quarta-feira, 4 de novembro de 2015

FILME - Para sempre teu Caio F.


Ontem assisti a um filme sobre o tão famoso escritor Caio Fernando de Abreu. Meu Deus! Que vida, que história, que intensidade. Jamais serei como ele, tenho sérios problemas com meus textos e sentimentos, mas só de conhecê-lo pude entender porque é tão importante transformar sua vida em mágica. Seja escrevendo, cantando, dançando ou produzindo no dia a dia o seu trabalho.
Ele, que já se foi faz algum tempo, renova a vida e a leitura de jovens e adultos. Sim, o cara foi foda e espero que você veja este filme. O homem magro, que hoje espalha frases pela internet, conseguia sentir toda essa energia que rodeia nosso dia a dia. Ele previa coisas que se tornaram normais. Gostava de escrever sobre o que sentia e vivia, sempre observando o que temos de mais profundo. Seria essa a beleza da sua escrita? Com certeza! Foi alguém tão dono das palavras que traduzia o que somos na dor, no amor, na riqueza e na pobreza com propriedade e sentimento.
É, pode-se dizer que ele se casou com a literatura. Coisa que não fiz, mas admiro. O filme é fantástico não só por ser bem feito, mas por contar uma história tão próxima de nós. Levando em conta as indagações, os preconceitos, os amores, as dores. Ele fala sobre a tal da montanha russa que uso como exemplo todas as vezes. Percebo cada vez mais que somos um caos e podemos nos apoiar em histórias e livros como os de Caio Fernando de Abreu.
Ele sentiu intensamente cada segundo da sua vida. E já não posso mais me esquecer das frases ouvidas por ele e por amigos no filme. É, admiro pessoas que mesmo quando o mundo parece conspirar contra seus sonhos sorriem ou até no caso dele: escrevem. Sua paixão não morria com sua doença e talvez isso que o faça eterno nas bibliotecas, internet e livrarias. Sempre havia uma tristeza ali, mas era tão singular que nos encanta até nessas situações.
Ontem eu estava deixando várias paixões morrerem e descobri que na verdade o que nos mantém vivo deve ser preservado. Posso até dizer que devemos eternizar estes momentos. Tantos amores para serem escritos, tantas dores para serem vividas. Não quero descobrir que vou morrer para poder começar a viver. Meu conselho é que você também não seja assim.
Pegue os seus livros, seus amigos, sua bebida. Rabisque uma folha, produza um som, encene uma peça. Talvez você não precise fazer nada grande e extremamente cultural, mas faça algo que pulse as veias. Viva. Torne o que você ama em uma prioridade. Ontem foi a história de um escritor que me motivou, amanhã pode ser a sua. Afinal, sou fã de boas histórias, contos e experiências.
Então vamos sentar em uma mesa de bar e compartilhar os nossos sentimentos, porque no final eles são tudo o que importa no caminho. E com uma cerveja na mão as coisas ficam mais gostosas.
- Jana Escremin

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