Sabe o que sempre gostei em mim? Da força, do
sorriso, da alegria, do conforto, do orgulho, dos momentos loucos e
insanos. Gosto de ser aquela que ninguém entende, mas também não se
importam. Me cerco de pessoas melhores do que eu. O mundo vem
com as suas pessoas grossas, com os seus amores mal resolvidos (e
despreparados!), com as falsidades, com a falta de dinheiro, com a
"compra da felicidade", e nós continuamos a sorrir. Não aceito pessoas
que não sorriem dos próprios dilemas. Reparem que não falo problema, e
sim DILEMA. Vivemos grandes dilemas que comparados aos problemas viram
grandes piadas. Não vou dizer que não choro, não sofro, não crio ilusões
que apertam o meu coração. Sou humana e bastante sentimental... Mas
exijo de mim uma força para levar um sorriso mesmo quando cada dorzinha
que aponta nesse peito começa a inflamar. Sou um poço de saudades e de
momentos que nunca vivi, mas pretendo não me arrepender. Aprendi a meter
os pés pelas mãos e em algum momento isso servirá para eu crescer. Não
sou totalmente desligada quando o assunto são os sentimentos. Gosto de
senti-los, guardá-los, guiá-los. Nunca fui do tipo que esquece rápido.
Vivo o dilema de quem não sabe sentir pouco. Mas se é para viver
sentindo tanto e não encontrando com quem dividir, então me resta sorrir
e continuar. O que está lá atrás são aprendizados e tudo bem se a vida
continua. Sou quem sou e não é a toa que as pessoas mudam. Mudei demais,
e trago uma bagagem maior do que eu, mas que se sentar comigo para
conversar verá o quanto me fez bem sorrir, mesmo quando o peito arde de
vontades, saudades e até mesmo tristezas. Serei a triste mais feliz
desse mundo, pois busco algo maior do que eu, e na pressa paciente (isso
existe?!) vou levando meus pensamentos e vontades. Ando e reparo em
quem ilumina, em quem fica, em quem vai, em quem traz. Alguma verdade eu
aprendi nessa vida... Gostar de mim sendo esse dilema todo é uma das
lições.
- Jana Escremin
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