terça-feira, 13 de agosto de 2013

Bagunça e vida combinam

Eu nunca vivi em um mundo fechado. Minha mãe diz que eu tenho a necessidade de viver as coisas para depois entender o seu funcionamento. Eu acho que isso pode expressar a presença das saudades que minha vida possui. Nunca fui a mais louca, a mais correta, a mais bonita, a mais feia, a mais quieta, a mais barulhenta. Os extremos nunca conseguiram me definir porque um dia eu sou 8 no outro eu sou 80. Sempre tive medo de fechar minha cabeça para as experiências do mundo. Arrisco com a vida, evitando apenas os pulos para o amor. Sou cheia de pontos, vírgulas, exclamações e prefiro não falar sobre os três pontinhos que deixam a minha vida bagunçada. Nunca me contentei em bagunçar apenas o meu local. Quando expressam uma opinião sincera de como eu sou fico assustada. As pessoas podem saber mais sobre mim do que eu mesma e a injustiça que isso causa mostra as consequências do mundo que vivo. Dizem que quem opta por um mundo ao avesso deve estar preparado para os choques e conflitos. Aqui estou, vivendo ao contrário. Correndo ao invés de frear, freando ao invés de correr. É disso que eu falo sobre viver, são esses detalhes que eu fico pensando toda a noite. O tempo, a corrida, as pessoas, meu amor.

- Jana Escremin

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