segunda-feira, 24 de março de 2014

Expectativas erradas sobre mim

Todo mundo espera que eu seja o anjo da história. Esperam bondade quando vou falar algo. Todo mundo me procura quando algo dói no lado esquerdo do peito. Querem que eu seja a primeira a confortar. Todo mundo confia seus segredos a mim. Todo mundo pratica seu desapego comigo. Todo mundo se apega ao meu jeito. Todo mundo destaca algo importante que sempre me leva as alturas. Todo mundo desiste de mim no segundo ato. Todo mundo esquece os detalhes. Todo mundo me acha incrível, mas sempre para o próximo da fila. Sou a garota ideal, mas isso não significa que eu seja feita para eles. Todo mundo me compara, julga e diz que minha inocência um dia vai me machucar mais do que posso prever. Todo mundo se acha mais esperto do que eu e vivem dando conselhos sobre como devo agir. Isso não é somente sobre amor ou amizade ou sobre como inventei alguém para ser. Isso sou eu. Nua, crua e incrivelmente nada para ninguém. Na família sou aquela que faz drama. Com os amigos sou a que aceita e perdoa demais. Com os amores sou a “ferro e fogo” que nem sabia que existia dentro de mim. Com o trabalho sou a concentrada e muitas vezes estressada. Mas comigo sou apenas eu sem saber o que realmente sou. Todo mundo espera gentileza, paciência e uma pitada de conformismo, pois é assim que os acostumei. Todo mundo descreve como sou e fico me perguntando se realmente essa pessoa existe. Todos querem que eu grite, me rebele e enfrente a situação. Todo mundo me acha morna demais para o mundo e quente demais para mim. Todo mundo quer respostas com os meus conselhos. Todo mundo se sente confortável com a minha presença. Todo mundo fica sem palavras ao perceber minha tristeza, ela não é de aparecer em público. Todo mundo sustenta uma parcela do seu mundo em mim. Todo mundo esquece que sou humana. Todo mundo se magoa quando esqueço quem sou para eles. Todos dizem tudo o que foi descrito sobre mim até agora, mas eu ainda reluto em aceitar. Tenho um jeito diferente de levar o mundo, um jeito calmo e indeciso. Enquanto alguns fazem suas poses de felizes, apaixonados, loucos, rebeldes, magoados ou realizados, eu busco engolir todos os adeus, todas as mágoas, todas as palavras ditas ou não. Eu sou uma máquina de transformar o que pode me machucar em pequenas alegrias. Eles não entendem que o que sou é pacífica e não ser assim me machuca. Deixo livre quem eu gostaria de ter ao meu lado, e não é por ser fraca, mas porque acredito na vontade de cada um. Seja para ficar ou irem embora. Não sei lutar por quem não luta por mim. Não sei com quem falar quando o coração aperta. Sou feliz demais para os outros e qualquer despedida é passageira aos olhos deles. Sabem que vou aceitar no silêncio e na melhor demonstração de diversão que posso fazer. Todo mundo sabe o quanto sou forte, o quanto aguento, o quanto deixo de insistir em pessoas que não insistem em mim. Todo mundo sabe pouco sobre mim, mas eu só queria que não desistissem quando olhassem nos meus olhos. Todo mundo está entre a linha do que é certo ou errado, todo mundo esquece de arriscar quando o assunto sou eu. Sou a diversão de todo mundo e eu só sei que está proibido ficar por aqui, sem algum motivo aparente. Seria eu o amor de quem não acordou?

- Jana Escremin

A volta da dor de amor

Há quanto tempo não chorava? Há quanto tempo o meu coração não havia se partido em pedaços? Tinha me esquecido da dor e do sentimento inútil de seguir em frente quando o coração só quer chorar. Hoje eu só queria alguém que respondesse os porquês dos meus abandonos. Por muito tempo eu olhei e não vi nada, esperei e não deixei que nada borbulhasse. Mas pior do que essa espera foi o azar me dando as boas vindas. Essa dor vai passar, eu sei. Mas até ela passar eu vou reviver o amargo de saber o quanto sou reciclável. É mais um dia sem que eu entenda o que existe por trás das minhas histórias. Me sinto em pedaços e não sei dizer o motivo. A ilusão tomou conta de mim e desmanchou o último fio de amor que sustentei tão secretamente. O último fio que agora não sei como resgatar. Sou o caso perdido e a carência mal resolvida. Sou apenas uma roupa velha com cara de vinte anos e ninguém sabe o que fazer comigo, exceto me deixar como se isso fosse seguro para o todo o mundo.

- Jana Escremin

Segue, que a vida segue

Quer saber? Eu vou acalmar o coração, encontrar outra paixão. Vou parar de questionar o vazio. Não existem respostas, não existe o “depois” depois que já fecharam as portas. Eu vou para o mundo, mais uma vez. Sempre fui boa em barrar pensamentos. Vou acalmar toda a mágoa que ficou doendo nos últimos dias. Vou me iludir com outras pessoas, esquecer quem eu sou e voltar à estaca zero na corrida dos desiludidos. Saberei qual caminho seguir, e mesmo com a confiança abalada farei o caminho mais bonito que conseguir. Colecionarei personagens que depois podem até se tornarem grandes amigos. Vou contar os meus dramas com muito humor, para poder rir deles em uma roda de amigos. As vezes ser irônica é essencial para continuar o caminho. Desta vez não vou (e não posso) deixar que tantas dúvidas afugentem o meu coração. Vou colocar a boca no trombone, mas só para o que estiver vindo. O que foi embora, já foi. Não existem mais palavras, gestos ou beleza que resgatem o que não foi vivido. Quer saber? Eu vou aprender com quem passa por aqui e sorri. Aprender a ser mais dura, mole, quente, fria, louca, tímida. Serei mais esperta, mais humana e mais alguma coisa que faça sentido para alguém. Não vou levar nenhuma dor, mas vou lembrar dela toda vez que algum sorriso me lembrar do passado. Ultrapassarei os meus limites e seja o que Deus quiser. Eu preciso acalmar o coração, deixar quieto os rumores, esquecer quem não quis ficar. Quanto mais perguntas eu faço no silêncio do meu quarto, maior é a sensação de inútil. Vou aceitar cada dúvida, engolir a seco a falta de resposta e sorrir com o gosto amargo do que não sei o que é. Farei o impossível com o meu coração e esse aperto no peito vai passar antes que eu me desespere.

- Jana Escremin

Minha atenção

Eu sou atenciosa. Tenho como obrigação tratar as pessoas bem e escutá-las. As vezes falo coisas que elas gostariam de ouvir, e sei como dizer o que elas precisam escutar mas relutam em aceitar. Sempre tive jeito com as pessoas. Sei me sentar em uma mesa com desconhecidos e falar sobre o que entendo, e muitas vezes sobre o que não entendo. Aprendi a conviver com pessoas diferentes de mim, e uma vez ou outra descontrolo. Tem quem me chame de grossa, mas também tem quem me ache a mais doce das pessoas. Ninguém entende de verdade quem eu sou. Explico que sou as duas, depende do modo como nos relacionarmos. Sou simpática com quem não conheço, pois já tenho cara de brava e aí preciso me esforçar para mostrar que de braveza só tenho a cara mesmo. Dou carinho e dificilmente falarei um “não”. Se o fizer, será com classe, pois sei como eles doem. Se me dão carinho, eu paro e fico perdida no olhar da pessoa. Acho incrível transmitir um sentimento nos dias de hoje. Talvez essa seja a minha falha. Me apaixono demais por quem me dá atenção. Fujo e busco ao mesmo tempo. Aprendi a ser humana, respeitando o sentimento de cada um. Uma vez recebi atenção e já fiquei na defensiva, pois não sou acostumada a esbarrar com pessoas tão sentimentais quanto eu. Se eu pudesse descrever a minha missão na vida seria algo sobre respeitar e mostrar ao outro o quanto ele é importante para mim. As vezes penso que demonstro demais, mas aí percebo que a pessoa não sabe me ler/entender. Eles transformam meu carinho em dúvida, e aí a confusão está armada. Minha atenção é para o mundo e para o que tem de bom nele. Andei distribuindo muita atenção e em troca assustei meio mundo que não entendeu uma só palavra ou carinho. Fiquei com a vontade toda para mim e estou digerindo aos poucos o desdém com a minha atenção. Você me pergunta se é fácil engolir esse sentimento, e eu respondo com um sorriso que não, mas que vou conseguir. Atenção é caráter e eu nunca conseguiria tirar isso de mim, nem se eu quisesse.

- Jana Escremin

Nota ao sofrimento

Oficialmente: Sofro por amor. Sofro pela falta dele, pelo abandono, pela presença rápida e forte. Sofro por perdê-lo antes mesmo de conquistá-lo. Sofro por amor e pela vontade que ele despertou em mim. Sofro pelo o que não foi dito e pela vontade de falar. Estou a poucos dias da melhor diversão da minha vida, mas chego com o coração nas mãos. Sofro por amor e por não saber demonstrá-lo. Sofro por ser medrosa e por não aceitar ser. Sofro por um amor que não teve a chance de ser. Sofro pela angústia nunca dita. Sofro por querer tanto e por guardar tanto. Sofro por não saber me entregar. Sofro por ser uma das únicas pessoas a não ter oportunidade para amar. Os anos passam e continuo a correr dos mesmos dilemas. Corro para encontrar um amor que encontra vários na hora que quiser. Sofro por me esconder quase todos os dias da minha vida e sofro em dobro quando me mostro. Muitos correm no mesmo minuto, muitos não entendem. Muitos percebem que meu amor não é deles. Um amor sem dono, é isso o que tenho e é por isso que eu sofro.

- Jana Escremin

Acabou nosso romance

Foi quando me dei conta do que aconteceu. Acabou nosso tempo, nossa chance, nossa vez. Parecia uma despedida misturada com saudade. O sentimento não quis brigar, reivindicar ou mais uma vez se sentir ofendido. Aconteceu que passou, e a minha ficha caiu quando o temporal passou. Se existe amor? É claro que existe, mas acabou a química. Toda história acumulada trouxe um cansaço "conformado". Virei ponto final sem perceber. Será que foi eu? Será que foi ele? Será que foi nosso jeito tão diferente de ser? Será que foi aquele para quem estou voltando? Não importa. Algo mudou, algo torceu aqui dentro e não foi o meu jeito paranóico. Não foi teu jeito desleixado. Este é o fim da competição. É o fim de uma história que só eu entrei de cabeça, e agora saio sofrida mas com coragem. Era difícil entregar a cara e o coração, mas eu fiz. Te dei e você recusou. A vida nem sempre é como a gente sonhou. Mas aí vem outros sonhos, outros beijos, outras atenções. É como se eu fechasse o livro e transformasse a vida em algo que tem tudo, menos o seu rosto. Me perguntam se te amo, eu digo que sim. Me perguntam porque a calma na alma quando tudo se repetiu, e eu digo que cansei. Minha batalha acabou aqui, meu amor continua ali. Levo a vida em frente com o mesmo coração mole e a simpatia que não consegue te dizer adeus por completo. Levo o coração para quem tratou com carinho a alma dessa criatura que não sabe controlar as palavras. O meu amor será de quem gostou dos chiliques, dos sorrisos, das vontades, da presença e principalmente de quem respeitou esse sentimento problemático que trago no peito. Esse é o meu adeus para um amor que começou e terminou somente por aqui. Tudo pode mudar, mas hoje a minha vontade é de ser de quem não teve medo dos dizeres e prazeres do amor. Meu amor que é insano, ciumento e meloso, agora tem um dono diferente e o nome desse sentimento é reciprocidade.

- Jana Escremin

O amor me pegou

Longos anos se passaram. Muitas pessoas caminharam e eu estive fugindo da maior busca que o ser humano pode ter. Eu busco amor, busco alegria, busco alguém para querer a presença, o corpo e acima de tudo, a alma. Estar apaixonada não vem com manual de instrução ou com uma capa de invisibilidade como eu costumava pensar. Não existem disfarces, só acontece simples e leva um medo que não sabemos lidar, mas levamos. Eu levo um sorriso bobo e um carinho que até ontem estava preso esperando por amores que nunca vieram. Sou uma contradição amorosa. Falo na lata e tenho um sentimento mais fino que papel. Talvez isso explique todos os medos e as palavras que solto ao mundo. Mesmo quando o tempo fechou, o coração travou e eu virei as costas para toda e qualquer manifestação de carinho sempre senti o peso de carregar no peito um sentimento maior do que eu. Agora olho no espelho e quase consigo ver os batimentos do meu coração através da blusa. É um tic e tac involuntário, os meus batimentos são de amor. Amor correspondido, amor bandido, amor medroso. O tempo passou mas agora acordar com o olhar apaixonado trouxe um peso maior para o coração que carrego. A vontade é gritar para o mundo, extrair esse coração e pendurar como prêmio por ser conquistado por alguém tão diferente de mim. Posso dizer que é amor, posso dizer que estou com um medo engraçado. O sol está brilhando mais forte ou é só aqui que esquentou? A minha busca apertou o restart e já encontrou a felicidade. Gostar não é mais um bicho de sete cabeças.

- Jana Escremin

Ela, ele e suas diferenças

Ela acorda para o dia. Ele acorda para a noite. Ela descreve com detalhes toda e qualquer história. Ele simplifica os momentos. Ela deita de lado. Ele deita para cima. Ela observa cada centímetro dele. Ele faz comentários sobre os centímetros que faltam nela. Ela é romântica. Ele é gentil. Ela não sabe por onde começar. Ele só quer começar. Ela respeita o silêncio. Ele pergunta todo dia uma coisa nova. Ela sonha com os quilômetros que vai rodar. Ele já rodou muitos. Ela está aprendendo. Ele já aprendeu. Ela não faz questão de ser uma única pessoa. Ele é uma pessoa só. Ela escuta o mundo. Ele escuta o que convém. Ela procura saber. Ele procura ensinar. Ela encaixa ali. Ele encaixa em tudo. Ela tem medo. Ele tem esperança. Ela descobre cada dia uma novidade sobre ele. Ele já fez pós graduação em moças como ela. Eles são inseguros, e talvez essa seja a única coisa parecida deles. Coincidentemente é o que os ligam. Ela o vê como tudo o que não viveu. Ela a vê como uma louca prestes a abandonar tudo. Ela já não quer saber de responder perguntas. Ele já quer fazer parte. Ela sorri ao ver ele. Ele abraça o mundo dela. Ela está protegida. Ele está conhecendo os mistérios de ser tão intensa como ela é. Eles possuem esperanças. Dão as mãos no meio da noite e sussurram palavras poucos praticadas nos últimos anos. Adoram a companhia um do outro, e sorriem no silêncio ao olhar no fundo olhos perguntando o que estão pensando. Ambos não sabem para onde ir, mas estão indo. Eles não definem, não contradizem, não esperneiam. Eles só querem a presença e o futuro que está chegando rápido e previsível. Eles são complicados, mas se encaixam com tantas observações.

- Jana Escremin

Sei lá

Quando me perguntam de você, eu respondo "sei lá". Não por estar perdida ou distante demais, mas por não saber mesmo e deixar para lá. Minha cabeça já deu muitas voltas ao seu encontro e com todas as falhas, aprendi a te dizer "sei lá". Sei lá se o que sinto é amor. Sei lá se você é o cara da minha vida. Sei lá se eu não sei descrever em que momento você parou o meu coração e em qual momento você o cortou fundo. Você será minha incógnita para o resto da vida. Nunca saberei o que falar de você, o que você é ou quem poderia ter se tornado para mim. Você foi você, eu fui eu. Éramos uma escolha, mas isso nunca foi certeza que ficaríamos juntos. Todos os dias você foi embora, todos os dias eu corri, me mostrei e nada de você bater na minha porta. Por isso quando me perguntam de você eu respondo um "sei lá" tão fraco e sem certeza, porque é isso que me restou. Você ainda é o melhor dos caras, a melhor das escolhas. Mas também é a pior incerteza que apareceu na minha vida. Fomos duas almas sem certeza de nada e com medo de arriscar. Sem me ganhar você já me perdeu e hoje todos aqueles conselhos que ouvi sobre você não me tratar bem, sobre não me amar, sobre me deixar de molho ou sobre como os seus olhares nunca eram somente para mim se tornaram verdadeiros. São nesses momentos que respondo o "sei lá" mais machucado da história da humanidade. Você virou uma pergunta de bar e uma resposta sem rumo. Não consigo tirar você da minha vida, mas também não sei mais inserir você nela. Esperamos que o "sei lá" vire um sim ou um não, mas ele não se transforma em nada, assim como nossa história. Eu queria poder dizer que você é um atual, ex ou um futuro alguma coisa na minha vida, mas nunca saberei. Somos esse "sei lá" desajeitado que não encontrou lugar no mundo. Porém, preste atenção! Eu não falo com tristeza ou alegria do que a gente poderia ser ou do que quase fomos, falo com um sentimento incerto, assim como nós somos um para o outro. Por fim, você virou a incerteza mais bondosa que esquentou os meus pulmões, mesmo que não houvesse reciprocidade da sua parte.

- Jana Escremin

Dúvidas sobre o amor

Começo mais um cansativo jogo de palavras e nele milhões de perguntas que tenho medo de fazer. Tem dias que eu acho que o caminho é esse e que dessa vez não estou fazendo nada de errado. Aos poucos vou abandonando minha mania de estragar tudo antes mesmo de começar. Me perco nas entrelinhas, porque aprendi que elas estão sempre lá. Um olhar, um toque, uma fala, uma pergunta, uma observação. Alguma coisa tem ali, eu sei. Passo os dias oscilando entre estar certa ou errada sobre o sentimento do outro. Nunca tive certeza de nada e vivo querendo perguntar. Mas o que fazer com o medo das respostas? Quem saberá lidar com um desdém ou com a falta de palavras? Eu nunca soube. Vejo o mundo olhando as minhas maluquices de longe e se perguntando: "Por que você tem que complicar?". Eu complico para não ouvir o silêncio ou o abandono. Mais uma vez estou nessa ponte e é difícil de acreditar. Meu bom senso deixa as coisas rolarem, mas prejudica o meu coração. Agora que quero amar percebo como sou estranha. Fecho os meus olhos e prometo me arriscar. Se for para machucar que arranque logo o coração. Se for para corresponder que não sobrem dúvidas. São as minhas inimigas, o meu ponto fraco em qualquer situação. As quero longe, mas evito questiona-las. Me dói sentir em um dia a reciprocidade e no outro alimentar pensamentos de que tudo não passou de ilusão. Será que isso é amar? Prometi não meter os pés pelas mãos, pois já errei demais nessa vida e o coração sabe do que estou falando. Culpei o mundo por não abraçar os meus sentimentos, e ele me fez entender que sou eu quem não levava as coisas tão a sério. Desta vez é para valer, e com dúvidas ou não aqui estou eu. Peito aberto, vontade solta e uma infinidade de histórias a serem criadas. Peço que não desmorone e vou pedindo aqui e ali o pouco de atenção que me sobrou. Exagero na dose para que o outro lado não sinta frieza, pois eu cansei de confundir qualquer pessoa que queira estar por aqui. Não sou fria, não sou um monstro. O nome dessa loucura que vivi se chama cautela. Passei os últimos anos sendo cautelosa e agora decidi não ser. Talvez esse momento é aquele em que a ficha cai e nós só desejamos viver o clássico dos cinemas. Então que assim seja.

- Jana Escremin