terça-feira, 24 de setembro de 2013

Caiu a ficha

Tem uma hora que a ficha cai. Não adianta quantas amigas você têm, quantas tentações aparecem pelo caminho. A ficha cai e dói. Dói porque descobrimos que não queremos essa batalha de mil e uma garotas. Tão novas e tão desesperadas. Coisa que mais me irrita no mundo é menina sedenta por amor, porque elas são malucas, fora do controle e talvez não estão amando tanto quanto nós. Fazem e aceitam qualquer coisa para ter um pouco de carinho e atenção. Claro que as vezes funciona, amém. Mas o que fazer com as meninas como eu? Eu sou daquele tipo que se vejo que a concorrência é grande já pulo fora! Não tenho paciência e muito menos estou matando cachorro a grito. Assumo que quero muito alguém com nome e sobrenome, mas em volta dele existem um punhado de loucas, desesperadas e de todas as idades. Chamando a atenção sendo carinhosas, presentes, amorosas, engraçadas e etc. Antes existia sempre um louco que combinava com meu jeito e eu com o dele e milhões de casais que se combinavam por aí. Agora com essas desesperadas em volta acabei me tornando um pouco louca, um pouco santa, um pouco tímida, um pouco livre. Essa competição desenfreada pelo amor me desespera e eu corro, fugindo como uma criança assustada. Eu sei que é lindo dizer: "Eu conquistei", mas já pensou ter que dizer: "Eu perdi"? Isso me dá náuseas. Não posso contra isso. Lutar por alguém sem ao menos saber com quantas pessoas disputo sua atenção é dolorido não só para mim, e o pior é: Preciso mesmo disputar alguma coisa? Existem homens que gostam e no final só fazem esse joguinho por diversão. Eu adoro uma diversão mas a minha ficha cai diversas vezes e é aí que fujo. Não posso fazer isso com ninguém, porque imagino elas lutando com outras pessoas e eu vou viver com a dúvida de quem abandonei. Quero alguém que me queira e vice e versa. Sem olhar, sem pensar, sem questionar. Quando a gente quer não existe outro alguém, competição e etc. Assumo que se os dois lados não querem o jeito é assumir a direção e continuar em frente. O que não deixa de ser outra maneira da ficha cair, certo? A pergunta é: Quantas fichas ainda tenho? Quantas vezes vou ter que ficar desvendando com quem estou nessa bagunça que a gente chama de paixão? A minha vantagem é que orgulho e felicidade nunca me abandonam. No fundo só queria ter a certeza de que isso não é uma luta, de que não preciso me preocupar. Mas quem disse que é assim? Bem vinda ao meu mundo, ao meu medo, ao resultado de tudo o que fujo nessa vida. Sou uma romântica incurável misturada com uma livre insensível. Já fiz loucuras por amor iguais as que acontecem nos filmes, algumas não deram certo, mas eu gostava porque no fundo sentia que era o certo a fazer enão tinha essa competição com milhões de fichas, placas e luzes de dúvidas e medos. Só tinha eu, ele e amor. Enfim, tenho saudade do tempo em que amar era mais simples, e ser amada também.

- Jana Escremin

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