quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Comédias românticas

Ontem eu assisti a um filme em que dois personagens foram essenciais para tomar algumas decisões. Sou desse tipo de menina que acha que o universo preparou uma mensagem e ela vem através de filmes, livros, séries e histórias. Eu estava deitada pensando que sou uma chata, dessas moças sem graça que morrem de carência, mas que ama uma solidão. Ninguém entende essa bipolaridade de prender sem querer. Ninguém nunca me entende e acham que sou a moça frágil e cheia de mágoa. Mal sabem eles que mágoa não perpetua nesse coração.

E lá estava eu, deitada com meu pote de pipoca pronta para ver qual era daquele filme que dizia a sinopse "ser uma linda, surpreendente e engraçada história de amor". Já repararam como todas as sinopses são assim? Mas não foi com isso que acabei me importando quando os créditos do filme subiram.

Dois homens, uma mulher. Tão simples como deveria ser, mas não foi. Um era o romântico, perfeito e divertido que disparava na frente com seu jeito de ser. Seu único defeito era não ser nada disso para a mocinha do filme, que vivia suspirando por um ataque de loucura dele. Mas foi aí que o segundo homem apareceu. Mulherengo, não era tão lindo quanto o outro e cometia um erro atrás do outro. Ele era um lutador quando queria algo ou alguém. Mas aí o que esperar desse homem, além de decepções? Minha torcia estava para o príncipe, mas as coisas começaram a mudar.

O príncipe se tornou frio e acomodado. Ele perdeu, mas não foi para qualquer um. Ele perdeu para o único cara que ela não combinava. Sim, o mulherengo e cheio de liberdade! A minha torcida mudou, o ogro ganhou seu coração (e o meu!) quando percebeu que amava aquela garota. Ele podia ser o mais filho da puta de todos os tempos, mas a sua coragem em amar e não esconder fez a diferença. Foi aí que me toquei que não quero alguém perfeito. Quero esse cara que surta e surpreende! É incrível como passei a vida inteira atrás de caras que eram príncipes, mas o meu amor afugentavam todos eles, porque acima do meu medo de amar, estavam o deles.

Quando os créditos subiram peguei meu celular, olhei para o príncipe que ocupou os 365 dias do meu ano, e pela primeira vez me conformei se ele queria ir embora. Não havia batalha, pois não havia lutador. Coincidentemente o mulherengo da minha história fuçou, fuçou, fuçou até que me encontrou e enviou uma mensagem simples. A mensagem provou a sua busca por um contato comigo. E isso fez a diferença.

Acho incrível o modo como o universo me faz pensar. Foi preciso ver uma comédia romântica para dar risada dos meus próprios sentimentos. Por fim, o amor continua sendo aquela loucura que vem de quem a gente menos espera e eu parei de esperar.

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