sexta-feira, 31 de maio de 2013

Definindo objetivos e sentimentos

 Definir alguma coisa nunca fez parte das minhas histórias. Mal consigo definir o que eu sou e agora fico tentando entender as palavras, gestos e questões não respondidas das outras pessoas. A definição disso tudo é o que me atormenta. Quando acho que as coisas estão mudando levo uma leve rasteira da vida. Quando me conformo com a situação, acontece o tão esperado discurso. Dá para entender? Eu não sei esperar por nada. Nos últimos meses andei mudando as minhas atitudes. Fiz muito barulho e só ouvi o silêncio. Não doeu, mas senti um leve desapontamento. Acho que a insegurança ainda corrói minhas atitudes. Quero saber o que é tudo isso, porque estou presa e se realmente estou sozinha. Eu misturo as coisas. Um dia a decisão chega, um dia consigo entender o outro lado. Definir o sentimento dos outros é complicado. Parece tão simples chegar, falar, sentir, ouvir e aceitar. Mas nunca é. Quando estou chegando ao ponto principal, ele corre. Ele que nunca corre, agora deu para correr das minhas palavras. Não consigo defini-lo e isso me mata. Um dia lindo, no outro feio. Uma hora está aqui, na outra eu não consigo sentir sua presença. Minha paciência nunca deixou que eu atropelasse os sentimentos, mas ultimamente ela sente urgência em sair do lugar. Isso de seguir as regras e não se importar nunca funcionou comigo. Quando eu gosto de alguém quero descobrir, quero contar, quero sorrir... Tudo tão simples, mas tão complexo. Aceito o silêncio, recuso as mentiras e mesmo assim ainda me atormenta saber que esse silêncio esconde a resposta de tudo. Minhas decisões são pautadas nele, mas se ele não toma nenhuma atitude o que eu posso fazer? Ficar parada eu não consigo mais, e os meus pés começaram a formigar de tanto esperar.

- Jana Escremin

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