Cara,
sabe o que é o pior de tudo? Eu sou feliz para caralho! E se não fosse
essa felicidade que carrego não sei o que seriam das pessoas a minha
volta. Poucas pessoas me viram triste nessa vida e não é porque me
escondo, mas sim porque transformo minhas tristezas. Vez ou outra fico
brava, vez ou outra fico indiferente, vez ou outra dou risada do
problema. O pior de tudo é que vez ou outra as coisas
dão errado mesmo, e eu faço questão de fazer piada ou de simular um
gesto de quem pouco se importa. Essa semana tem sido difícil, mas não
por causa de alguém e sim por causa de mim. Tem uma felicidade ali na
frente acenando, dando luz alta e gritando comigo. Eu já a conheço, sei
dos seus jeitos, olhares e de como desmonta o meu mundo. Mas e essa
felicidade aqui? E esse momento em que transformo dificuldade em risada?
O que fazer com ela? Me acompanha, me ajuda e faz o caminho mais
divertido. Até mesmo quando brigo com alguém quero dar risada, porque
acho engraçado quando me irrito. Não é normal, não é sério e o pior de
tudo é que não faço questão de ser. Esses dias uma amiga falou que eu
deveria ser mais séria, que as pessoas não respeitam minhas vontades
porque não me posiciono corretamente. Ok, eu sorri. Não tinha o que
fazer e senti vontade de rir porque melhor do que colocar medo é ser
risonha. Tudo bem que reclamo muito em meus textos e vivo contradizendo
todas as minhas palavras sobre o amor, mas é coisa de momento. É coisa
de quem não tem o que falar e aí faz texto, poesia, música, amor. Sempre
fui a idiota, aquela garota da turma que não era escolhida porque era a
mais bonita e sim porque era divertida. Sempre fui amiga das meninas
mais lindas e desejadas, então quando alguém se interessa por mim eu sei
que meu sorriso tem algum efeito e que ele é verdadeiro. Já chorei, já
sofri, já escrevi para caralho quando estou mal, mas sabe aqueles
segundos em que a gente se permite deixar invadir? É isso que acontece.
Eu me permito muito e os sentimentos ruins nunca permanecem. Se tiver
que ficar triste, fica logo, escreve logo, sente logo. Mas não deixo de
sorrir! Porque eu vivo saindo do sério e mesmo que esteja explodindo de
raiva ainda sim só consigo sorrir porque é o que sobra das minhas
histórias. Invento, faço, vivo, conto e deixo um pouco do que sei sempre
sorrindo. Se um dia alguém tiver que lembrar de mim eu quero que seja
com o som da minha risada, da maneira transparente que gosto de ser.
- Jana Escremin
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