Tenho medo de mim mesma quando estou sozinha em casa. Já cochilei, acordei, estou vendo tv, depois venho aqui olho todos os sites que ficam a disposição. Volto pego uma bala 7 belo e sento no sofá. Ahhh o sofá, tem tanta história para contar. Aí eu volto para o quarto, são muitas as lembranças. Agora eu entendo porque sempre foi a minha casa. As lembranças ficam aqui e aí você imagina no que dá.
Perdi o dom de escrever aqueles textos do ano de 2006, mais eu sinto que a minha sensibilidade está muito mais a flor da pele do que naquele ano. Eu fiquei mais sensível e ao mesmo tempo mais forte. Porém a pergunta daquele ano ainda fica cutucando minha cabeça: Porque eu sempre penso mais do que deveria?
Queria me teletransportar para algum lugar, sem conhecidos. Cientistas apressem a realidade do meu filme predileto (Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças). Tornaria a minha vida mais fácil. Até ontem abri a carteira e dei conta que um papelzinho estava lá. Eu perdia meu tempo quando trabalhava fazendo bilhetinhos. E aí eu me perguntei, será que no dele ainda existe também os bilhetes?
Parei para pensar e me dei conta de que as fotos ainda estavam penduradas na porta do guarda roupa. Me sacudi e vi que não deveriam estar lá. Peguei a caixa que um dia ganhei e guardei todas. Enterrei e me senti do mesmo jeito. Mais é isso. Coloquei as recordações materiais e não materiais no meu teletransporte imaginário e escrevi: "Bola pra frente. Você tem o direito de ter saudade, mais deve se lembrar de cada lágrima que derrubou em vão". É assim que a vida é enquanto não criam a fórmula para esquecer de vez.
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