Existem
semanas boas e lembro de viver uma delas há sete dias atrás. O
descanso, o trabalho, os amigos, o amor. Tudo favorecia o sorriso e me
esqueci dos últimos dias desastrosos. Pois é, existem semanas difíceis,
quem não tem? É aquela época em que a paciência acaba, a insegurança
impera, o tempo passa arrastado e as palavras são preguiçosas. O turno
entre essas semanas podem alterar o meu destino.
Com o tempo aprendi a mudar o foco, a vontade, o jeito, a dedicação, e
essa história se repete dia sim, dia não. Encontrei o meu rumo, mas
perdi o rumo dos outros. Em semanas ruins o meu olhar fica atento,
chato, perseguidor e extremamente dramático. É um exercício complicado e
controlador. Corro o risco de estragar pessoas e palavras, mas não
quero deixar acontecer. Afinal, o que importa é ter calma contra a falta
de reconhecimento ou a ausência de desculpas, certo? São 24 horas
premiadas. 24 horas sem me rebelar. Mas quer saber? No final não
importa, serei julgada pelo o meu posicionamento em dias ruins, querendo
ou não. São nesses dias que a verdade sai, a leveza toma conta e aí eu
encontro o tal "bom dia" que desejam por aí. As vezes o que falta para
levar uma vida boa é dizer o que se pensa. Hoje é um dia ruim, eu sei,
mas a esperança é que a semana seja boa. No fundo, pouco importa como
essa oscilação pode afetar. O que eu sei é que tenho uma tarefa: não
deixar afetar quem está aqui para fazer o bem. Parei de desperdiçar
palavras com mágoa ou com esse tempo que não me favorece. Existem dois
lados para toda história, e eu fico do meu lado e com quem decidiu ficar
comigo.
- Jana Escremin
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