A felicidade por um garoto

Ele não tinha quarenta anos ou mais. Não tinha vivido todas as experiências do mundo e do amor. Mas como homem ele me puxou as orelhas e não pediu, simplesmente impôs: Você vai parar com essa mania de querer alimentar o amor do outro. Na verdade a semana inteira fiquei pensando no que seria a felicidade, a felicidade me encontrou, eu que não tinha percebido. Todas as coisas que desejei estavam perto o suficientemente para eu conseguir agarrá-las e não soltar. 

Este garoto me disse como sou bonita, e que não preciso mostrar o que não existe dentro de mim: a tristeza. Nunca fui assim, ele disse algo muito interessante sobre quem eu sou e sobre quem eu mostro às pessoas. Me abraçou forte mesmo que longe e ditou as regras do jogo, perca o medo, sinta-se livre. Pense em você. Regras simples, na verdade ele disse que eu sou o tipo de pessoa que não preciso de jogos. Não preciso chegar a fazer nenhum movimento para agradar. Eu agrado e isso basta.

O mesmo garoto soube dizer como eu sou feliz. Sou reconhecida pelas risadas e os momentos mais engraçados quando estamos juntos. O mundo muda, e todos mudamos. A felicidade não chega e vai embora, ela sempre está lá. Eu que resolvi fazer da minha vida umas lástima e achar que deveriam ter dó de mim. Ele propôs eu ser quem eu sou e mostrar isso ao mundo. O que andei fazendo nos últimos meses não era eu. Era a simples forma de alimentar o outro. 

Este garoto não precisou me olhar nos olhos e dizer estas verdades. Não precisou me tocar fisicamente. Ele só tocou meu coração com palavras que nenhum homem jamais fez por mim. Onde está a felicidade? Ali. Onde está quem eu sou? Aqui. Simples assim, o cara que não me deve nada me mostrou como eu sou feliz. E agora nas minhas palavras do que aprendi hoje: Ser forte não é estar seguro, é ser seguro. É sorrir com vontade, e eu sempre fiz isso, porém nunca soube que era esse o significado de estar certa.