Todas as vezes que nos encontramos é essa
confusão sentimental. Já esqueci tudo o que me fez passar, já deixei de
me preocupar se vou ou fico. Não faço mais por merecer e nem causo se
você não aparecer. Só que toda vez é assim, eu e você sorrindo
de coisas idiotas e vendo todos observarem como nós não combinamos, mas
como insistimos nessa história de preencher o vazio um do outro. Se
hoje não boto mais fé na gente é porque conheço seus jeitos, sua
canalhice e sua maneira de me fazer sorrir de tudo. A gente nunca foi do
tipo que dá para levar a sério. Nós começamos errado e fizemos nossa
pausa para aqueles que dão certo com a gente, mas no final olha só nós
aqui de novo. Toda vez é essa bagunça e ninguém consegue explicar porque
damos sentido nisso. Uma insistência que faz bem, que não perturba e
que não espera no outro dia. Eu fui aprendendo a conviver com isso tudo e
sei que você não será de ninguém, da mesma maneira que você sabe que eu
não volto para você... Ou por você. As coisas não fazem sentido, mas a
gente é assim. Nunca fizemos sentido para ninguém e talvez essa seja a
nossa única ligação. Dois corpos que não ultrapassam as histórias de
sentimento e confusões. Hoje me sinto bem ao seu lado e digo para todo o
mundo que essa história antiga me traz um sorriso no rosto, mas não
traz esperança. Eu vou aí, olho para você, me divirto por uma noite e
sigo meu caminho. A gente repete a história sem precisar colocar fim
nela e eu gosto disso. Ultimamente não quero mais dar fim em nada, nem
em ninguém. E você é um desses casos que não tem fim, é um desses caras
que a gente sabe que não dá certo mas que é legal ter por perto.
- Jana Escremin
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