segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sem nomes, sem regras... só o amor [3]

No dia seguinte, ela acordou, seguiu seu caminho para a escola, como sempre fazia nas manhãs com sua irmã. Naquela manhã não viu o garoto sair de sua casa e não o viu pelo caminho. Até achou que tinha faltado, afinal a noite tinha sido muito divertida, porém até ela estava cansada. Só que precisava ir até a escola contar a novidades para as amigas e não ia conseguir esperar chegar a segunda. Chegou, sentou e começou a contar tudo, as amigas riam e ao mesmo tempo ficaram incoformadas, porque ela tinha cometido uma loucura abandonando um e partindo logo no mesmo dia ao encontro do outro. O sinal bateu para  troca de professores e ela saiu para o corredor onde esperava ver o garoto sair também. E óbvio que eles iam se olhar, afinal seu corredor era de frente para o dela, inevitável. Não deu outra, logo ele saiu, hoje estava sem o moletom, apenas uniformizado, ele olhou direto para o corredor onde ficava sua sala, deu um sorriso tímido, com aquele olhar de cafageste que ele tem, e ela sorriu abanando as mãos.

A aula seguiu, o intervalo chegou e eles ficaram os vinte minutos conversando sobre a noite de quinta, sobre o atropelamento que ela não achou nada legal, pois saiu de casa e o gato ainda estava na rua morto, e não desejou ver aquela cena logo de manhã. Ela tinha um jeito de contar as coisas que arrancava a risada dele muito fácil, conforme foi contando, ele ria sem parar e ela zuava com ele, como se já se conhecessem há muito tempo. Ambos seguiram para suas respectivas salas, e a cada sinal para a troca de professores eles se olhavam através do corredor. Quando o sinal bateu para ir embora, ela caminhou calmamente como sempre. Enquanto ia descendo as escadas alguém atrás dela colocou as mãos em seu ombro, ela olhou para cima e o viu. Como sempre ele sorriu, ela queria saber o porque de tanto sorrir para ela, mas isso ficaria para os próximos encontros.

Naquele dia eles foram embora juntos, mais apenas acompanhando um ao outro. Seguiram caminho junto da sua irmã e do seu amigo, os quatro caminhavam e ela por ser pequena e um pouco engraçada sempre era alvo das brincadeiras que seu amigo fazia. Chegando perto da casa do garoto, seu amigo resolveu correr atrás dela para brincar e ela saiu correndo desesperadamente na frente. Mas logo parou quando viu que ele desistiu e olhou para trás, o garoto havia colocado o moletom vermelho, estava perto da sua rimã, ele sorria e a olhava, com um olhar muito diferente do normal. Ele ria para ela, não dela. Era como se achasse cada movimento bonito, e ela toda suada e cansada reparou mas continuou andando ao lado deles, fingindo não ter percebido tal situação.

No momento da despedida, seu amigo entrou em casa dizendo tchau, ela foi se encaminhando com ele para o portão de sua casa, e no momento em que ia se despedir, ele a pegou pela cintura e a beijou mais uma vez. O sol queimava, porém ela retribuía o beijo, sabia que aquilo ia acontecer, só esperou que ele tomasse a iniciativa. Terminando de se despedir ela foi embora, mais havia algo errado ainda com seu coração. Aquele antigo amor veio em sua mente e ela neste momento odiou ter beijado o garoto novo. Comentou isso com a sua irmã, que logo retrucou que não era novidade ela falar uma coisa dessas, afinal só sabia pensar no tal amor antigo, e que se ela não quisesse era só dizer ao garoto.

Porém ela precisava dar uma segunda chance ao seu coração. E nada melhor do que um garoto novo, diferente, sem passado para ela. O final de semana estava chegando, ela tinha uma festa em outra cidade no sábado. Seguiu seu roteiro, falou com ele pela internet, mais não entrou em detalhes. Apenas conversou e deram boas risadas como era típico nas suas conversas. Passou a tarde inteira em uma chacará com os amigos em outra cidade. A noite foi chegando e ela já tinha bebido algumas cervejas, quando percebeu que ela e sua irmã tinham ficado sozinhas, sem nenhuma carona para voltar para casa. Coincidência ou não seu celular tocou, era ele!

Não acreditou na possibilidade dele ligar aquela hora da noite, eram oito horas e ela já estava na praça central da cidade quando ele disse que estava com dois amigos e que iam para lá. Ela ficou surpresa e até perguntou o que ele ia fazer lá, ele disse que nada, que estavam andando sem rumo, e daqui uns minutos estariam na praça para encontrar com ela. Ela simplesmente aceitou, esperou e logo se passaram alguns minutos e ele chegou. Estacionou o carro, desceu e ela ao mesmo tempo foi de encontro com ele. Se cumprimentaram com um beijo de imediato. Ela ficou um pouco assustada com o rumo que as coisas estavam tomando. Entre conversas, ele falou sobre uma festa que haveria em outra cidade, e seu amigo estava muito afim de ir mais ele queria que ela fosse com ele.

Ela aceitou, chamou sua irmã para irem embora. Após se despedir de todos, eles voltaram para a cidade, ele deixou ela em casa dizendo que ia tomar um banho e logo passava lá de novo para pegá-la. Ela desesperada começou a tomar banho, arrumar os cabelos, roupa, sapatos, tudo muito urgentemente, afinal homens são tão rápidos, e logo ele estaria batendo no seu portão. Avisou sua mãe que ia sair e em seguida ele chegou. Após alguns minutos ele parou e avisou que estava lá na frente, ela desceu e entrou no carro. Não podia acreditar, quando o olhou, de menino ele passou a homem! Estava lindo, com uma camiseta poló, calça jeans, tenis e o cabelo arrumado com gel. 

Seguiram rumo a tal cidade e a festa que os esperavam. Ela vestia uma calça jeans, sandálias de salto e uma blusa grande e estampada. Com os cabelos lisos passou a mão e percebeu que havia esquecido os brincos. Mas já era tarde, estavam na estrada e não ia fazer ele voltar por tão pouco. Chegando no lugar da festa, seu amigo animou para entrar, mais ambos não queriam. As pessoas eram feias, o lugar era estranho. Até que ele teve a ideia de que seu amigo podia entrar, iam esperar por ele dentro do carro. E assim a noite seguiu, os dois ficaram dentro do carro, conversando e beijando-se. 

O tempo passou tão rápido para ela que não percebeu que haviam passado quase a madrugada inteira lá. Em um certo momento, ele a beijou demoradamente, ela adorava beijos demorados, e sempre retribuiu os beijos daquele garoto, quando se soltaram, ela encostou sua cabeça no banco, ainda olhando para ele, ele não tirava os olhos ela e foi quando ele pegou uma mecha do seu cabelo, colocou atrás da sua orelha, e disse: "Você é muito bonita". Tímida, ela não sabia receber elogios então apenas disse um obrigado sorrindo, que ele completou beijando-a.

[+] CONTINUA [+] - CAPÍTULO 3 - OLHARES

4 comentários:

Natália Careti disse...

To adorando seus textos Jana, tô acompanhando tudo! Cadê a continuação? haha

Natália Careti disse...

Só não gostei da parte do gato, não mesmo!!! Mas tudo bem...

má facincani disse...

amiga to amando, mais espera você posta o proximo
não é nada bom,fico lendo e relendo esses equando vc
não posta mais
hauhauahuhauahuahuahaah

beijoss amiga !

Jéssikinha Escremin disse...

Adoro histórias, adoro capítulos. Histórias são boas porque contam coisas que podem ou já aconteceram, mas ainda acho que algumas histórias têm um significado, um começo e um FIM. História e passado têm que ficarem no que já foi, as vezes recordar não É VIVER. Muito bom Jana!