terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vai passando

Todas as vezes que nos encontramos é essa confusão sentimental. Já esqueci tudo o que me fez passar, já deixei de me preocupar se vou ou fico. Não faço mais por merecer e nem causo se você não aparecer. Só que toda vez é assim, eu e você sorrindo de coisas idiotas e vendo todos observarem como nós não combinamos, mas como insistimos nessa história de preencher o vazio um do outro. Se hoje não boto mais fé na gente é porque conheço seus jeitos, sua canalhice e sua maneira de me fazer sorrir de tudo. A gente nunca foi do tipo que dá para levar a sério. Nós começamos errado e fizemos nossa pausa para aqueles que dão certo com a gente, mas no final olha só nós aqui de novo. Toda vez é essa bagunça e ninguém consegue explicar porque damos sentido nisso. Uma insistência que faz bem, que não perturba e que não espera no outro dia. Eu fui aprendendo a conviver com isso tudo e sei que você não será de ninguém, da mesma maneira que você sabe que eu não volto para você... Ou por você. As coisas não fazem sentido, mas a gente é assim. Nunca fizemos sentido para ninguém e talvez essa seja a nossa única ligação. Dois corpos que não ultrapassam as histórias de sentimento e confusões. Hoje me sinto bem ao seu lado e digo para todo o mundo que essa história antiga me traz um sorriso no rosto, mas não traz esperança. Eu vou aí, olho para você, me divirto por uma noite e sigo meu caminho. A gente repete a história sem precisar colocar fim nela e eu gosto disso. Ultimamente não quero mais dar fim em nada, nem em ninguém. E você é um desses casos que não tem fim, é um desses caras que a gente sabe que não dá certo mas que é legal ter por perto.

- Jana Escremin

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