terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Onde está a verdade desse amor?



Realmente, a cabeça pifou. Deu um curto no sistema emocional. Leio tanto, textos famosos, livros maravilhosos, frases de músicas, filmes e etc. E só encontro dor de amor. Não sei porque dói. É uma coisa tão fácil e ao mesmo tempo tão difícil. Andei pensando, estou solteira, depois de 1 ano e 3 meses . Será que não era mesmo para dar certo? Onde erramos? As partes boas guardo comigo em um lugar engraçado de mim. E sempre lembro com as amigas e na maior parte do tempo lembro sozinha também. Só que comigo não tem aquela história que eu leio tanto: "As partes ruins você esquece". Me responde, será mesmo?


Eu não consigo, acabo guardando dentro de mim em um lugar reservado que se chama: orgulho. É incrível como este tempo que fiquei apenas com uma pessoa passou rápido porém hoje não valeu de nada. E não digo isso por mim. Sempre fui da tribo que acredita na seguinte teoria (do caos né) "atitudes mostram o que você é ou o que sente". E isso me assustou de tal forma. Só para informar: Não estou triste ou arrependida. Foi necessária essa separação definitiva. 

Mais não estava definido que tudo mesmo tinha acabado. Amizade, respeito, confiança, amor pelo tempo que foi preenchido com a minha presença (que por acaso hoje eu vejo que realmente foi "preenchido" não "aproveitado"). Não sou tão má assim. E nem tão boa. Reconheço que errei milhares de vezes, mais sempre reconheci meus erros. E sempre deixei claro os meus sentimentos. Admiro quem consegue ter uma relação amigável com os ex's. Só que comecei a admirar dois tipos de pessoas que não são assim.


Tem aquela que na frente a vida é maravilhosa, sem dor, que a separação veio na hora certa, e o ex parceiro(a) é sempre o(a) errado(a), mesmo se for ele/ela o(a) culpado(a). Não existe medo dentro dessa pessoa e tem um grande defeito: Acha que é Deus. Onde tudo ele/ela pode, mais os outros, pobres mortais, são proibidos de seguir em frente como se cada atitude fosse um pecado, e assim você não vai para o céu.


O segundo tipo é aquele/aquela que tentou ter pelo menos amizade, pensando nos tempos em que ficaram juntos. Naquele tempo em que tudo era risada (apesar das mentiras), em que os momentos sozinhos eram únicos. Tudo pela consideração. 

Uma estrada cheia de sinais de "Cuidado, você está cometendo o mesmo erro" ou "Cuidado, ele/ela não vai mudar, não por você". E essa segunda espécie de pessoa acaba cansando, mais não é de tentar, está apenas cansado(a). E diz pra todo mundo isso, só que não quer se separar. Sente que no fundo foram feitos um pro outro, e que aquilo é uma fase. Mais a fase já dura um ano e nada muda. Aí vem a pior parte, ele/ela toma coragem. Mete o pé na bunda dele/dela e vê que é o certo. Chora, escuta mais meio milhão de mentiras, juras de amor. Quando vira as costas firmando nos próprios pés para não voltar atrás, decide dar uma última olhada e vê ele/ela pegando o carro e saindo. Para paquerar, no dia da separação.


Ela/ele toma mais coragem e segue em frente. E aí começa a trilhar um caminho sozinha(o), e quer ter orgulho do passado que montou com o outro(a). Ela/ele tem, muito orgulho. E decide que é isso que vai fazer dela/dele uma pessoa melhor. Se surpreende, repara nos comentários alheios, nas páginas da internet e tira a seguinte conclusão: Você não foi nada. Você foi a ocupação dele/dela. Ele/ela não precisou só de você, sempre teve outras(os), sempre usou a droga que você quis ajudar a tirar da vida dele/dela.


Sempre algo estava em primeiro lugar, menos ela/ele. E você percebe que não conheceu aquela pessoa e se pergunta: Qual é a verdadeira face? A face são duas: a que impressiona as menininhas/menininhos mostrando o anjo(a) que ele/ela é. A outra é a que somente ele/ela conhece, aquela que não se importa nem mesmo com a própria identidade, aquela que não tem passado nenhum, só presente (nem futuro!)... Pelo menos é o que aparenta.


E onde fica a verdade? Sempre será uma incógnita na vida da segunda espécie, e por isso não combina. São espécies diferentes. E muitas vezes os opostos se atraem ou são perfeitos. Mais ninguém disse até quando eles duram. E eles podem durar. A palavra chave é: doação. É preciso se doar para amar, durar... Acho que vocês conhecem as duas espécies dessa história. Porém nunca saberão a verdadeira história ou até mesmo a verdadeira face do amor.

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