segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Brisa leve

Ela sentiu uma brisa suave passando pelo seu caminho. Seu cheiro era novo e despertou felicidade. Deixou que a brisa conhecesse cada centímetro do seu ser e quando acabaram ela fez a sua moradia. Tal brisa será interpretada de mil maneiras diferentes e ela vai amar todas, mesmo quando os seus resultados forem negativos. Sabe que no fundo é brisa passageira e só precisa aproveitar os minutos que faz moradia nela.

Sendo uma fã de metáforas, ela quer que o mundo a entenda. Mas é difícil entender a moça que sorri, chora, grita e sorri novamente. Então ela faz da brisa poesia, e percebe que se o vento é bom, nenhum amor lhe causará mal. Sem culpas ou desculpas, descobre que a brisa não é suave. Chegou para bagunçar, determinar e limpar. Ela conjugou todos os verbos que vivia escrevendo errado porque nunca sabia se falava na primeira ou terceira pessoa.

É estranho chegar ao ápice da satisfação pessoal quando temos tanto para viver. É difícil quando falta uma parte de nós e mesmo assim conseguimos sorrir sinceramente. Todo mundo anda perdendo pedaços por aí e ela ama saber que não está sozinha. Foram as músicas, os filmes, os olhares, as conversas, os amigos. Tudo mudou e agora ela não sabe parar de fazer festa.

A tal brisa caminha ao lado dela, assopra e deixa tudo mais claro. Um mundo de perspectivas abriu-se. Um mundo de novidades surgiu. Um mundo dela para ela, sem egoísmo. Um mundo aberto e com um vento bom de sentir. As pessoas não entendem como ela pode ter mudado sua forma de ver o mundo tão rapidamente, mas ela também não.

Ela só entende que o tempo mudou e agora tudo o que foi robotizado pelo sentimento, era tão natural quanto a brisa que persegue os seus dias felizes.

- Jana Escremin

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