quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O estresse

O drama se tornou doença. O final do ano deveria ser algo para ser celebrado e não preocupante. Nos últimos dias quase tive um infarto, e digo no sentido literal da palavra. Meu coração apertou, minha respiração falhou. Foi como se minha cabeça parasse de funcionar por alguns minutos. Descobri que preciso de um médico. Há alguns dias acordei com uma angústia no peito. Todos os dias eu levantava, meu peito apertava, minha cabeça não sabia explicar, um estresse passava por cada veia solitária aqui dentro. Os meus problemas conseguiram me deixar mal. Foram lágrimas, dores, até mesmo uma gripe devido a imunidade baixa. Dessa vez não foi amor. Dessa vez foi algo diferente, o “não saber o que fazer” me pegou de jeito, acreditem se quiser, eu tive um ataque de nervos. Chorei, fiquei muda, parei de comer como antes e só pensava no tal problema. Eu sabia que dia menos dia eu teria que tomar remédio para ansiedade ou contra o estresse, mas não sabia como ele afetava toda a minha vida no auge dos meus vinte anos. Para mim era coisa impossível. O mundo está cobrando uma responsabilidade que não quero ter. Ou talvez o problema foi eu querer ter tudo, e não conseguir nada. A tal da pressa me deixou assim. Tudo acumulou, problemas financeiros, falta de compreensão das outras pessoas, solidão e abstinência daquilo que eu gosto de fazer na vida. Uma bola de neve e nenhuma válvula de escape. As preocupações tomaram conta de mim, pensei que era a TPM, mas não sei mais o que é isso fazem dois meses. Estou pirando! Quero falar, quero fazer mil coisas, mais não sobra tempo, muito menos dinheiro. Sofri algumas injustiças e não consegui cobrar nada de ninguém,  me deixaram com a cabeça fervendo. Nos últimos meses eu só queria mais horas, mais paz, menos preocupação. Por isso fiz muitas promessas para 2012, porque outro ano como o de 2011 nunca mais! Vou me limpar, curar a alma desse estresse que queima meu peito. Quero respirar como antes, calma é tudo o que preciso, não quero medo ou raiva. Estou em processo de descobrimento onde nada se descobre tudo é afetado. Não sei como explicar a sensação de quase morrer de loucura com meus vinte anos. Um medo, uma angústia e nada para extravasar. São ônibus, sono, dores de cabeça, coração acelerado mais que o normal. Tudo agora está sendo refletido no meu corpo, estou acabada. O próximo passo é ir até um médico e suplicar por uma dose de felicidade, algo que me tire essa ansiedade até pelas coisas ruins. Necessito ser observada, estou enlouquecendo com tantas coisas para me preocupar.

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