O sentimento é parecido com aquele quando a
gente diz que o ano vai acabar e de repente um filme começa a passar na
cabeça. Sorrisos, beijos, abraços, surpresas, despedidas, brigas,
amores, noites em claro, dias cansativos. O clima que esse
último mês está impondo na minha vida traz tantos sentimentos. Sempre
fui do tipo sentimentalista quando chegamos na reta final dos 365 dias.
Fico pensando no quanto cresci, no quanto aprendi, no quanto escondi, no
quanto me expus. Fico parecendo final de novela e encaixo meus desejos
nas realizações. Só aprendo na marra e na luta, e ultimamente venho
trazendo uma tranquilidade que até me culpo. Com tanta gente precisando
de abraço, carinho e atenção eu fico esbanjando felicidade. Moldei meus
modos, jeitos e chiliques pela vontade do outro, pelo respeito ao outro.
O coração continua livre, leve e solto. É como se os meus dias fossem
todo dia melodia. Tem tempestade, decepção, coração partido, mas nunca
fui do tipo que desiste fácil. Falo aqui e ali que canso, mas canso só
de falar. Meu único pecado é querer demais. Minha única qualidade é ser
paciente. Ou nenhum dos dois, vai saber. Fui tão inconstante nesse ano.
Amava aqui, odiava ali e hoje estou preenchida com a dúvida, o novo, as
loucuras e a mesma vontade de sempre. O filme está começando a rodar e a
sinopse é que fui e sou feliz com ou sem tempestade. O meu melhor papel
é ser assim, fazer o quê?
- Jana Escremin
Nenhum comentário:
Postar um comentário