sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Universo Masculino



Incrível como homens conseguem tanto em tão pouco tempo e mesmo assim se "dizem" apaixonados. Será que as mulheres estão fáceis demais para o sexo masculino e isso ajuda na formação dos galinhas de plantão? Se for essa a resposta eu já não sei, mas quando virei uma recém-solteira descobri que homens não perdem tempo, seja lá qual for o seu sentimento. Pouco importa com quem foi a última pessoa que ele passou o ano junto. Tudo vira um grande passado chamado: FODA-SE. Não importa. Homens são homens, e para aprender a viver e saber jogar é preciso ter amigos homens. Eles traem, não sentem falta, seguram suas emoções  (ou a falta delas) até o último minuto. Nem mesmo uma caixa de cerveja faz um homem dizer o que realmente quer, eles são falsos até bebados!

Seja lá o que for minhas últimas esperanças não existem mais. Feios, bonitos, simpáticos, chatos, arrogantes e tímido. T-O-D-O-S são homens, e nós mulheres temos que aceitar esse fato. O que não quer dizer que devemos aceitar traições, mentiras ou qualquer coisa do gênero. Só que aceitar quem eles são (sem exceções) é perceber jogos que são do tipo masculino, nem tudo o que parece é. Não é necessário ser uma neurótica, só é preciso conviver e perceber. Confiar demora, não ame tão rapidamente e não acredite no mesmo tipo de amor.

Isso é radical demais para você? Jamais querida garota... Pense que todo homem ama sim, mas é do seu jeito que nada tem de justo ou igual ao modo como eu, por exemplo, amo. Se a maioria odeia provas de faculdade, imagine provas do coração. Essas coisas não existem! Quer ser feliz, arrume alguém que seja do jeito que você entenda. Se procura desafios, arrume alguém que te dê todas as dúvidas do mundo. Elas existem, e só você conversando com milhares de garotos vai conseguir entender o 1% daquilo que eles chamam de amor. O resto é sempre o comodismo de sempre. A cabeça deles está em um lugar que qualquer "toque" é sinal de alerta. Então acredite quando digo que o universo masculino é bem mais complexo que o feminino,  e eles sabem disso, porém o medo é assumir que são tão complicados quanto os dias da nossa temida TPM dói mais do que bala de canhão, e querida garota a verdade dói, isso nós sabemos como é.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O baile de máscaras

Existe um baile de máscaras dentro de mim. E não há maneira que possa explicar os acasos da minha vida. Ser uma só pessoa está totalmente fora do meu controle hoje. Sou o que me deixo ser após situações embaraçosas e esperadas. Um dia sou rainha, no outro sou sucata. A brincadeira de me fantasiar todos os dias da semana, passando de durona para boba apaixonada não cansa. É inexplicável conseguir entender o que é toda essa bagunça de máscaras. Sou eu, inteira, apaixonada, boba e com o coração mais mole do Brasil. Porém sou a mesma reconstruída, de caco a cristal em minutos e vice e versa. Sou o que há de melhor e pior em mim, e pensando por esse lado não sou tão ruim assim, afinal se me considero feliz hoje é porque coisas boas vieram e eu deixei que viessem e até que acontecessem. Fácil, prático e sem segredos.

Meu baile não permite ensaios, entra na dança quem estiver disposto a ter o que me oferecer. Seja uma bela dança ou até um pedido engraçado. Tudo é válido no salão, vista o seu dia, a sua máscara define quem você é. Fico nessa brincadeira de me procurar entre tantas fantasias e sem me perder no que eu sou, consigo entender o conceito de liberdade. Aquela que encontro dentro de mim e permite que outros vejam além de conversas, histórias e passatempos. Nada nessa dança é de caso pensado, e dança quem sabe sentir os momentos da vida.

Permito tristezas, mágoas e depois recompenso todos com gargalhadas, beijos, abraços e tudo o que tenho direito. Ser uma apaixonada pela vida, e principalmente por determinados homens em especial, não deixa meu coração se quebrar. Eu prefiro deixá-lo por vezes fora da pista de dança, fica apenas eu e minha cabeça no ritmo da música, sem envolver o pior e melhor dos meus órgãos. Sem doações, sem sentimentos que possam vir a machucá-lo danço no compasso da música acompanhada ou não. No entanto quando ele entra na pista consegue arrasar como ninguém, conquista a todos.

O melhor dançarino que conheci está dentro do meu peito, e permitir ele entrar ou não na dança faz com que minha racionalidade possua o que ele precisa, mesmo quando ele surta gritando por energia. Achei por um momento que na troca de máscaras tudo era calculado, mas nunca foi. É tudo observado, sonhado e desejado... o momento de acontecer simplesmente acontece. Basta dançar com o bendito do coração e tudo dá certo. É o meu carnaval, é a minha folia, espero que entendam toda essa festa.

Controlando os batimentos vejo que minha dança anda no ritmo perfeito, e com todos os órgãos no lugar. Controlo batimentos, movimentos sem ao menos perceber, e vou formando passos que encaminham meus sonhos. Não me encontrei atrás de máscaras, só quero dizer que a brincadeira que elas me proporcionam me deixa ser quem sou eu: viva e intensa, mas vestindo cada noite um modelo diferente para conseguir resultados diferentes. Nesse baile a única obrigação é sempre retirar a máscara ao sair, para que o seu eu entre e saia de cara limpa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Melancolia

Melancolia poderia ser meu codinome. Fico sem ocupar minhas tardes e acabo pensando em todos os acontecimentos da minha vida. E não coisas que acontecem agora, penso em tudo. Nas pessoas, no que eu estou fazendo comigo, nas situações. Tenho tanta saudade do que vivi. Pensando sobre isso percebi como pessoas se tornam importantes e acabam deixando de existir em minutos. Odeio isso. Quero existir para sempre, na memória de cada um que passou pela minha estrada, dói saber que não é assim e que as coisas funcionam para que o mundo gire. Como um castigo sempre sacrificamos lembranças. Tudo vai e isso parte meu coração. Não deveria ser para sempre (ou deveria), mas podia ao menos termos a certeza da falta que fazemos pro outro. Tanta gente faz falta na minha vida. Não quero viver aqueles dias, não quero eles novamente, só pedi uma forma para que minhas lembranças me tragam a certeza do que valeu a pena, mas isso nunca acontece.

Eu preciso parar de me importar. Ninguém se importa. Fiquei muito tempo quieta hoje analisando alguma coisa que eu não sei o que é. O meu peito apertou, senti um cansaço, não tinha vontade de falar. Foi aí que percebi que algo estava acontecendo. Meu futuro e meu passado estavam mesclando um sentimento que não entendi, me deu náuseas quando caiu a ficha de que "nada do que foi será". Ser dói, e quando você permite essas doações que fazemos querendo ou não o impacto é dolorido. Serei capaz de odiar, amar e sentir saudade em menos de um segundo. Talvez seja essa intensidade que faz com que meu coração infarte só de pensar.

Existe alguém mais sentimental que eu? Seria normal ser assim? Eu amo e odeio as mesmas pessoas. Critico e faço no outro dia a mesma ação julgada por mim. Não sou contraditória, ou melhor, eu estou vendo que eu sou, e não sei se quero me tornar. Tudo o que é importante por horas, dias, meses e anos se foi. E atrás deles estão chegando novas importâncias. Me questiono se a vida é assim mesmo ou é comigo o problema. Quero ter uma coisa que seja realmente importante mesmo que ela se vá amanhã. Não quero o mundo inteiro como prioridade na minha vida. Coloco qualquer sorriso, palavra, carinho, até algumas patadas em primeiro lugar e seria isso o correto da vida? Sinto que não é, pois o que passa dentro do meu peito é angustiante, assim se fosse realmente correto não deveria eu estar sentindo uma paz interior? Perguntas, perguntas, perguntas... Onde eu encontro essas respostas? Vivendo talvez.

domingo, 17 de outubro de 2010

Amigo-Secreto



Sofrer é parte do processo. Nunca estamos sozinhos na busca pelo o que é prioridade na nossa vida, e se o sofrimento é o caminho, que assim seja e aceita-o sem medo da dor. Isso vai passar, sempre passa. Hoje são lágrimas e dor, amanhã você pode encontrar forças onde não imaginou. Quando me perguntam o que fazer com tanta dor no coração eu só digo que não tem o que fazer. O tempo e a distância são os melhores amigos nessa fase que deixa todos na sarjeta. Dos ricos aos pobres, dos bonitos aos feios, ninguém escolhe sofrer, isso acontece e quando você não tem mais forças para ir contra esse sentimento tudo se torna mais fácil. Lutas cansam e o sofrimento sabe como bater forte. Não vá contra ele, torna-se amigo quando percebemos que ele é sinônimo de aprendizado. Quer prova melhor do que meu sorriso? Tive que sorrir pra esconder lágrimas, tive que guardar toda a minha dor quando na verdade queria só acabar com ela de uma vez. Eu tive que fazer muita coisa que o sofrimento me consumia por dentro para hoje aprender que eu sobrevivi pois usei ele como ferramenta na busca por novas experiências. Quem antes me fazia sofrer, hoje está sozinho. Eu que pensava ser sozinha me tornei a mais completa por pessoas e principalmente por força. Infelizmente é assim que funciona, nunca seremos sozinhos. O outro sempre nos fará sofrer, comer o tal pão que o diabo amassou não é preciso, você veio ao mundo para ser feliz e completo , e se para alcançar isso é preciso chorar e sentir a dor mais terrível do mundo, assim eu aceito-a como quem aceita um presente para ter algo novo no armário. Ter uma vida nova lembrando do amigo-secreto que é o tal do sofrimento.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amor não combina com madrugada

Era de madrugada quando seu celular tocou, ela olhou com os olhos ainda cerrados e não podia acreditar que era ele. Uma hora dessas era quase impossível depois da separação ele ainda ter a capacidade de telefonar. Mesmo assim a vontade de atender falou mais alto dentro do seu peito. Ela falou o típico "alô" com uma voz cansada, do outro lado da linha os barulhos eram quase insuportáveis. Tudo o que queria era não ter atendido o telefone naquela noite. Sem pensar muito foi escutando o que ele do outro lado da linha dizia. Eram absurdos misturados com declarações. Ela só queria entender porque é tão dolorido não poder estar com quem se quer. Conseguiu entender que ele estava em uma festa, fez amizades com garotos que antes ele odiava pois tinham ligação com ela. Ele tentava provar algo para ela com esse telefonema, mas ela só entendeu que sua decisão foi certa. 

Pediu pra que ele a deixasse dormir e de preferência saísse da sua vida. Ela implorou por paz, queria descanso das brigas, das mentiras e principalmente das provocações. Ele pediu uma reconciliação, ela apenas ignorou e fingiu não ouvir essas lamentações. Como ele poderia pedir algo assim estando em uma festa dias após o término. Sua prova de amor é a mais estranha que ela já conheceu. Ele só pode amar maltratando e ela ama amando, simples e correto. A madrugada começou a ficar pesada, as olheiras e os quilos perdidos estavam sendo justificados naquele telefonema, era uma depressão ter que ouvir lamentos de alguém que não se lamenta por nada. Tudo mentira.


Desligou o celular e levantou com os olhos cheios de água. Ela no meio da escuridão do quarto pensava em mil coisas de uma vez só, e todos os pensamentos giravam em torno dele. Era ele o seu inferno. Era ele que não sabia o que fazer da vida e decidiu deixá-la como ele é, insegura o suficiente para não acreditar nos seus sonhos. Assim, ela foi indo para a cozinha e tomou um copo de água que esfriou sua cabeça. Porém o sono já tinha sido roubado. Ela queria entender porque era possível sentir todos os sentimentos do mundo de uma vez só e ainda estar viva para contar no dia seguinte a situação que aconteceu. Pensou em tudo o que poderia lhe dar força e fechando os olhos foi acalmando-se e tirando aquele peso das costas. O jeito era recomeçar e para isso seu inferno deveria ficar a milhas de distância. 

Foi assim que ela decidiu fazer as malas e sem levar as mentiras para viver, foi para longe e encontrou outras oportunidades. Eram sempre pequenas aberturas que ela espiava e pensava se ali dentro estava a felicidade, sempre certificando-se que ele não estaria por perto em nenhuma das suas novas conquistas. A busca pelo amor da sua vida agora não é tão importante, pois amores fazem ligações na madrugada e ela não queria mais atender aos chamados do que ele dizia ser amor. Agora o amor da sua vida é ela. Egoísta e ainda insegura, soube que tudo ia dar certo a partir do momento em que colocou as roupas na mala e mudou o celular. Agora era tudo novo, de novo.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Acabou o medo, comecei a viver


Não sou de cometer loucuras, tenho medo do "depois" mais do que qualquer pessoa nesse mundo. Mas elas acontecem, e muitas vezes essas loucuras são perdoáveis, outras vezes não. Desejo ser alguém que não sou, e por mais que me esforce minha consciência não deixa eu ser nada além do que sou, pois sou assim uma metamorfose ambulante (como já dizia Raul). Assim sendo, eu decidi ser quem eu sou procurando o caminho que me faz feliz. Os olhares, os questionamentos e os medos, todos foram deixados de lado para uma coisa nova que quero ter na minha vida. Tenho sede de viver, mas tinha medo de arriscar e por isso segurar minhas vontades não ajudou muito nas decisões que tomei até hoje. Se controlar é o segredo. Se jogar é a felicidade.


Houve dias em que me matei com vontade de viver e só não fazia porque não queria o 'depois' me matando por dentro como se uma faca entrasse no meu peito de tanta dor. Afinal eu tenho uma consciência e ela está lá para me alertar de todas as coisas que julgo como erradas. Porém o livro da minha vida antes preto e branco com algumas páginas amareladas, agora é colorido e cheio de histórias, com algumas fechadas a sete chaves apenas para leitores selecionados, e essa história de viver me provou que dá para o errado virar certo, basta ampliar seus horizontes. Aprendi que viver é isso, e não é preciso ser a maluca que todos julgam ser feliz porque não possui limites. Simplesmente é fazer o que se tem vontade, e além disso mostrar quem você é.

Os dias mais felizes desse ano foram quando eu me entreguei as minhas vontades. A sensação que eu busco e escrevo todos os dias chegava nesses momentos e ia embora sempre quando eu colocava o muro de Berlim dentro de mim. Sei quem eu sou, e quem eu quero me tornar. Com defeitos e qualidades é possível tudo. Sinto que sou a prova disso. É difícil olhar palavras como essas depois de todas as lamentações escritas e acreditar na verdade, mas ela existe. Vou errar e colocar o pé no freio muitas vezes, mas vou controlando a velocidade pelo caminho que escolhi trilhar. E ser assim não machuca nada, só me fortalece.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Orgulho e suas defesas

Se orgulho é a palavra chave que acaba com relacionamentos e fazem os apaixonados sofrerem, eu tenho outro propósito para ele além deste. O orgulho deixa o que poderia 'acontecer' não acontecer, simples assim. As pessoas que mais me importaram do sexo masculino disseram o mesmo adjetivo para quem eu sou. Orgulhosa o suficiente para querer que o outro seja entregue, que venha e me mostre o que quero também. Refletir sobre esse sentimento me faz sofrer e passar as vontades do mundo, porém o medo de me entregar causa toda essa barreira que chamo de orgulho. Não sei não ser orgulhosa, e só me interesso por pessoas orgulhosas como eu. Não conseguem assumir sentimentos, emoções e tudo o que nos consome por dentro pelo simples fato do que poderia acontecer depois. Eu sou assim, e compreendo os que são. Me encontro neles de alguma forma. Aprender com meus defeitos é algo que faço diariamente mas este detalhe não sai de mim, e talvez eu não queira que saia. Todas as entrelinhas seriam lidas do modo como eu gostaria e meu orgulho não deixa eu me entregar para o que eu ainda não tenho certeza. Eu ainda espero do mundo, mesmo que seja a mania errada. Essa mania de querer que o outro dê o primeiro passo não irá embora tão cedo, eu tenho medo de primeiros passos. O medo do que pode acontecer, prefiro deixar as coisas como estão e ver até onde consigo levar, mesmo que para isso coloque no alvo o que estou com vontade. Não dá para ser eu sem ser o orgulho. Admiro as pessoas que conseguem agir e não se arrependerem, são dignas de viver e conseguem superar medos. Eu ainda sou o meu orgulho intacto e sem pudor. O orgulho acabou com tudo o que um dia eu quis pela vida inteira, mas ao mesmo tempo me ensinou o que é o amor próprio, por isso eu tenho tanto medo de abandoná-lo. Simples assim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ela vai entender

Um dia vou aprender porque ser forte causa tanto espanto. Ela estava lá, em outro mundo, com outros sorrisos e mesmo assim quando sua cartela de remédios está acabando ela entra na fase que está tão acostumada. Ela tem medo de ser aquela pessoa dos últimos dias da cartela ao invés daquela que é tão forte quando está começando-a. Ela olha para todos os lados, ainda não conseguiu distinguir o bem do mal. Ela se considera forte, mas em momentos como esse não entende porque sua força se esconde e não encontra-a de forma alguma. 



Um dia ela vai entender porque ser normal dói tanto, e procurar não ser não te faz melhor. Ela quer ser melhor, mas onde suas qualidades estão ninguém quer saber de procurar, e é isso que ela tem de melhor, o interior. Realmente ela vê que o mundo é uma concorrência, se hoje você abre mão do que ama, isso pouco importa para qualquer pessoa além de você. Ela aprendeu que o mundo não sofre junto, o mundo só gira como um robô sem condições de sentir ou fazer alguém ser melhor, apenas existe para que ela possa se encontrar na loucura que ela não compreende.

Ela pediu mil e um desejos para Deus e seus companheiros que fingem não saber o que ela realmente quer. Se ela vai encontrar o que merece no final de tudo ela tem suas dúvidas, deixou de acreditar no mundo e seus mistérios. Ser forte é a única coisa que está sabendo fazer bem, e isso hoje basta.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A vida inteira esperei uma resposta



Eu pensei em um motivo apenas, alguma coisa que respondesse a questão fundamental na minha vida e viesse com manual do porque as coisas são como são. Eu vejo o mundo com os olhos de alguém que procura sempre. Procura nas esquinas, no toque do celular, nas inúmeras páginas que a internet pode me oferecer e nunca acho, a minha procura vai além do que o Google pode me oferecer. Se existir um ser nesse mundo que explique porque após eu dar importância a algo ou alguém tudo vai por água a baixo, por favor, se manifeste. Não estou dizendo que tudo na minha vida foi assim, mas é trágico.


Sinto que hoje é o dia nacional da depressão. Aquele dia em que você tem dó de você porque os seus desejos chegam tão perto para chamar sua atenção, e como uma estrela cadente no céu, se vão no mesmo instante. Odeio estrelas cadentes e seus pedidos. Odeio filmes e seus clichês (mentira). Sempre que os vejo me pergunto quando será a minha vez. A vez do que tem que dar certo dar e ponto final. Não pensem que estou revoltada, ao contrário, eu estou muito feliz com o rumo que minha vida tem tomado. Hoje eu vi que todas as decisões que tomei no começo do ano estão sendo respondidas agora de alguma forma bem contente. 

Porém fica a única questão que acredito que todas queremos saber: Quando será a nossa vez? Sou a protagonista fora de cena e precisa atuar. Parar de sonhar e viver esse sonho é um desejo que está ao meu alcance, mas parece que preciso de outros sacrifícios para alcançá-lo. Me sinto inútil sentada na frente do computador, sabendo que existe um mundo lá fora querendo me descobrir, enquanto eu espero que ele me descubra. Essa mania de querer que corram atrás de mim é o pior defeito que tenho, e só abaixo a cabeça para ele quando estou cegamente apaixonada. Minhas dúvidas são traiçoeiras e ao mesmo tempo possuem objetividade. Apenas sou confusa, como qualquer uma no meu lugar ficaria. 

Os dias mudam, as pessoas então é quase como trocar de roupa nos dias atuais. Penso que não sou eu em dias assim. Pois em dias assim, costumo escrever coisas como essas. Achando que nada dará certo quando na verdade a pessoa que eu sou sempre acorda sabendo que as coisas vão acontecer, e espera por elas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Garotas, futebol e quem eu sou



Ok, vou falar sobre algo que eu não tenho prática e também sobre ser você mesma. Pra começar, não sou o tipo de garota que vai saber torcer ou falar sobre futebol. Muitas garotas acham o máximo isso porque conseguem de alguma forma entrar no mundo masculino, e cara amiga se eu dependesse disso para me dar bem, pronto ferrou. Na verdade eu sou péssima com todos os joguinhos que meninas e meninos fazem. Sabe aquela olhada que dá a entender o que você quer? Eu não sei... Quando tentei isso na minha vida meu olhar foi mais confuso do que deveria ser.

Sou uma garota que não sabe paquerar, pronto... assumi. Não sei ir para cima, jogar, olhar, seduzir. Quem já prestou atenção sabe, é muito difícil para eu mostrar os meus interesses. Quer saber quando estou interessada? É só ver meu sorriso quando falo com a pessoa e se eu agir do modo contrário do que a maioria das garotas agiriam é o sinal verde. Isso tudo é quase um bicho de sete cabeças que comeu minhas atitudes. Não tenho resposta certa, posso tropeçar e quando eu tenho amizade trato a pessoa com leves cutucadas. Acredita que eu paquero dessa forma?!

Entrar no mundo masculino não é comigo, mas eu tento. Como disse no começo do texto falar de futebol é coisa de outro mundo, eu só sei falar sobre quem é bonito ou não dentro do campo, e nem por isso quero ser taxada de fútil ou qualquer outro adjetivo negativo. Não sou, só não me interesso por futebol. A pergunta que todos fazem é se eu sei o que é o bendito do "impedimento", demorei anos para descobrir, agora que entendi demoro anos para descobrir quem é o zagueiro e quem é o atacante. Muito complexo querer entrar no mundo masculino por esse lado, não posso mostrar independência ou uma suposta garota "legal" se o assunto é totalmente cego aos meus olhos.

É preciso ser dona do seu nariz, saber sobre os assuntos do mundo e ao mesmo tempo ser sexy! Concordo que ser isso é ser perfeita, mas qual o problema da imperfeição?! Ela que nos faz mudar e aprender sempre. Com o tempo eu aprendi apenas um caminho para chegar até meus objetivos amorosos, mas ele não serve em festas pois necessita de tempo. Eu quero conquistar rindo, falando bobeiras, sendo quem eu sou. Para isso eu preciso de doses diárias com o "tal" para conseguir fazer ele me enxergar como eu quero. É engraçado, mas é sério. Hoje eu vejo como eu sou uma tímida-tola em momentos repentinos, e como eu sou a garota certa quando tenho tempo para esbanjar minhas gargalhadas. 

Todas as mulheres precisam ser independentes, lindas, e sempre amar-se em primeiro lugar. Eu quero ser assim, mas não quero forçar ser alguém que não precisa do amor que um homem pode oferecer, afinal é isso é meu combustível. Sou dona de mim, e quero alguém para estar do meu lado, eu entendendo sobre futebol ou não... Que seja!