quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O que gosto em mim

Sabe o que sempre gostei em mim? Da força, do sorriso, da alegria, do conforto, do orgulho, dos momentos loucos e insanos. Gosto de ser aquela que ninguém entende, mas também não se importam. Me cerco de pessoas melhores do que eu. O mundo vem com as suas pessoas grossas, com os seus amores mal resolvidos (e despreparados!), com as falsidades, com a falta de dinheiro, com a "compra da felicidade", e nós continuamos a sorrir. Não aceito pessoas que não sorriem dos próprios dilemas. Reparem que não falo problema, e sim DILEMA. Vivemos grandes dilemas que comparados aos problemas viram grandes piadas. Não vou dizer que não choro, não sofro, não crio ilusões que apertam o meu coração. Sou humana e bastante sentimental... Mas exijo de mim uma força para levar um sorriso mesmo quando cada dorzinha que aponta nesse peito começa a inflamar. Sou um poço de saudades e de momentos que nunca vivi, mas pretendo não me arrepender. Aprendi a meter os pés pelas mãos e em algum momento isso servirá para eu crescer. Não sou totalmente desligada quando o assunto são os sentimentos. Gosto de senti-los, guardá-los, guiá-los. Nunca fui do tipo que esquece rápido. Vivo o dilema de quem não sabe sentir pouco. Mas se é para viver sentindo tanto e não encontrando com quem dividir, então me resta sorrir e continuar. O que está lá atrás são aprendizados e tudo bem se a vida continua. Sou quem sou e não é a toa que as pessoas mudam. Mudei demais, e trago uma bagagem maior do que eu, mas que se sentar comigo para conversar verá o quanto me fez bem sorrir, mesmo quando o peito arde de vontades, saudades e até mesmo tristezas. Serei a triste mais feliz desse mundo, pois busco algo maior do que eu, e na pressa paciente (isso existe?!) vou levando meus pensamentos e vontades. Ando e reparo em quem ilumina, em quem fica, em quem vai, em quem traz. Alguma verdade eu aprendi nessa vida... Gostar de mim sendo esse dilema todo é uma das lições.

- Jana Escremin

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