domingo, 8 de agosto de 2010

Me pertenço

Passei dois dias sozinha. Não havia conselhos, não haviam ligações. Ouve apenas um silêncio preenchido com a música que eu fiz questão de deixar no último volume para que os pensamentos não tomassem cem por cento da minha mente. Me lembrou uma daquelas terapias onde você aprende a lidar com seus problemas sozinha, sem ajuda de amigos ou especialistas. Eu tinha a minha companhia e a internet apenas.

São coisas banais, no entanto eu me segurei, segui os conselhos daqueles que queriam me ver bem. Fui eu, feliz mesmo que sozinha. Não entrei em crise por não receber a ligação desejada e prometida. Não me descabelei por ver o status e perceber que o seu jogo funciona contra você. Não quero procurar mais. Cansei dessa história de gato e rato, serei eu a dona da minha história, como eu sempre fui. Cansei de me deixar levar por personagens coadjuvantes que pouco se importam.

Hoje eu vi a importância de como é estar bem com você mesmo. Eu sou quem sou, e sozinha descobri que posso muito mais. Não espera minha volta, não espere pelas minhas lágrimas. Secaram! Com a força e alguns puxões de orelhas ela se foi. Toda aquela angústia e decepção se foram com o momento em que fiquei fazendo terapia com o meu eu. Olhar para o celular e os contatos já não faz sentido. A sensação de me pertencer é muito boa. Sempre fui do outro, sempre deixei claro. Agora está claro que eu pertenço a mim, a ninguém mais.

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