Qual
é a dose certa para o medo? Mesmo que você leia ou assista tudo sobre o
amor, ainda resta medo, e muitas vezes perdemos o controle do que
sentimos. É uma montanha russa insegura, daquelas que apavoram, mas
proporcionam boas risadas. E o pior é que não existem conselhos para
ouvir. É você por você mesmo. É aquela velha história de que “só
arriscando para saber”. Quando está morno você desconfia,
se está quente você aproveita e quando esfria você mal sabe o que
fazer. A vida é baseada em escolhas e escolher nos dá 50% de chances de
errar ou de acertar. Mas quem disse que deve ser assim? Onde está o
manual dessa loucura que chamam de amor? Todos os dias dosam o meu medo e
isso me leva a loucura. O mundo não é confiável, porém se quero,
preciso confiar. Caso contrário nada nos resta. Ou melhor: ninguém nos
resta. Tudo é motivo para não acreditar. O medo é porque desta vez não
estou vivendo o disco riscado e sei que posso começar de novo. Parece
que vivo um dia após o outro com o coração na mão e essa coisa de dar
certo ou errado não possui garantias. A felicidade que estou vivendo me
cobra confiança, confiar em mim de olhos fechados e acreditar que posso
me agarrar a uma escolha certa. O que acontece é que essa felicidade já
se esqueceu de quantos textos escrevi por escolhas erradas. É nesse medo
que me apoio e é nele que procuro pista das escolhas que fiz. Não falo
sobre arrependimento ou tristeza, falo sobre lidar com um sentimento
novo, que diferencia de todo o histórico amoroso que criei até aqui. É
tão novo que dá medo, dá paixão, dá leveza, dá sentimento verdadeiro.
Como posso confiar nas coisas que dão certo? Minha capacidade de
escolher errado me preocupa ou me abandona, e estou apostando na segunda
opção. Enfim, agora eu pergunto: Qual é a dose certa para o medo de
amar?
- Jana Escremin
- Jana Escremin
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