terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pensamentos da noite.


Tenho medo de mim mesma quando estou sozinha em casa. Já cochilei, acordei, estou vendo tv, depois venho aqui olho todos os sites que ficam a disposição. Volto pego uma bala 7 belo e sento no sofá. Ahhh o sofá, tem tanta história para contar. Aí eu volto para o quarto, são muitas as lembranças. Agora eu entendo porque sempre foi a minha casa. As lembranças ficam aqui e aí você imagina no que dá.


Perdi o dom de escrever aqueles textos do ano de 2006, mais eu sinto que a minha sensibilidade está muito mais a flor da pele do que naquele ano. Eu fiquei mais sensível e ao mesmo tempo mais forte. Porém a pergunta daquele ano ainda fica cutucando minha cabeça: Porque eu sempre penso mais do que deveria?


Queria me teletransportar para algum lugar, sem conhecidos. Cientistas apressem a realidade do meu filme predileto (Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças). Tornaria a minha vida mais fácil. Até ontem abri a carteira e dei conta que um papelzinho estava lá. Eu perdia meu tempo quando trabalhava fazendo bilhetinhos. E aí eu me perguntei, será que no dele ainda existe também os bilhetes?


Parei para pensar e me dei conta de que as fotos ainda estavam penduradas na porta do guarda roupa. Me sacudi e vi que não deveriam estar lá. Peguei a caixa que um dia ganhei e guardei todas. Enterrei e me senti do mesmo jeito. Mais é isso. Coloquei as recordações materiais e não materiais no meu teletransporte imaginário e escrevi: "Bola pra frente. Você tem o direito de ter saudade, mais deve se lembrar de cada lágrima que derrubou em vão". É assim que a vida é enquanto não criam a fórmula para esquecer de vez.

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