terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Feliz para caralho

Cara, sabe o que é o pior de tudo? Eu sou feliz para caralho! E se não fosse essa felicidade que carrego não sei o que seriam das pessoas a minha volta. Poucas pessoas me viram triste nessa vida e não é porque me escondo, mas sim porque transformo minhas tristezas. Vez ou outra fico brava, vez ou outra fico indiferente, vez ou outra dou risada do problema. O pior de tudo é que vez ou outra as coisas dão errado mesmo, e eu faço questão de fazer piada ou de simular um gesto de quem pouco se importa. Essa semana tem sido difícil, mas não por causa de alguém e sim por causa de mim. Tem uma felicidade ali na frente acenando, dando luz alta e gritando comigo. Eu já a conheço, sei dos seus jeitos, olhares e de como desmonta o meu mundo. Mas e essa felicidade aqui? E esse momento em que transformo dificuldade em risada? O que fazer com ela? Me acompanha, me ajuda e faz o caminho mais divertido. Até mesmo quando brigo com alguém quero dar risada, porque acho engraçado quando me irrito. Não é normal, não é sério e o pior de tudo é que não faço questão de ser. Esses dias uma amiga falou que eu deveria ser mais séria, que as pessoas não respeitam minhas vontades porque não me posiciono corretamente. Ok, eu sorri. Não tinha o que fazer e senti vontade de rir porque melhor do que colocar medo é ser risonha. Tudo bem que reclamo muito em meus textos e vivo contradizendo todas as minhas palavras sobre o amor, mas é coisa de momento. É coisa de quem não tem o que falar e aí faz texto, poesia, música, amor. Sempre fui a idiota, aquela garota da turma que não era escolhida porque era a mais bonita e sim porque era divertida. Sempre fui amiga das meninas mais lindas e desejadas, então quando alguém se interessa por mim eu sei que meu sorriso tem algum efeito e que ele é verdadeiro. Já chorei, já sofri, já escrevi para caralho quando estou mal, mas sabe aqueles segundos em que a gente se permite deixar invadir? É isso que acontece. Eu me permito muito e os sentimentos ruins nunca permanecem. Se tiver que ficar triste, fica logo, escreve logo, sente logo. Mas não deixo de sorrir! Porque eu vivo saindo do sério e mesmo que esteja explodindo de raiva ainda sim só consigo sorrir porque é o que sobra das minhas histórias. Invento, faço, vivo, conto e deixo um pouco do que sei sempre sorrindo. Se um dia alguém tiver que lembrar de mim eu quero que seja com o som da minha risada, da maneira transparente que gosto de ser.

- Jana Escremin

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