Ela sentiu uma brisa suave passando pelo seu
caminho. Seu cheiro era novo e despertou felicidade. Deixou que a brisa
conhecesse cada centímetro do seu ser e quando acabaram ela fez a sua
moradia. Tal brisa será interpretada de mil maneiras diferentes
e ela vai amar todas, mesmo quando os seus resultados forem negativos.
Sabe que no fundo é brisa passageira e só precisa aproveitar os minutos
que faz moradia nela.
Sendo uma fã de metáforas, ela quer que o
mundo a entenda. Mas é difícil entender a moça que sorri, chora, grita e
sorri novamente. Então ela faz da brisa poesia, e percebe que se o
vento é bom, nenhum amor lhe causará mal. Sem culpas ou desculpas,
descobre que a brisa não é suave. Chegou para bagunçar, determinar e
limpar. Ela conjugou todos os verbos que vivia escrevendo errado porque
nunca sabia se falava na primeira ou terceira pessoa.
É
estranho chegar ao ápice da satisfação pessoal quando temos tanto para
viver. É difícil quando falta uma parte de nós e mesmo assim conseguimos
sorrir sinceramente. Todo mundo anda perdendo pedaços por aí e ela ama
saber que não está sozinha. Foram as músicas, os filmes, os olhares, as
conversas, os amigos. Tudo mudou e agora ela não sabe parar de fazer
festa.
A tal brisa caminha ao lado dela, assopra e deixa tudo
mais claro. Um mundo de perspectivas abriu-se. Um mundo de novidades
surgiu. Um mundo dela para ela, sem egoísmo. Um mundo aberto e com um
vento bom de sentir. As pessoas não entendem como ela pode ter mudado
sua forma de ver o mundo tão rapidamente, mas ela também não.
Ela só entende que o tempo mudou e agora tudo o que foi robotizado pelo
sentimento, era tão natural quanto a brisa que persegue os seus dias
felizes.
- Jana Escremin
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