O meu mal sempre foi "tocar o foda-se" quando
não fico satisfeita com o rumo que as coisas tomam. Pois então aqui
estou eu mais uma vez tocando o foda-se. Não me importo de perder.
Acredito que a gente perde as coisas que já tivemos, e eu sei
bem quando tenho algo. A única coisa que me importa, é o caráter que
foi testado só para agradar outras pessoas. Sempre deixei cada um ter
sua própria vontade, para que um dia, por milagre ou destino essas
vontades possam coincidir com meus desejos que são sempre muito claros, e
só não entende quem não quer. Sei que é um defeito, mas aprendi a
cortar tudo pela raiz. A vida segue mais rápido quando a gente não se
apega aos detalhes e ultimamente eu não quero me apegar a nada que possa
escapar. Um defeito que não é de fábrica, mas que possui arranhões de
histórias mal contadas, mal vividas. Quero mudar, quero modificar, mas
no momento só preciso de paz. Uma garota como eu pensa em estudar,
viajar, conhecer milhões de pessoas, se apaixonar quantas vezes for
possível para depois dar a cara para bater por alguém. Um pensamento
como esse vai embora e eu sei que não demora muito, mas eu vou vivendo,
vou esquecendo e vou deixando de dar importância as coisas e pessoas que
não retribuem meu carinho ou atenção. Se estou errada, certa,
precipitada, louca, pirada eu nunca vou ter certeza, mas acredito que é
melhor estar satisfeita com a vida do que viver querendo agradar quem
pouco se importa, quem não está no mesmo nível sentimental que eu. Houve
um tempo em que eu dedicava todo o meu amor sem medo e não ligava de
ser a pessoa que amava mais. Era mais simples amar e ponto. Porém o
tempo se foi e provou que algumas vezes o esforço tem que ser dos dois
lados, que ninguém joga uma partida sozinha e sai ganhando. Por isso meu
mal sempre foi tocar o foda-se, porque no tempo em que eu não ligava
para esses detalhes acabei afundando meus sentimentos por pessoas que
não estavam prontas para mim. Que fique claro: Não desisto das pessoas,
apenas deixo de existir para os sentimentos que não querem existir na
vida real.
- Jana Escremin
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