sábado, 3 de abril de 2010

Novela Mexicana

Incrível a capacidade que o ser humano tem de querer tomar conta da vida do outro. Já fiz diversas vezes, e até assumo. Porém, na minha vida isto está se tornando rotineiro. Palpitam sobre minhas atitudes, meus nervosos, minhas tristezas, minhas alegrias e até das pessoas com quem eu ando me relacionando. Não seria mais fácil fingir que não existo nessas horas? Foi tão fácil fingir que eu não existia quando precisei de atenção, foi mais fácil ainda quando quiseram me acertar no fundo da alma, e conseguiram. Por um instante queria que minha vida não se parecesse tanto com uma novela, e mexicana ainda por cima. Que drama. Como uma boa dramática ando tirando nota dez no meu papel, só gostaria de saber se sou antagonista ou protagonista. Do jeito que as coisas andam tenho uma leve sensação que sou a protagonista, elas sofrem mais, sei lá como funciona. Nesses instantes eu peço que finjam que sou figurante, e me deixem ali no cantinho, como eu fui deixada a um tempo atrás. Não venham lembrar de mim depois de todo um estrago, porque afinal: Estragou. "Maria do Bairro" perde para as confusões que causam na minha vida. São tantos roteiros que até você assimilar os acontecimentos eles simplesmente... aconteceram. Creio na seguinte hipótese: Hoje as crianças já nascem sabendo de tudo, é fato. Então não me diga que "não sabia", "não tinha intenção". Isso é do tempo da minha querida avó que não conhece a maldade do mundo quando o assunto são pessoas. Juras agora são a maior perda de tempo, me prometer que tudo irá ser pior é mais aceitável do que prometer que será diferente ou melhor. Então parem de fazer da minha vida um escândalo para cada atitude que tomo, o mundo está cheio de coisas mais inteligentes, no momento minha vida está muito burra. O fato é condenamos muito, e não aceitamos ser condenados de maneira alguma. Por isso, esqueçam.

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