mais fácil, até porque ele está como ela planejou. Sendo amada, como sempre pediu para ele. Em seus sonhos ela é feliz e dormir ficou mais alegre ultimamente na sua vida.


As cores


O vento bate a porta e não me engana mais, 
A decoração branca não me satisfaz
Eu queria estar no seu lugar, mas não estou

Acham que enlouqueci, perguntam de você pra mim
E eu tento dizer que esta tudo bem

Estou igual, vivendo o irreal, perguntei do final, pras flores
As flores, são parte do total
Já se tornou banal me sentir mal

As cores lá fora, me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar (E eu já superei)

Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Da sua partida (da sua partida)

E se foi, se jogou num mar aberto de ilusões
E as ondas te acertaram como eu planejei, eu exagerei

Um sentimento tão forte
Eu sei que tive sorte (aquilo não era o que eu sou)
Agora sei muito bem quem sou e o que me tornou

Tudo que eu penso parece que é você
Eu tento outros meios, mas não vou esquecer
Tudo o que eu falei eu te fazia chorar, não te ouvia falar
Só te peço perdão, Hoje canto pra que ouça
Dos céus que eu não duvidei do amor.