sexta-feira, 31 de maio de 2013

Casa de sentimentos

Como já dizia o ditado: "Uma porta se fecha, e uma janela se abre". O que fazer quando você quer a porta? O que fazer quando a janela é linda, mas é a porta que nos chama a atenção? Fecha aqui, abre ali e nós ficamos sem saber qual caminho seguir. Ir embora ou ficar? Ignorar ou correr atrás? Viajar ou trabalhar? Correr ou relaxar? Voltar ou seguir em frente? Esperar ou deixar para lá? A vida exige tanto que quando percebemos causamos um furacão de histórias e muitas vezes apenas vivemos como a vida nos permite. Nesse exato momento estou olhando a porta, sonhando com ela, pedindo ela, implorando para que esse pedacinho de luz que ainda existe seja escancarada por aqui. Mas depois olho para a janela. Janela sempre quis ser porta, reparou? Se eu pudesse julgar o seu caráter diria que elas são doces, que dão apenas a visão do que a nossa vida poderia ser. Janelas são desejos. E assim eu vou seguindo, olhando uma porta fechando, uma janela se abrindo. Acho que por mais que meu desejo seja ter a porta, eu vou ter que me contentar com a janela. Não sei porque, mas estou naquele momento da vida que janela me basta. E só basta porque cansei de batalhar por quem só se fecha, tranca e não me deixa entrar. É a hora de olhar pela janela, transformar nossos desejos e excluir qualquer medo. Pulo janela, esqueço a porta e deixo para trás essa mania de querer o que não posso ter. Se eu não tivesse uma segunda opção poderia reclamar o dobro, mas desta vez não foi assim. Uma porta fechou, uma janela abriu e eu não posso ter tudo o que quero. Isso é lição de infância e eu nunca deixarei de aprender.

- Jana Escremin

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