Em breve tudo será novo (de novo). Cidade nova, emprego novo, amigos novos... Que medo! Não irei para outro país, nem tão pouco para outro estado. São apenas uma hora e meia de diferença. Mas mesmo assim sei que no fundo vou me sentir apertada, com o coração na mão. Sou acomodada, e pessoas assim tendem a ter certas dificuldades com mudanças. Vocês percebem isso lendo meus textos, imagino. Duas semanas é o que tenho para lembrar e aproveitar a estadia em Votuporanga, cidade que já me esgotou. Não pela cidade, mais pelas pessoas. Elas fazem doer meu coração. Quem sabe a uma hora e meia longe eu consiga apagar memórias que inflam minha cabeça, tiram o meu sono. Sei que vou aprender muito, e quero isso. Sou uma eterna aprendiz da vida. Tantos erros, acertos, voltas, reviravoltas, apagões... Tudo fez parte de mim. É quem eu sou. E essa nova pessoa está com medo e ao mesmo tempo sentindo um alívio por ficar longe. As vezes fugir é a melhor solução, ou melhor, fugir é uma palavra tão covarde que retiro o que eu escrevi. Reescrevendo: As vezes ir embora é a melhor solução. Sim. Amo tudo isso que tenho e o que já tive, são tantas histórias, mais preciso respirar novos ares, sinto-me tão abafada aqui sem poder gritar o que eu realmente quero, e sei que a minha razão mandou eu "não querer". Por essas e outras eu tenho os meus motivos para mudar já. Como pessoa, que convenhamos, muda todo dia e outras mudanças. A minha saúde mental precisa disso. Sintam-se à vontade para sentir saudade, e eu espero que sintam. Se sentirem, por favor me falam, volto correndo. Porém calma, tenho mais duas semanas. E depois: Tudo novo, de novo.
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