Foi quando me dei conta do que aconteceu.
Acabou nosso tempo, nossa chance, nossa vez. Parecia uma despedida
misturada com saudade. O sentimento não quis brigar, reivindicar ou mais
uma vez se sentir ofendido. Aconteceu que passou, e a minha
ficha caiu quando o temporal passou. Se existe amor? É claro que
existe, mas acabou a química. Toda história acumulada trouxe um cansaço
"conformado". Virei ponto final sem perceber. Será que foi eu? Será que
foi ele? Será que foi nosso jeito tão diferente de ser? Será que foi
aquele para quem estou voltando? Não importa. Algo mudou, algo torceu
aqui dentro e não foi o meu jeito paranóico. Não foi teu jeito
desleixado. Este é o fim da competição. É o fim de uma história que só
eu entrei de cabeça, e agora saio sofrida mas com coragem. Era difícil
entregar a cara e o coração, mas eu fiz. Te dei e você recusou. A vida
nem sempre é como a gente sonhou. Mas aí vem outros sonhos, outros
beijos, outras atenções. É como se eu fechasse o livro e transformasse a
vida em algo que tem tudo, menos o seu rosto. Me perguntam se te amo,
eu digo que sim. Me perguntam porque a calma na alma quando tudo se
repetiu, e eu digo que cansei. Minha batalha acabou aqui, meu amor
continua ali. Levo a vida em frente com o mesmo coração mole e a
simpatia que não consegue te dizer adeus por completo. Levo o coração
para quem tratou com carinho a alma dessa criatura que não sabe
controlar as palavras. O meu amor será de quem gostou dos chiliques, dos
sorrisos, das vontades, da presença e principalmente de quem respeitou
esse sentimento problemático que trago no peito. Esse é o meu adeus para
um amor que começou e terminou somente por aqui. Tudo pode mudar, mas
hoje a minha vontade é de ser de quem não teve medo dos dizeres e
prazeres do amor. Meu amor que é insano, ciumento e meloso, agora tem um
dono diferente e o nome desse sentimento é reciprocidade.
- Jana Escremin
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