terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Eu disse não

Como um soco no estômago eu acabei com as supostas esperanças. Não havia nada de errado com ele, comigo, com nós. Não existia nada de errado, era apenas eu gostando do meu tempo sozinha e desse silêncio que o meu quarto guarda sem ninguém para incomodar. Parece absurdo alguém que suplica por carinhos alheios dispensar um amor de sábado a tarde. As vezes penso que só quero o que não posso recusar, e isso afeta todo o curso da minha vida. Dessa vez eu não pensei antes de falar e o meu erro é saber que não estou errando. Minha cama não sabe separar lugares, é tudo meu e mesmo que ele insista em fazer parte do meu dia, ainda desejo estar sozinha. Não tenho tempo para mim e quando o dedico a alguém quero fazer algo especial, mas ultimamente sou mais silêncio do que gritaria. Meu tempo não quer se dividir, por isso ocupa todos os segundos, e quando vou ver dei respostas desagradáveis para alguém disposto a dar o seu amor. Se me falta tempo, sobra vontade de estar sozinha. Me perguntam o motivo para tantas fugas, e eu só posso dizer que acredito na química, na dedicação, no querer estar por perto. Com ele nada disso acontece. É frustrante, eu sei. Mas é o que sinto e desta vez não vou trair os meus desejos. Acertei em cheio o coração de alguém que só poderia me dar amor. Acertei em cheio o meu coração que está procurando por passagens secretas. Hoje sou dona de mim e gosto de ser assim. Talvez a química esteja em encontrar alguém tão dono de si quanto eu sou hoje.

- Jana Escremin

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