E comigo?

Eu vejo casais se acertando por aí e encontrando amor nesse mundo tão escasso de sentimentos. Fico me perguntando, por que comigo é tão complicado viver algo novo. Já tenho algumas respostas e prefiro não divulgá-las, mas o fato é que não sei me desprender das coisas. Com a mesma demora e intensidade que demoro a encontrar, demoro a perder. Tenho medo de não encontrar alguém tão profundo como eu. Não dá para imaginar como é trocar de namorado a cada 4 meses ou 1 ano. Sou difícil de entender e a coisa complica quando eu estou do outro lado da relação, quando sou o 3º elemento (mesmo que fuja desse título como o diabo foge da cruz). Vejo por aí casais vivendo suas vidas, mas por trás de toda essa beleza e simpatia existem homens e mulheres que correm atrás de pessoas como eu: Sozinhas, felizes e livres, só por que acham que vivemos em um mundo moderno demais. É óbvio que ignoro, mais não vou negar que machuca, e muito quando alguém comprometido se interessa por mim. Além da desvalorização pessoal, sinto como se não pudesse mais confiar em ninguém. É tudo muito depravado, muito livre. Sou moderna até onde meu coração aguenta, mais tolerar traição já é demais. Não sou santa e nunca vou ser, só que dói quando fico afim de alguém e ele já encontrou sua “alma gêmea”, mesmo que não seja fiel à ela. Esse é o meu grande problema. Por vivenciar demais o outro lado, estou fria e cega, e já não aceito qualquer sussurro no pé do ouvido. Nunca mais serei a mesma depois de tantas histórias sem ponto de partida. Se o mundo ficou do jeito que é, foi porque alguns desorientados perderam o sentido da palavra respeito, mas eu não. Exijo que me respeitem. A tendência hoje é ser livre, então não existem motivos para traição ou qualquer outra desculpa no meu mundo. Se estiver comigo, será por vontade própria. Do contrário pode fazer as malas, pois sigo a risca o pensamento “Antes só do que mal acompanhada”. Não nasci para ser a troxa de alguém, eu nasci para ser o amor de alguém. Simples e fácil.