Eu juro que eu te quis. Na verdade eu juro que ainda quero. Mais você sabe como são as garotas nascidas nos anos 90. Elas querem demais, e procuram por sinais. Eu não procurava por nada, e você ainda assim me transmitia mistérios. Infelizmente eu já sofri demais, e fiz promessas rígidas com meu coração. Não posso deixar você brincar de aparecer e sumir quando bem entender. De todas as promessas que fiz, eu cumpro fielmente apenas uma: Me amar em primeiro lugar. E antes que você acabe com ela eu estou indo embora. Não vou sumir, não vou mudar. Apenas vou seguir. Te arrasto porque espero que um dia veja em mim o que vi em você. Não suporto mais esse peso de não poder dizer abertamente o que está na garganta. Eu grito e você até escuta, mas prefere fingir que nada aconteceu. Não quero mais fingir. De mentiras já basta o dia. Não sou mais criança, não quero mais brincar de esperar você. De tanto esperar olha só o que me tornei, sou uma escrava da esperança. Ela corrói, você sabia? Eu juro que eu te quero, só que não dá mais. Recusar todos essas luzes que vem de mim não é algo com o qual eu estou pronta para lidar. Infelizmente eu sou assim. Cheia de mimos, vontades, aberta para quem quiser ouvir. Acho que te transformei em uma ideia, um conceito do que eu quero, e quando você não atingiu minhas expectativas meu mundo foi por água abaixo. Queria gritar que você está me perdendo, que amanhã outro cara pode aparecer e ficar cego pelas minhas luzes. Mas não posso, pois cada vez que eu quis dar um passo a mais você correu três quarteirões. Quarteirões cheios de desculpas e silêncio. Não quero te arrastar nessa comigo. Então vai, levanta e olha para mim. Diz que você tem planos e que eu tenho que ter paciência. Uma única vez na sua vida, tenta ser sincero comigo. Eu cansei da mesmice nas minhas histórias de amor. Não pense que você é só mais um, você é o cara para quem eu redijo textos que ninguém vai ler. Isso deve valer alguma coisa, não é?
- Jana Escremin
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