Estou me perdendo em bares, amores, confusões, diversões. Digo que estou perdida mas no fundo sei muito bem onde estou. Esse lado da saudade nunca me abandona.
Esses dias um cara no bar me lembrou você. Não eram nada parecidos, mas o cara me tratou tão bem que tive raiva de você por exatos trinta minutos. Por que você não é como ele? Por que vou me encantar por um cara que não é você só pelo simples fato dele saber como demonstrar afeto.
Fui lembrando de coisas fúteis. Gestos que valiam a pena. Não encontrei nenhum. Você nunca pegava na minha mão. Me encarava sempre de longe, brincava com meu estilo de vida.
Mas tenho saudade de algumas coisas idiotas também. Como aquelas suas dancinhas que estão fazendo falta por aqui. A saudade do que nem começou é ruim. Ela deixa dúvidas, traz desconforto e aperta meu coração.
Porém, é preciso saber que estou feliz e até gosto do cara do bar e das suas atenções. Coisa que sentia falta em você. Estar perdida nessa ilusão talvez até me faça esquecer que você tinha potencial para ser especial, mas escolheu não ser.
É... Você nunca quis ser especial. Surgia, sumia, cobrava, corria. Esse foi um relacionamento fajuto, assim como suas palavras malucas e incompressíveis. Ter saudade é clichê demais, e por mais que eu caia mais uma vez nessa história, fico com a mesma pontinha de dor por não valer a pena no seu caminho.
Mais uma vez o ponto final teve que ser meu e esta é uma escolha que vou carregar. Assim como a raiva de você não ser o cara do bar ou não se importar em ser.
- Jana Escremin
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