sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Desbravando pessoas

Ao meu redor existem pessoas tão diferentes, tão defeituosas, tão loucas. Na vida encaixo cada uma delas no meu peito, porque de alguma forma elas cabem nesse espaço pequeno.

Todo mundo carregando malas e histórias, muitas vezes pesadas. Aceito todos como são. Reclamo uma vez ou outra porque ninguém é perfeito, mas me sinto perfeita quando estão presentes. Nunca fui do tipo que gosta de quem é perfeitinho, fofinho e cheio de alegria. Gosto de gente com defeito, gente feliz acima de tudo, mas gente com problemas a serem resolvidos. Atraio pessoas assim!


Você nunca vai me ver com uma pessoa cem por cento satisfeita, porque a gente não tem papo com esse tipo de gente que não deseja sempre mais. Eu desejo tanto. No meu caminho só tem curva torta, mas são curvas felizes. Somos os pedaços que completam e dão certo.

Adoro quem transmite mistério, só que me canso de quem não se deixa descobrir. Ter mistério é divertido, mas deve ser aberto e pronto para ser descoberto. Fico atraída por quem não conheço e tento saber tudo de tudo. Existem aqueles que se abrem, se permitem. Existem aqueles que nunca dão abertura, e com esse eu nada posso fazer. Sou feita para descobrir e desbravar cada história que o mundo tem.

Não vejo graça em quem não se permite. Sou interessada em gente de carne e osso, se quisesse frieza e distância nunca falaria tanto para tanta gente. Explorar pessoas é o meu passatempo preferido. Mas não vou perder a paciência com quem gosta das beiradas da história. Eu gosto do meio, do lado, da frente, do fundão.

Aceito cada um como realmente é, porém não vou me esforçar para quem se dedica pouco a conhecer ou ser conhecido. Quero abertura, sinceridade, abrigo! Não me venha com metade de história, metade de sentimento, metade de quem você realmente é.

A graça é ser inteiro, então seja.

- Jana Escremin

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