E depois de tantas decepções você se fecha, promete não gostar de mais ninguém que te faça sorrir tão facilmente. Mais um dia passa, a semana também e você resolve sair. Disposta a não paquerar, a não querer nada além da boa e saudável amizade. O que você não entende é que infelizmente você não é assim. Sua amiga te apresenta os amigos do namorado e muitos não lhe interessam, porém você acaba depois de tanto peneirar escolhendo o pior da turma. Aquele que sorri engraçado, que te olha nos olhos, que fala coisas absurdas e te deixa extremamente sem reação ao espetáculo que causa na mesa.
Esquecendo-se da promessa de dizer não a qualquer sorriso, você procura um jeito de chamar a atenção e ele se interessa por você. Você é mulher, ele é homem, são os únicos da mesa que conversam alto e sorriem das coisas idiotas que cada um fala, então o que mais poderia dar errado? Tudo! Qual a parte que você ainda não entendeu que você primeiramente não pode escolher, esse seu dedo pobre aponta para o cara que vai te fazer cair no chão mais uma vez. E em segundo lugar, você deveria deixar de ser tão inocente, afinal amores não nascem em mesas de bar. Pelo menos não com você.
O tempo passa, a história se repete e você continua a questionar os porquês da sua vida amorosa, fica fazendo mil promessas sobre o próximo homem que entrar na sua vida, mais nunca consegue cumprir nenhuma dessas ilusões que você acha que é capaz. O máximo que vai conseguir é alguém te elogiando e te levando para a cama, o que é outra promessa que você deve começar a cumprir. Chega de homens, cama, romances de uma noite. Chega desse burburinho chamado pseudo-amor.
Nisso você decide que é hora de ser você. De fazer as coisas por você e mais ninguém, perde o brilho nos olhos quando está gostando de alguém. A única pessoa que você está amando é você. Isso é ótimo se você não fosse tão intensa. Sem meio termo, você é exagerada e não dá a moral para quem realmente quer te ver e saber como você é. Você se fechou depois das quedas, agora deu para achar que todos os homens são iguais, e são mesmo! O problema é que você tem que mudar, mais não dessa forma grosseira que se encontra.
E todos os dias são assim agora, você não olha para os lados, não paquera, fingi não se importar com ninguém além de você. Canta, bebe, chora e só abre os portões da sua vida quando alguém interessante resolve chegar em você. Isso é o seu agora, chega nos lugares e se rolar, rolou. Mais esse "rolar" não deve passar de uma noite. Você se tornou medrosa e cheia de espinhos, cuidado garota! A vida não é tão extrema assim como você.
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