Sempre que sigo os conselhos amorosos das minhas amigas vou percebendo como fico sozinha. Me entregam os melhores conselhos, no entanto são aqueles em que passo vontade e não sou realmente feliz. Agora quando sigo algo que eu quero, quebro a cara do jeito mais horrível, mas lembro de todos os momentos felizes, e eles agem como morfina no meu sangue. Sou feliz com meus conselhos errados e infeliz com o conselho de quem me quer bem.
Faço tudo porque quero. Para ficar claro minha opinião da palavra conselho: eu ouço e sigo somente quando o caso está sério. Mas sou influenciável por essas mulheres que eu sei que me amam, e principalmente, olham a situação de fora. Uma única vez eu gostaria de ouvir um "se joga", porém quando você tem amigas de verdade e um homem te torturando até os dedinhos do pé, a melhor conversa é "sai fora". E ninguém mais fala disso, enquanto eu fico querendo falar, discutir, expor meus sentimentos por alguém que não merece, mas elas não aguentam mais meus conflitos com o homem torturante.
Hoje cancelei um encontro que me faria feliz, e que se foda se for por alguns segundos. Há muito tempo não tenho essa sensação, e sentir ela por segundinhos faria toda a diferença. Mundo injusto, coisa chata essa de paquerar e ver que não é com você. Querer e não poder (como assim?!). Ser a única sozinha e ouvir todas as suas amigas mais inconformadas que você com a situação. No momento em que tenho um toco para amarrar meu burro (só para descansar, nunca permanecer) ele não é certo para mim. E o pior, não é mesmo.
Quem será esse tal de certo, se eu sempre gosto de tudo o que começa errado? Ninguém sabe, mas segundo essas moças de corações fofos, um dia ele vai vir e eu vou saber. Mas já vou avisando ele não é bonito, legal, ou me mereça. Sempre tem aquele defeitinho de fábrica que só elas conseguem enxergar pois eu fico cega, tonta e preciso ser orientada para não deixar qualquer mané sambar na minha cabeça. Só que nesse mundo quem não samba?! Eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário