segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sem nomes, sem regras... só o amor [2]

Após decidir que iria conhecer o tal garoto novo da escola, ela precisava esconder do loiro de olhos azuis seu interesse em outra pessoa. Não aguentava mais ver uma pessoa tão linda e tão disposta a lhe dar amor agir como uma criança, e diversas vezes acabava fugindo dele para paquerar outros pretendentes. Entre eles estava o garoto do moletom vermelho. Uma das suas melhores ferramentas sempre foi a internet, e a partir dela decidiu ir atrás do misterioso garoto.

Após procurar na internet, viu suas fotos e começou a achá-lo interessante. Começou uma amizade e o papo foi rolando, entre as conversas ela descobriu que ele além de bonito era simpático, e estava dando uma abertura para ela poder descobrir mais sobre ele. A tarde foi muito recompensadora, pois ela conseguiu conversar diretamente com ele, que contou sobre suas atuais aventuras na nova cidade, e quais eram seus amigos por aqui. Só sentiu que ele era um pouco egocêntrico (um defeito que ela abominava nos homens). Mas se divertiu com a conversa até descobrir que ele estava envolvido com outra garota. 

Logo ela pensou que estava bom demais para ser verdade, um garoto como ele estava dando conversa para ela, e não havia nenhuma surpresa até aquele momento. Porém o mais impressionante foi que ele pediu conselhos a ela sobre o atual relacionamento. Estava em crise, não queria mais continuar, a garota tinha brincado com a cara dele e ele não queria mais saber dela, procurava uma saída para que pudesse decidir se continuava ou caia fora. Ela nada boba, além de querer ajudar, deu o conselho mais clichê do mundo: "Você quem sabe, se você acha que vale a pena continua, mas do contrário deixa para lá". Ele deu uma risada quando ela disse isso, não soube se ele havia percebido que ela queria ele livre.

O tempo foi passando, ela continuava seu relacionamento com o garoto dos olhos azuis. Mas olhava muito para o garoto novo nos intervalos, que retribuía com um sorriso sempre os seus olhares. Em uma tarde de quinta feira, ela conversava com os dois garotos na internet. O dos olhos azuis dizia que ela estava estranha, que a amava, que não queria perde-la. Enquanto o do moletom vermelho chamava insistentemente ela para sair, ir até o barzinho da faculdade, como de costume nas quintas.

Foi durante as conversas da tarde que ela decidiu e sem pensar muito digitou sim para o garoto, e pôs fim ao seu relacionamento imaturo. Ela sabia o que queria, não ia sossegar enquanto não experimentasse o garoto de moletom vermelho. Achou a ideia empolgante, porém a consciência pesou quando estava no barzinho ao lado da sua irmã e viu entrar o menino dos olhos azuis, ele estava com raiva, passou por ela como se não tivesse nenhum contato. Ela se sentiu um monstro, logo passou, mas ainda sim não sabia justificar tamanha burrice.

Ao final da noite, seu celular tocou e o garoto estava do outro lado da linha, perguntando onde ela estava. Após combinar todos os detalhes, ele vai encontrá-la no barzinho. Nesse momento ela sabia que o seu antigo relacionamento tinha ido embora, e não viu problema em encontrar com ele ali, no meio de tantas pessoas. Ele chegou, com uma camisa vermelha e boné. Tinha o corpo lindo, e achou ridículo ele escondê-lo dentro de um moletom. 

Assim a roda havia se formado. Ele ficou de frente para ela, enquanto um dos seus amigos ao lado tentava conseguir algum resultado em sua paquera. Já tinha se passado muito tempo, e um olhava para o outro com os olhos de quem poderia beijar sem tocar. As frases ditas pelo amigo ao lado foram abafadas pelo momento em que ele atravessou a roda, pegou na sua mão, e com meia dúzia de palavras a beijou. O beijo era bom e durou alguns minutos. 

Ao fundo o amigo reclamava que estava quase lá, mais ele mal sabia que isso já estava escrito, e enquanto ele era carta fora do baralho, ela tinha consigo todo o momento idealizado. Assim, o mistério se foi, o beijo não parava, ele beijou-a delicadamente, importando-se com cada toque. Ela simplesmente havia adorado, alguém ali do jeito que ela precisava. Era como se as luzes se apagassem e quando se soltaram ele sorriu, olhando dentro dos seus olhos. Naquele momento ela viu um brilho dentro deles, mais preferiu não falar, apenas sorriu de volta para agradecer o momento.

O resto da noite foram beijos intermináveis, algumas piadas e momentos para conhecer um ao outro. Histórias contadas entre eles como amigos e amantes. No momento em que precisou ir para casa, ela contou que morava na mesma rua que ele, e que tinha descoberto isso a pouco tempo. Entre o caminho até sua casa, um gato passava em frente ao carro, e de repente de mocinho ele passou a vilão, tomando uma atitude cruel: sem dó passou em cima do gato. Ela apenas deu um grito e ele soltou uma gargalhada. Ela sorriu sem graça, e achou muito esquisito aquele gesto brutal depois de tantos agrados. Deu mais alguns beijos e pediu para que nunca mais fizesse aquilo, sorrindo se despediu, deitou na cama e ficou pensando o que seria o dia de amanhã.


[+]Continua[+] - Capítulo 2 - O GATO E SEUS BEIJOS

Um comentário:

má facincani disse...

simples Jana isso da um livro
ahuahuhauhaua
mais essa historia é linda

;)